20.6.10

Ecotopia Biketour 2010 começa no próximo dia 26 de Junho sob o lema da Justiça Climática





http://www.ecotopiabiketour.net/

O que é o Ecotopia Biketour?
É uma eco-comunidade móvel que se desloca em prol da sensibilização e defesa do ambiente. Este ano o lema é a justiça climática. Para saber mais:
http://www.ecotopiabiketour.net/about

Rota do Ecotopia Biketour de 2010:
A rota começará no northern Yorkshire, England ( a 26 Junho), atravessará o país de Gales para, depois, chegar ao continente europeu por via marítima, prosseguindo por França, Bélgica, Holenda até chegar ao destino, Colónia, na Alemanha, num total de 1500 Km ao longo de dois meses.


Para ver as datas e inciaitivas ao longo do percurso, consultar:
Junta-te a nós este verão: Vamos pedalar pela Justiça Climática!

Não estamos preocupados com as nuvens de cinza de vulcão se meterem no nosso caminho: vamos pedalar de North Yorkshire (Reino Unido), via Oxford, Bristol, Caen, Le Havre, Calais, Ostende e Bruxelas até Cologne (Alemanha). O percurso, de 1800km, irá seguir mobilizações pela Justiça Climática e demorará mais de 2 meses: de 26de Junho a 31 de Agosto de 2010.
Se te queres juntar a (uma parte) da biketour, estás convidado!
Preenche o formulário de registo aqui!

A Ecotopia Biketour não é apenas uma viajem a pedal por panoramas pitorescos, é também preenchida por acções e campanhas por mais justiça ambiental e social!

Vamos participar em campanhas em vários dos locais que passarmos: apoiar comunidades na linha da frente da reivindicação de terras contra industrias poluidoras; acabar com os mitos sobre a energia nuclear; participar em acções directas contra as industrias de carvão e petróleo; assinalar alternativas às expansões de auto-estradas; apoiar a transição para cidades livres de carros; ao mesmo tempo organizando nós mesmos a forma como queremos que problemas globais sejam resolvidos. Cada semana poderá haver workshops, discussões e (sem duvida) diversão e jogos.

As duas paragens mais longas serão no Climate Camp Francês em Julho e no Climate Camp Alemão em Agosto. Por todo o caminho espera conhecer, visitar e aprender das comunidades locais que agarram o desenvolvimento sustentável pelas suas próprias mãos: feito em casa, produção local, permacultura, energias renovaveis, reciclagem, preservação de reservas naturais... E vai haver muito mais: a Ecotopia Biketour é o que fizermos dela.

Junta-te a nós se:
A)consegues pedalar pedalar uma media de 50 km por dia (provavelmente com alguns dias a chover!)
B)Justiça social e ambiental interessam-te
C)e queres fazer parte de um grupo onde se usa o consenso como processo de decisão e
queres ajudar nas tarefas diárias tais como preparar refeições, limpar e arrumar os locais de descanso e puxar os atrelados.


Para participares tens de ler tudo sobre a Biketour no nosso website e preenche o formulário de registo logo que possas:
http://www.ecotopiabiketour.net/join-us/registration
Depois: descobre se precisas de um visa para algum dos países em que passamos: Reino Unido [uma zona de visa] e França, Bélgica, Holanda e Alemanha [zona de visa "Shengen"]. Contacta-nos, para sabermos como te podemos ajudar a pedir o teu visa.

Se usas o facebook, podes juntar-te ao evento aqui e à nossa página no facebook aqui... seguir-nos no Twitter é também possível!

Cada pessoa paga uma cota diária de 4 a 8 euros por dia (aqueles com uma situação económica melhor talvez um bocado mais do que aqueles com menos dinheiro). Esta cota deve ajudar a cobrir tudo - esforço para organização, vários eventos, acções, workshops, três refeições vegetarianas por dia e um sitio para montar a tenda.

Se te juntares ao inicio: vamo-nos encontrar na manhã de 25 de Junho em Londres.
À tarde podemo-nos juntar à Massa Critica Londrina.

O inicio a pedal da Biketour 2010 será em North Yorkshire na tarde de 26 de Junho, a localização exacta será anunciada em breve (quando encontrarmos um local apropriado para acampar dia 26 à volta de 100km a norte de York).

Podes também juntar-te a nós em qualquer outro ponto da nossa rota - mas por favor avisa-nos com antecedência onde e quando podemos esperar encontrar-te. O nosso itinerário está a ficar mais estável a cada dia que passa.

Há bastantes dicas e conselhos que podiamos dar para te preparares para a biketour, mas para manter este convite com um tamanho decente, é melhor tu entrares e pesquisares no nosso website e wiki para ver toda a informação que já está por lá.

Se tens alguma questão, pergunta!
Esperamos ver-te em breve!


Kaos no jardim é o tema deste ano do festival internacional de jardins de Ponte de Lima (28 de Maio a 31 de Outubro)

“O caos é impensável, já que a mistura é uma ordem e não há para o espírito do homem, ou no espírito do homem, nada que não seja relação. O que acontece é que chamamos desordem à ordem que nos não agrada, ao conjunto de relações em que não entendemos ou não aceitamos a relação connosco”. Agostinho da Silva



O Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima exibe, na edição de 2010, onze projectos subordinados ao tema “Kaos no Jardim”, tendo recebido 77 propostas provenientes de 15 países. A selecção final recaiu em projectos oriundos de Portugal (2), Áustria, Brasil, Espanha (2), França, Holanda, Irlanda, Itália e Sérvia.

O tema arrojado convida à concepção vanguardista dos 11 jardins seleccionados que formam um conjunto inovador que irá contribuir para novas percepções e entendimentos no que concerne às muitas formas de intervir nos espaços.

O certame já atingiu um nível de qualidade superior e que, para além do vanguardismo citado, apresenta um alto grau de criatividade e abordagens artísticas e conceptuais da mais elevada escala, como atestam os títulos das intervenções: Blank Garden (Portugal), Dark Rift / Fenda Escura (França), The Garden of Global Warning / O Jardim do Aviso Global (Irlanda), At The Beginning There Was... / E no princípio houve... (Áustria), El Kaos del Universo / O Kaos do Universo (Espanha), Kaleidoscope Garden / Jardim Caleidoscópio (China), EarthQuake / Terramoto (Espanha), The Butterfly Experience / A Experiência Borboleta (Holanda), O Jardim das Incertezas (Brasil), So That Tomorrow Might Be Not Looking Like Today / Para Que Amanhã Possa Não Parecer Hoje (Itália), Butterfly Effect / Efeito Borboleta (Sérvia) e Kaos Suspenso (Portugal).

http://www.festivaldejardins.cm-pontedelima.pt/


Os três labirintos que se inserem na zona do Festival procuram acrescentar um pouco mais de simbolismo a todos estes jardins, ao mesmo tempo que estimulam a criatividade.
As três formas diferentes dos labirintos têm cargas imaginativas distintas.

Labirinto do Conhecimento

Trata-se do primeiro labirinto com que o visitante se depara e que, ao percorrê-lo, terá a surpresa de poder visualizar o conjunto dos jardins a partir da torre mirante - e a partir daqui ter o conhecimento que lhe permite decifrar os enigmas destes espaços.

Labirinto da Sabedoria

O labirinto da sabedoria acumulada após a visita aos doze jardins. A descoberta deste caminho será também a descoberta da felicidade? Ou da angústia da realidade que construímos à nossa volta?
Serão os labirintos desenhos? Criações infantis? Estarão no nosso imaginário infantil como locais a desvendar, onde podemos vaguear e descobrir um rumo? Serão os labirintos flores desenhadas por crianças?

Pede-se a uma criança: Desenhe uma flor! Dá-se-lhe papel e lápis. A criança vai sentar-se no outro canto da sala onde não há mais ninguém.
Passado algum tempo o papel está cheio de linhas. Umas numa direcção, outras noutras; umas mais carregadas, outras mais leves; umas mais fáceis, outras mais custosas. A criança quis tanta força em certas linhas que o papel quase que não resistiu.
Outras eram tão delicadas que apenas o peso do lápis já era de mais.
Depois a criança vem mostrar essas linhas às pessoas: Uma flor!
As pessoas não acham parecidas estas linhas com as de uma flor!
Contudo, a palavra flor andou por dentro da criança, da cabeça para o coração e do coração para a cabeça, à procura das linhas com que se faz uma flor; e a criança pôs no papel algumas dessas linhas, ou todas. Talvez as tivesse posto fora dos seus lugares, mas são aquelas as linhas com que Deus faz uma flor!

José de Almada Negreiros
A Invenção do Dia Claro - A Flor


Labirinto de Ariadne

O labirinto de Ariadne remete-nos para a mitologia Grega e para a lenda do minotauro, ou seja, para a história mitológica. É fundamental conhecer o passado para sabermos construir o nosso futuro de forma mais equilibrada e socialmente justa. Falta-nos muitas vezes este fio de Ariadne para conseguirmos ganhar as lutas do nosso quotidiano.
As roseiras deste labirinto tem os espinhos como carga simbólica principal.

Quando Teseu chegou a Creta para lutar com o Minotauro, Ariadne, filha de Minos e de Pasífae, viu-o e sentiu por ele um violento amor. Para lhe permitir descobrir o caminho no labirinto, onde se encontrava o Minotauro, deu-lhe um novelo de fio, que ele desenrolou, e que lhe indicou o cal7Jinho de regresso. Depois, fugiu com Teseu, para escapar à cólera de Minos. Contudo, não chegou a Atenas. Tendo feito escala na ilha de Naxos, Teseu abandonou-a, adormecida,ao mar. As explicações que se dão desta traição variam segundo os autores; Ou terá sido porque Teseu amava outra mulher que ele abandonou deste modo Ariadne ou, então, terá sido por ordem dos deuses, pois os destinos não lhe concediam que a desposasse. Mas Ariadne, quando acordou de manhã e avistou, desaparecendo ao longe, as velas da embarcação do seu amante, não se abandonou por muito tempo à dor. Logo de seguida, chegaram Dionísio e o seu séquito. Fascinado pela beleza da Jovem, o deus desposou-a e levou-a para o Olimpo. Como presente de núpcias deu-lhe um diadema de ouro, obra de Hefesto... Este diadema tornou-se depois uma constelação.

Pierre Grimal
Dicionário da Mitologia Grega e Latina.

2ª Okupação do coreto do Jardim da Estrela (26 e 27 de Junho)



2ª OKUPAÇÂO DO CORETO DO JARDIM DA ESTRELA
Sábado, 26 de Junho de 2010 desde as 15:00 até Domingo, 27 de Junho de 2010 às 23:00
Local: Jardim da Estrela em Lisboa


Música, convívio, e muito mais...num ambiente informal e descontraído

Seminário sobre O direito e as lutas pela terra no Brasil e no México (22 e 29 de Junho no CES em Coimbra)

Este ciclo temático no CES visa apresentar, a partir de investigações empíricas, o papel do direito e as dinâmicas das lutas agrárias e indígenas no Brasil e no México. O programa contempla dois seminários. O primeiro seminário procura dialogar sobre a possibilidade emancipatória do direito, com a participação de Boaventura Sousa Santos, Mariana Trotta Quintans, Fernanda Maria Vieira, Orlando Aragón Andrade e Maria Paula Meneses. No outro seminário, Angus Wright fala-nos sobre as diferentes formas de luta dos trabalhadores agrícolas face ao uso massivo de pesticidas que comprometem a sua saúde, ambiente e futuro económico. O ciclo destina-se a investigadores, estudantes e público em geral.

Programa

22 de Junho de 2010, 15:30, CES

Pode o direito ser emancipatório? Análises de continuidades e mudanças nas justiças criminal, agrária e indígena a partir de estudos do Brasil e do México
Procurando dialogar com a proposta de Boaventura de Sousa Santos, sobre as situações em que o direito pode jogar um papel emancipatório, este seminário apresenta os resultados de pesquisas empíricas em curso no Brasil e no México. As análises estarão centradas nas possibilidade do uso do direito como instrumento de emancipação social, para a promoção da cidadania e da participação.

Maria Paula G. Meneses, CES
Mariana Trotta Quintans (CES e Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
Fernanda Maria Vieira (CES e Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
Orlando Aragón Andrade (CES e Universidad Autónoma Metropolitana, Mexico)
Boaventura de Sousa Santos (CES)


Programa

15h30 – Apresentação - Maria Paula G. Meneses, CES

15h40 - Os conflitos de terra no judiciário na região norte do Brasil- Mariana Trotta Quintans (CES e CPDA/UFRRJ)

A América Latina é palco de fortes conflitos pela posse da terra. Para mediar estes conflitos, alguns países criaram estruturas específicas junto ao Poder Judiciário, como o Tribunal Agrário e os Juizados de Terras no Peru em 1969, o Tribunal Agrário na Venezuela em 1976, ou ainda os Juizados Agrários na Costa Rica, em 1982. No Brasil, a Constituição Federal de 1988 estabeleceu no art.126 a criação de varas agrárias pelos Tribunais de Justiça para “dirimir conflitos agrários”. Diante desta previsão legal, a partir de 2001, o Tribunal de Justiça do Estado do Pará começou a aprovar a criação de varas agrárias em diferentes municípios do Estado. Atualmente, o Estado se divide em cinco regiões agrárias, possuindo cada uma destas sedes a sua vara agrária (municípios de Altamira, Redenção, Marabá, Santarém e Castanhal). A primeira vara agrária foi instalada em 2002, na região sudeste paraense, na cidade de Marabá. A pesquisa de doutorado investiga a relação do poder judiciário e dos conflitos de terra no Brasil através do estudo destas vara especializada no sudeste paraense. Na pesquisa procura-se estudar como se dá a mediação dos conflitos coletivos pela posse da terra nesta nova esfera do judiciário, atráves de entrevistas com os atores sociais envolvidos nos conflitos de terra, da análise dos processos judiciais relativos a estes casos e da observação do funcionamento da vara agrária (com a participação em audiência). Esta apresentação dá conta dos resultados parciais desta investigação e os acúmulos teóricos e metodológicos apreendidos no estágio doutoral junto ao CES.

16h10 - O Sistema Judicial e a Criminalização da Luta pela Terra - Fernanda Maria Vieira (CES e CPDA/UFRRJ)

Em 2007, a partir de um dossiê elaborado pelo Batalhão da Polícia Militar, que se propunha a investigar as ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST e seus vínculos com as FARC na região Norte do Rio Grande do Sul, uma série de ações jurídicas foram desenvolvidas. Estas ações apontam para um conflito que ultrapassa a disputa entre os proprietários da fazenda e o MST, contando com a atuação significativa dos Judiciários Estadual e Federal de Carazinho e do Ministério Público Estadual e Federal, onde se destacam a ação penal com base na Lei de Segurança Nacional (Lei nº 7170/83) - lei esta do regime de exceção-, e Ações Civis Públicas para impedir desde o funcionamento das escolas itinerantes do MST até o impedimento da permanência de acampamentos nos acostamentos das estradas públicas. O resgate da história, bem como a análise do discurso jurídico que gestou a ação penal (nº ação nº 2007.71.18.000178-3) com base na Lei de Segurança Nacional, revelam não apenas uma trajetória judicial, mas o conflito entre dois movimentos antagônicos (MST X FARSUL) e a rede complexa de poder que vai se estruturando na disputa pelo território.
Esta pesquisa recuperou a trajetória de vida dos agentes judiciais que atuaram nesses processos. Pretendemos assim apresentar no seminário uma análise parcial da fala dos operadores a partir dos marcos teóricos apreendidos nos seminários realizados no CES.


16h40 – Discussão

17h00 – De los jueces de tenencia a los jueces comunales. Transformaciones en el campo jurídico de las justicias indígenas en Michoacán, México - Orlando Aragón Andrade (CES e Universidad Autónoma Metropolitana, Mexico)

El proceso de oficialización de las justicias indígenas en México comenzó a partir de 1992, cuando por primera vez la constitución mexicana reconoció explícitamente la existencia de los pueblos indígenas. A partir de ese momento se desencadenaron una serie de reformas legales en los Estados de la República que tuvieron como finalidad materializar los nuevos derechos de los pueblos indígenas, entre ellos él de aplicar “su propia justica”. La forma en que la inmensa mayoría de las entidades federativas procesaron tal reconocimiento fue a través de la creación de juzgados incorporados y dependientes (tanto administrativa, como jurisdiccionalmente) de los distintos poderes judiciales y de la producción de marcos legales para la regulación de dichos juzgados y de la justicia que en ellos se aplica. Esta transformación ocurrió en Michoacán en 2007 con el establecimiento de los juzgados comunales y la desaparición de los juzgados de tenencia que hasta ese momento funcionaban, de facto, como la instancia de justicia indígena en la entidad, aunque no tuvieran reconocido legalmente el carácter de “indígena”. En este trabajo evalúo este proceso de mudanza y las implicaciones que tiene para la reconfiguración del campo de las justicias indígenas en Michoacán, México.

17h30 – Discussão

18h00 – Comentários Finais – Boaventura de Sousa Santos (CES)





29 de Junho de 2010, 15:00, CES
Seminário do Núcleo de Estudos do Trabalho e Sindicalismo
Sindicalismo, movimentos sociais e meio ambiente no Brasil e no México

Angus Wright, Universidade Estadual de Califórnia

Os trabalhadores e pequenos produtores agrícolas enfrentam graves problemas relacionados com o uso de tecnologias que afectam a saúde e a das suas famílias. Estas tecnologias, tais como o uso indiscriminado de pesticidas, são danosas à própria terra e consequentemente comprometem o futuro económico das comunidades que vivem dela. O desempenho do sindicalismo para enfrentar este desafio tem sido fraco. Para melhorar a situação, o sindicalismo rural no Brasil e no México, como em muitos outros países, tem que examinar suas próprias raízes ideológicas, a relação com o Estado, as alianças políticas, assim como a atitude em relação à tecnologia e identificar formas alternativas de luta. Entre os dois países obviamente existem semelhanças mas também diferenças significativas. Nesta conferência, serão enfatizados sobretudo os traços comuns. Apresenta-se também uma comparação entre o modo de actuação, as visões e as tácticas dos sindicatos rurais e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra no Brasil. Este movimento oferece uma experiência alternativa em todos os aspectos mencionados, apesar de não ser um sindicato.


Nota Biográfica
Angus Wright é historiador e Professor Emérito de Estudos sobre o Meio Ambiente da Universidade Estadual de California, Sacramento. É autor de The Death of Ramon Gonzalez: The Modern Agricultural Dilemma (2005 2nd ed., University of Texas Press), co-autor, com Wendy Wolford, de To Inherit the Earth: The Landless Movement in the Struggle for a New Brazil (2003, Food First! Books) e, com Ivette Perfecto and John Vandermeer, de Nature’s Matrix: Connecting Conservation, Agriculture, and Food Sovereignty (2009, Earthscan). Como historiador e cidadão, trabalha questões que interligam o meio ambiente, a reforma agrária, os trabalhadores agrícolas, e os movimentos sociais no campo.

Curso de Identificação, Biologia e Conservação de Aves de Rapina (24 a 27 de Junho de 2010,em Figueira de Castelo Rodrigo e Parque Natural do Douro)



As Aves de Rapina constituem um dos grupos mais fascinantes da avifauna portuguesa e há cada vez mais interessados em conhecê-las e estudá-las.
A ALDEIA, a Associação Transumância e Natureza e o Parque Natural do Douro Internacional organizam a 5ª edição de um curso que tem como objectivos contribuir para a divulgação e formação técnica sobre vários aspectos relacionados com a identificação, o estudo científico e a conservação das Aves de Rapina existentes em território nacional.
Esta iniciativa destina-se a quem se esteja a iniciar nestes temas, mas também a quem pretenda consolidar o seu conhecimento sobre estas aves. O curso terá um carácter principalmente prático, com uma forte componente de saídas de campo, para observação das aves, interpretação ecológica, identificação de ameaças, e análise a problemas de conservação e respectivas soluções.
Os formadores são técnicos que trabalham directamente nestas áreas, e que por um lado disponibilizarão conhecimentos e experiências e por outro, serão guias privilegiados a alguns dos recantos menos conhecidos do fabuloso espaço fronteiriço do Douro internacional


24 de Junho de 2010 – Quinta-feira
LOCAL: Casa da Cultura de Figueira de Castelo Rodrigo

15:00 - Abertura de secretariado, recepção e entrega de material aos participantes;
- Apresentação do curso e respectivo programa;

16:00 – Módulo I – Identificação (Teórico);

16:00 – Introdução à Ornitologia. António Luís;

16:45 – Técnicas de Observação e Identificação de Aves de Rapina. António Monteiro;
17:30 – Intervalo;

18:00 - Casos práticos de Identificação de Aves de Rapina do Parque Natural do Douro Internacional. Jorge Amaral;

18:45 - Variações na Plumagem e Determinação de Idade em Aves de Rapina;

19:45 – Discussão;

20:00 – Jantar (em Figueira de Castelo Rodrigo);
22:00 – Projecção de vídeos – Identificação de Aves de Rapina;


(Dormida: Figueira de Castelo Rodrigo)


25 de Junho – Sexta-feira
LOCAL (ponto de encontro): Praça da fonte luminosa, Figueira de Castelo Rodrigo. 9:00.

8:00 – 13:00: Módulo II – Identificação (Prático)

- Identificação de Aves de Rapina no Campo;
- Avaliação da importância de diferentes tipos de Habitats para as diferentes espécies;
- Interpretação de biótopos agrícolas, florestais, agro-florestais, estepários, aquáticos dentro do Planalto de Riba-Côa;
Itinerário em autocarro intercalado com pequenos percursos a pé (Figueira de Castelo Rodrigo, Nave Redonda, Mata de Lobos, Almofala, Vermiosa, Malpartida, Vale de Coelha, Vale da Mula, Almeida, Figueira de Castelo Rodrigo).

14:00 – Almoço no campo - Arribas do Rio Águeda, Santuário de Santo André das Arribas, Almofala;

16:00 – Módulo III – Metodologias de Censos (Prático)


- Métodos de Censo e Monitorização de Aves Rupícolas;
- Observação e contagem de Grifos em duas colónias importantes (Distribuição em 3 grupos);

Local: Arribas do Rio Águeda, Santuário de Santo André das Arribas. Almofala.
Aula de Conservação 1 (15 min): Campos de Alimentação de Aves Necrófagas.
Aula de Conservação 2 (15 min): Problemática do uso ilegal de veneno para as aves de rapina.

21:00 – Jantar em Figueira de Castelo Rodrigo

22:30 – Módulo III (cont.) – Metodologias de Censos (Prático)
- Métodos de Censo e Monitorização de Aves de Rapina Nocturnas;
- Pontos de escuta de aves de rapina nocturnas;

(Dormida: Figueira de Castelo Rodrigo)

26 de Junho - Sábado
LOCAL (ponto de encontro): Praça da fonte luminosa, Figueira de Castelo Rodrigo.

9:00 – 19:00: Modulo IV - Conservação (Prático)
- Continuação de Identificação de Aves de Rapina no Campo;
- Contacto com exemplos de acções de conservação de aves rupícolas;
- Contacto com exemplos de problemas de conservação;

Percurso em autocarro: Figueira de Castelo Rodrigo, Nave Redonda (paragem em montados de Nave Redonda), Barragem de Santa Maria de Aguiar.

Aula de Conservação 3: Problemática das linhas eléctricas para as aves de rapina;
Continuação do percurso (intercalado com pequenos passeios pedestres): Estepes de Mata de Lobos, Escalhão, Sapinha, Barca d´Alva, Ribeira de Mosteiro, Poiares, Penedo Durão.
Aula de Conservação 4: Ordenamento cinegético no PNDI;

13:00 – Almoço no campo (miradouro do Penedo Durão)

14:00 – Percurso pedestre no Penedo Durão;

15:00 – 20:00 – Percurso em autocarro: Penedo Durão, miradouro do Carrascalinho (Fornos), Lagoaça, Figueira de Castelo Rodrigo.
- Visita a exemplos de acções de conservação no âmbito do Plano de Emergência para a Recuperação de Aves Rupícolas (PEAR).

21:30 – Jantar em Figueira de Castelo Rodrigo;

22:30 – Sessão de identificação – projecção de fotos tiradas durante o curso.

(Dormida: Figueira de Castelo Rodrigo)


27 de Junho - Domingo
LOCAL (ponto de encontro): Praça da fonte luminosa, Figueira de Castelo Rodrigo.

9:00 – 13:00: Caminhada na Reserva da Faia Brava, ZPE Vale do Côa.
- Observação de aves;
- Visita aos principais locais do projecto de conservação de aves rupícolas na Reserva da Faia Brava (Associação Transumância e Natureza);
- A problemática dos incêndios rurais/florestais;
- A importância da agricultura tradicional na conservação da avifauna;

13:00 - Almoço: Hortas da Sabóia.

14:00 - 16:30 – Módulo V - Conservação (cont.): Apresentações sobre Problemáticas e Projectos de Conservação de Aves de Rapina em Portugal;

- Projecto Reserva da Faia Brava, ZPE Vale do Côa (Associação Transumância e Natureza). Alice Gama;
- Monitorização de Aves Rupícolas no PNDI. Jorge Amaral;
- O papel dos centros de recuperação na conservação de aves de rapina. Ricardo Brandão;
- Situação actual e conservação da Águia-real no PNDI. João Quadrado;

16:30 – Debate final;

17:00 – Encerramento.



Formadores:

António Espinha Monteiro. Licenciado em Biologia - variante Recursos Faunisticos e Ambiente, pela Faculdade de Ciências de Lisboa, tendo dedicado o estágio desse curso à biologia e ecologia do Abutre do Egipto na região do Alto Douro. Possui duas pós graduações: "Manejo e Conservacion de Recursos Naturais" (Universidade Salamanca), e Rcursos Florestais e Ambiente (Universidade Coimbra). Trabalha desde 1994 para o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade, tendo entrado para os seus os quadros em 1997. Participou activamente no processo de criação do Parque Natural do Douro Internacional, tendo sido vogal da Direcção dessa Área Protegida entre 1998 e 2003. Presentemente desempenha as funções de técnico superior no Departamento de Gestão de Áreas Classificadas do Norte /ICNB.

Jorge Amaral. Licenciado em Engª dos Recursos Naturais e Ambiente pela Escola Superior Agrária de Castelo Branco, realizou estágio sobre Aves Nidificantes em quatro concelhos da Beira Alta, e estágio sobre a População de Águia-real no Parque Natural do Douro Internacional.Trabalha desde o ano de 2002 no Parque Natural do Douro Internacional, onde desempenha as funções de Técnico.

Alice Gama. Licenciada em Biologia pela Universidade de Aveiro. Assistente de projecto Talamanca Hawkwatch, realizando trabalho de investigação em Migração de Aves de Rapina no continente americano (2003-2006). Técnica de Conservação da Natureza e Educação Ambiental na Associação Transumância e Natureza, desde 2007.

Ricardo M. L. Brandão. Licenciado em Medicina Veterinária pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, com formação adicional em Biologia da Conservação. Coordenador do Programa Antídoto – Portugal desde 2003. Técnico Colaborador do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, no Parque Natural da Serra da Estrela, entre 2005 e 2008. Coordenador e Médico Veterinário do Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens (CERVAS), através da Associação ALDEIA, desde 2009.


Inscrições, preços e outras informações:
www.aldeia.org/portal/PT/5/EID/164/DETID/1/default.aspx