16.6.10

Festival Silêncio (de 16 a 26 de Junho) com poetry slam, spoken word e perfomances transversais que cruzam música, vídeo e poesia

De 16 a 26 de Junho, os palcos do Musicbox Lisboa, do Instituto Franco-Português, do Goethe-Institut Portugal, do Teatro Maria Matos e do Cinema Nimas, irão receber inúmeros músicos, actores, jornalistas, realizadores e escritores portugueses e estrangeiros num festival que convida a descobrir talentos emergentes bem como nomes já consagrados de artistas que trabalham em torno da palavra dita. Lisboa, cidade candidata a Capital Mundial do Livro em 2013 e marcada pelo multilinguismo e pelo multiculturalismo, acolhe uma vez mais este evento internacional que divulga em terras lusas a literatura no seu cruzamento com as diferentes artes e se insere na rota dos grandes festivais literários contemporâneos.



Este festival transdisciplinar pretende dar a conhecer novas criações artísticas e novas tendências urbanas em torno da palavra dita: dos concertos às leituras encenadas, das conferências aos lançamentos de livros e de audiolivros, do poetry slam ao spoken word e aos espectáculos transversais que cruzam música, vídeo e poesia.



Depois do êxito da primeira edição, este ano o festival apresenta um programa ainda mais ambicioso e foram criadas novas rubricas como as Conversas do Silêncio, um encontro singular em palco entre grandes escritores num ambiente intimista e informal que pretende dar a conhecer a obra destes autores e, simultaneamente, ajudar-nos a reflectir sobre os novos movimentos de revitalização da palavra. O Instituto Franco-Português será o anfitrião destas Conversas que constituirão uma ocasião única de ouvir de perto a voz de grandes nomes da literatura mundial como Alberto Manguel, Mathias Enard ou François Vallejo.

À semelhança do ano passado, o palco do Musicbox irá receber inúmeros espectáculos de spoken word com artistas portugueses como João Peste, JP Simões ou Fernando Ribeiro e estrangeiros como Grossraumdichten, Gosthpoet e ainda duas das maiores referências internacionais na área do spoken word: Saul Williams e Ursula Rucker.

Na área do slam, cujo primeiro torneio se realizou em Portugal no âmbito do Festival Silêncio, destaque para os concertos do slammer alemão Sebastian 23, do francês Ami Karim e dos Social Smokers, a primeira banda portuguesa de slam, bem como para o concurso de Poetry Slam, cujo sucesso da primeira edição deixa antever uma grande final em que subirão ao palco 8 slammers que declamarão seus temas em 3 minutos.

Outra novidade do Festival Silêncio 2010 é a mostra de filmes em torno da palavra em parceria com o Zebra, o festival internacional de Poetry Film de Berlim.

Regressam também rubricas como o Jardim dos Sons, aproveitando o belíssimo espaço exterior do Goethe-Institut – pontuado por espreguiçadeiras e auscultadores – que receberá, à semelhança do ano passado, lançamentos de audiolivros acompanhados de leituras encenadas mas também apresentações de peças radiofónicas e espectáculos de poesia sonora.

A comprovar que a vertente didáctica de um evento com estas características não foi esquecida, haverá ainda lugar a workshops e master classes: Saul Williams irá proferir uma imperdível master class na Faculdade de Letras sobre spoken word e a escritora e contadora de histórias francesa Muriel Bloch sobre storytelling.

Por fim, a nova rubrica Silêncio Off ocupa espaços alternativos com iniciativas lúdicas e de divulgação de novos projectos transversais de música, vídeo e poesia. A construção colectiva de um poema agendada para o largo dos Stephens e um campeonato de scrabble pensado para o largo de São Paulo são alguns exemplos.



BIOGRAFIAS DOS ESCRITORES
PROGRAMA COMPLETO EM PDF
JORNAL DO FESTIVAL EM PDF


Participantes

Ursula Rucker (USA)
Nascida em Filadélfia, é pela escrita que documenta o mundo que a rodeia. Trabalhou com King Britt, The Roots, Josh Wink e 4hero, emprestando-lhes a voz, a escrita e a alma. Em 2001, apresenta o primeiro registo discográfico a solo, Supa Sista, editado pela prestigiada !K7 e rapidamente vê o seu nome ecoar pela imprensa internacional e a sua primeira criação considerada uma das revelações do ano. Ursula conta já com quatro discos no currículo, tendo sido o último editado em 2008.





Muriel Bloch (FRA)
Contadora de histórias e viajante, com um doutoramento em Letras, Muriel Bloch trabalhou durante 5 anos no espaço Pedagógico do Centro Georges Pompidou em Paris e foi colaboradora da Rádio France Culture com programas de autoria. Autora de vários livros e antologias, das suas andanças como contadora viajante traz para as suas intervenções um sem fim de histórias que enriquecem o seu repertório feito de gravações, de recolhas de contos populares, de reinvenções…
“IL y a un monde ailleurs ...” é o espectáculo, para todas as idades, que Muriel Bloch e Catitu Tayassu vêm apresentar ao Instituto Franco-Português no dia 18 de Junho às 21h00., no âmbito do Festival Silêncio!
A contadora dará também um workshop na Faculdade de Letras de Lisboa




Saul Williams (USA)
Uma das maiores referências internacionais de spoken word, Saul Williams começou sua carreira no Nuyorican Poets Café, em Manhattan, onde era presença assídua nos concursos de poetry slam. Depois de ter vencido várias noites e de ter integrado uma equipa de slammers, Williams foi o protagonista de Slam, filme de 1998 que retrata as dificuldades de um jovem poeta afro-americano marcado pela violência e pelo tráfico de droga. É ainda nesse ano que o multifacetado artista publica o primeiro livro The Seventh Octave – uma antologia com alguns dos seus primeiros poemas – e se lança também na música. Estreia-se nos discos com Amethyst Rock Star, produzido pelo mítico Rick Rubin, e da colaboração que inicia com Trent Reznor, dos Nine Inch Nails, nasce o álbum The Inevitable Rise and Liberation of NiggyTardust, de 2007. No ano passado, Saul Williams deu voz ao seu último livro num álbum de spoken word com a colaboração musical do The Arditti Quartet. Com os emblemáticos poemas “Not In Our Name: A Pledge To Resist” e “Said The Shotgun To The Head”, Williams afirmou-se desde logo como uma voz crítica que não esconde preocupações sociais e políticas.


Catitu Tayasu (BR)
Professora de Língua Portuguesa, pesquisadora associada ao Centro de Pesquisas Históricas na EHESS (Paris), doutorada em Educação, pós-doutorada em História Cultural, autora de vários livros e artigos abordando os temas da alfabetização e da literacia, história da leitura e da escrita, literatura no feminino e genealogia dos textos antigos. Desde 2003, escreve contos, ensaios e cartas, entre eles, Escreva-me

O Maquinista (PT)
Pode dizer-se que O Maquinista não é deste tempo. Num mundo apressado, em constante overdose de novidades, João Branco Kyron – que conhecemos como vocalista dos Hipnótica – chega com um projecto que obriga a parar. Inspirado pela escrita de William Burroughs, Jack Kerouac ou Charles Bukowski, mas também pelos ambientes dos filmes de Wim Wenders ou Tarkovski, o músico pinta o mundo contemporâneo com poesia e sons. Assim como a vida, o Maquinista parece ser uma colecção de polaroids.



Stéphane Audeguy (FRA)
Nasceu em 1964. Romancista e ensaísta, formado em literatura Francesa, Inglesa e Americana pela Universiade de Paris, foi leitor e assistente na Universidade de Charlottesville na Virgínia (E.U) entre 1986 e 1987. É, desde 1999, professor de História da Arte e História do Cinema. Autor de A Teoria das Nuvens (2005) e Filho Único (2006), ambos publicados pela Gallimard. Stéphanne Audeguy viu a sua obra reconhecida com os prémios “Le Prix des Deux Magots” e o canadiano “Prix Marie-Claire Blais”.

Philippe Besson (FRA)
Nasceu em Barbezieux-Saint-Hilaire em 1967. Licenciado em Direito, este escritor francês é autor de uma obra prolífica e aclamada pela crítica. O seu primeiro romance, En l´absence des hommes, foi distinguido com o prémio Emmanuel-Roblès da Académie Goncourt e, em 2003, recebe o grande prémio RTL-Lire . Os seus livros estão traduzidos em mais de 15 línguas e o romance Son frère foi adaptado ao cinema pelo realizador Patrice Chéreau. Um Instante de Abandono é o seu mais recente livro


Sebastian 23 (GER)
A trabalhar a literatura dando-lhe forma de palavra dita, Sebastian 23 é um dos mais aclamados Poetry Slammers da actualidade na Alemanha. Tendo actuado em palcos como a Feira do Livro de Frankfurt, a Casa do Teatro de Hamburgo e o Adlmiralpalast de Berlim, representou a poesia de língua alemã nos Mundiais de Slam de Paris em 2008. Para além das suas actuações, Sebastian 23 dá workshops de Poetry Slam em várias Universidades e escolas.



Pedro Tamen (PT)
Poeta e tradutor, licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, foi director da prestigiosa editora Morais e administrador da Fundação Calouste Gulbenkian. Foi ainda Presidente do PEN Clube Português e membro da Direcção e presidente da Assembleia Geral da Associação Portuguesa de Escritores. A sua poesia, reunida em Tábua das Matérias, foi galardoada com o Prémio da Crítica e com o Grande Prémio Inapa de Poesia. Pelas suas obras recebeu ainda os prémios D. Diniz, Nicola, Bordalo da Imprensa, PEN Clube, Luís Miguel Nava e Inês de Castro. Paralelamente, tem desenvolvido uma intensa actividade de tradutor tendo sido por duas vezes finalista do Prémio Europeu de Tradução. Tradutor de À la Recherche du Temps Perdu de Marcel Proust, Pedro Tamen assina a tradução de Zona do escritor Mathias Enard.



Mathias Enard (FRA)
Nasceu em 1972, estudou persa e árabe, e viveu largos períodos no Médio Oriente. É actualmente professor de árabe na Universidade de Barcelona. Publicou dois romances na Actes Sud: La perfection du tir (2003; Prémio dos cinco continentes da francofonia, 2004) e Remonter l’Orénoque (2005). Publicou também, na editora Verticales, Bréviaire des artificiers (2007). Aclamado pela crítica francesa, o romance Zona recebeu os prémios “Le Livre Inter 2009” e “Décembre 2008”.

Locais
Musicbox Lisboa
Goethe-Institut Portugal
Instituto Franco-Português
Cabeleireiro Motor Hairport
Espaço Nimas
Faculdade de Letras da UL
Largo de São Paulo
Largo dos Stephens
Teatro Maria Matos




Eventos
Workshop e Master Classes
Conversas do Silêncio
Jardim dos Sons
Silêncio Off
Word Cut
PROGRAMA

Dia 16 de Junho

18h30 . Goethe Institut
Jardim dos Sons
Gibberish – Manuela São Simão e Pedro Lopes (PT)
Performance duracional por Manuela São Simão e Pedro Lopes, com...
21h30 .

Instituto Franco-Português
Espectáculos
Beckett-Joyce (PT)
Graça Lobo, Virgílio Castelo e Jorge Silva Melo lêem excertos...



Foucault e o anarquismo é o tema da oficina libertária em curso no Centro de Cultura Social em São Paulo, Brasil ( sessões marcadas para hoje e dia 26 de Junho)

O objetivo da oficina é propor um estudo sobre as relações entre a reflexão política e filosófica de Michel Foucault e o pensamento anarquista de Pierre-Joseph Proudhon e Errico Malatesta.
A pertinência em estudar “Foucault e o anarquismo” está no fato de que, desde os anos 1990, tornara-se evidente que os efeitos na política e na filosofia produzidos pela crítica foucaultiana do Sujeito e do Poder afetaram enormemente não apenas as Ciências Humanas, mas também, e de uma maneira extraordinária, os modos através dos quais eram percebidas as tradições políticas liberal, marxista e anarquista. A força inovadora do “efeito Foucault” em relação anarquismo pode ser vista pelos trabalhos de Todd May e Salvo Vaccaro, que constituem o início do que se tornou em nossos dias um vasto campo discursivo sobre um problema importante no debate anarquista: o chamado pós-anarquismo ou neo-anarquismo.
Todavia, apenas recentemente nota-se um empenho, sobretudo na Europa, em compreender complexivamente o alcance e os desdobramentos que resultam dessa problemática para o anarquismo. E é com este intuito que se lança mais esta oficina libertária: “Foucault e o anarquismo” busca apreender a força inovadora desta interseção de potências no pensar libertário.



Depois das sessões realizadas a 14 de Abril em que se pretendeu apresentar uma cartografia da problemática “Foucault e o anarquismo”, 12 de Abril sobre Proudhon e Foucault, por uma “filosofia relacional”, e a de 26 de Maio“Anarquismo e governamentalidade” ou uma concepção analítica, realiza-se hoje a quarta sessão sob o tema «Errico Malatesta e Michel Foucault sobre o fascismo». A sessão final está marcada para o dia 26 de Junho será dedicada à “Anarqueologia dos saberes”

Centro de Cultura Social
Rua Gal. Jardim nº 253 – sala 22 – Vila Buarque (metro República)
São Paulo, Brasil




16 junho 2010 São Paolo - "Errico Malatesta e Michel Foucault sobre o fascismo"
26 junho 2010 São Paolo.- “Anarqueologia dos saberes”



“Anarqueologia dos saberes” : apresentação e lançamento do livro Do governo dos vivos. Curso no Collège de France, 1979-1980 (excertos), de Michel Foucault (Editora Achiamé, Rio de Janeiro, trad. de Nildo Avelino).



Excerto:
"A anarqueologia e a ortologia dos saberes trazem para discussão sobre a educação em geral, e em particular a educação universitária, um aspecto que tem ocupado a vontade de saber ocidental desde os gregos : o problema da força da verdade e sua pretensão de poder sobre os homens. (...) Que Foucault, um dos filósofos mais importantes do século XX, tenha intitulado o seu método investigativo de an-anarqueológico, significa certamente que já era possível encontrar no anarquismo, e eu diria especialmente no anarquismo de Proudhon, a disposição que considera os discursos que articulam o que pensamos, dizemos e fazemos com a mesma seriedade concedida aos eventos históricos."





Do governo dos vivos. Curso no Collège de France, 1979-1980 (aulas de 09 e 30 de janeiro de 1980) Michel Foucault (tradução de Nildo Avelino)

"Nenhum poder existe por si! Nenhum poder, qualquer que seja, é evidente ou inevitável! Qualquer poder, consequentemente, não merece ser aceito no jogo! Não existe legitimidade intrínseca do poder! E a partir dessa posição, a démarche consiste em perguntar-se o que é feito do sujeito e das relações de conhecimento no momento em que nenhum poder é fundado no direito nem na necessidade; no momento em que qualquer poder jamais repousa a não ser sobre a contingência e a fragilidade de uma história; no momento em que o contrato social é um blefe e a sociedade civil um conto para crianças; no momento em que não existe nenhum direito universal, imediato e evidente que possa, em todo lugar e sempre, sustentar uma relação de poder qualquer que ela seja. Vocês vêem, portanto, que entre isso que se chama, grosso modo, a anarquia, o anarquismo e o método que eu emprego é certo que existe qualquer coisa como uma relação."



Leia o e-book "Do governo dos vivos-Michel Foucault":





Coordenação de Nildo Avelino - doutor em Ciência Política pela PUC-SP e Pós-Doutorando em História Política pelo IFCH/UNICAMP. É pesquisador na área de Teoria Política sobre os temas: anarquismo, governamentalidade, anarqueologia. Participou, em setembro de 2009, do seminário internacional “Anarchismo, post-anarchismo e nuovi movimenti antiautoritari nella società contemporanea” realizado em Pisa pela Biblioteca Franco Serantini no âmbito da XIV Conférence Internationale della Fédération Internationale des Centres d'Études et de Documentation Libertaires (FICEDL), bem como do workshop “Anarchism” coordenado por Ruth Kinna durante a 6th Annual Conference in Political Theory da Manchester Metropolitan University. É militante do CCS desde 1991.



Festa da Pintura do Mural da História do Bairro da Relvinha (19 de Junho, a partir das 12h. no Bairro da Relvinha, Coimbra)

Há muitos anos atrás, deu-se início ao processo de autoconstrução do Bairro da Relvinha, em que houve uma intensa participação dos moradores do Bairro, que contaram com a colaboração de vários grupos que se solidarizaram com a sua luta, um grupo de estudantes de Medicina, grupos culturais, grupos de jovens voluntários estrangeiros, empresas e pessoas a título individual, que deram um contributo imenso.

É esta história que a Cooperativa Semearrelvinhas pretende recordar e recriar com a Festa da Pintura do Mural da História do Bairro da Relvinha a realizar no próximo sábado, dia 19 de Junho de 2010.

Durante o dia vai-se pintar um mural com a história do bairro da Relvinha e à noite o Rebimbómalho, Coro da Achada e a Tocata do GEFAC juntam-se aos vários grupos que se solidarizaram com o bairro na luta por condições condignas de habitabilidade nesta iniciativa que visa lembrar a história deste bairro.

Pelas 21,00 horas será dado início ao espectáculo :-Rebimbómalho;

Pleas 21,30 horas actuação do Coro da Achada;

Pelas 22,00 horas actuação do Grupo GEFAC.

História breve do bairro da Relvinha:
 Em 1954, 28 famílias foram desalojadas na zona da Estação Velha. Entre 1954 e 1974 estas famílias foram realojadas num bairro de barracas de madeira construído de raíz que procurava resolver de forma provisória a situação relativa à habitação destes moradores. As barracas de madeira, pouco tempo depois de serem estreadas, começaram a ter problemas de insalubridade. A pobreza e a fome marcavam a vida destes moradores. No final da década de 60 os moradores levam a cabo algumas acções radicais e criam uma comissão de moradores onde começam a discutir os problemas que os moradores enfrentavam, chegando a reivindicar junto da Câmara Municipal melhores condições de habitabilidade. Após 25 de Abril de 1974, com a adesão ao projecto SAAL, iniciou-se a construção de casas novas em auto-construção e substituiram-se as barracas de madeira, marcando o início de um novo tempo. Um tempo que é lembrado pelos moradores como um tempo denso em que está presente a “espoir”, conceito desenvolvido por Luísa Tiago Oliveira (2004) ao considerar que a “espoir” descrita por Malraux acerca da guerra civil espanhola se tratava de uma esperança idêntica à que se viveu e sentiu em Portugal nos dois ou três anos que se seguiram ao 25 de Abril de 1974. Neste processo de auto-construção houve uma intensa participação dos moradores do bairro da Relvinha. Os moradores, na execução da Operação SAAL da Relvinha, contaram com a colaboração de vários grupos que se solidarizaram com a luta destes moradores pelo direito a uma habitação condigna. Entre os mesmos, contam-se um grupo de estudantes de medicina, grupos culturais, grupos de jovens voluntários estrangeiros, empresas, pessoas a título individual que deram um contributo imenso para a consecução dos objectivos dos moradores.

Mini-ciclo activista na Casa da Horta sobre a vida dos oceanos (projecção de dois filmes nos dias 17 e 19 de Junho)

MINI-CICLO ACTIVISTA – VIDA dos OCEANOS
17 de Junho, 5ºf, 21.30

19 de Junho, Sábado, 18.30



Casa da Horta, Associação Cultural
Rua de São Francisco, 12A

4050-548 Porto
Perto da Igreja de São Francisco e Mercado Ferreira Borges.

Email: casadahorta@pegada.net
Tel: 222024123 / 965545519
http://casadahorta.pegada.net/entrada/

No final deste mês, em Junho, irá ter lugar, em Marrocos, a conferência anual da Comissão Baleeira Internacional. Entre os vários pontos de reunião existe uma proposta, especialmente polémica e preocupante, de levantamento de moratória internacional de proibição à caça à baleia, que se encontra em vigor, e que tem sido sistemática violada, sem as devidas sanções internacionais, sobretudo por três países: o Japão, a Noruega e a Islândia, com o primeiro destes três a destacar-se, bem pela negativa, como o país que mais baleias abateu. Só em Em 2008/2009, as embarcações japonesas mataram 1003 baleias, ou 52 por cento das 1929 baleias caçadas em todo o mundo. A moratória prevê situações de excepção como a captura para pesquisa científica, e esta tem vindo a ser usada como pretexto para uma evidente caça comercial. Mais informações sobre este assunto:

Comissão Internacional propõe caça comercial à baleia por dez anos



Austrália leva Japão e caça à baleia ao Tribunal Internacional de Justiça



Na Casa da Horta, tendo como tema a Vida nos Oceanos, nomeadamente a protecção das grandes espécies, iremos passar dois filmes:



17 de Junho, 5ºf, 21.30

SHARWATER
Sharkwater – The Story “Um filme revelador … visualmente estonteante … este filme vai mudar a maneira como você vê nossos oceanos”. – Bonnie Laufer, Tribute Magazine. Para o cineasta Rob Stewart, explorar os tubarões começou como uma aventura submarina. Acabou por se transformar numa jornada de vida, bela e perigosa em torno do equilíbrio da vida na Terra. Motivado pela paixão e um fascínio de longa duração com os tubarões, Stewart desvenda os estereótipos históricos dos meios de comunicação, representações dos tubarões como sanguinários, comedores de Homens revelando a realidade de tubarões como pilares da evolução dos mares. Filmado em vídeo de alta definição, Sharkwater leva-o às águas mais ricos do mundo em tubarões, expondo a exploração e corrupção em torno do populações munidias de tubarões nas reservas marinhas da Ilha Cocos, Costa Rica e as Ilhas Galápagos, no Equador. Num esforço para proteger os tubarões, a equipa de Stewart junta-se ao renegado conservacionista Paul Watson da Sea Shepherd Conservation Society. Sua aventura inacreditável e conjunto começa com uma batalha entre a Sea Shepherd e caçadores de tubarões na Guatemala, resultando em investidas contra barcos pirata, perseguições, espionagem, os sistemas de justiça corrupta e tentativa de assassinato, forçando-os a fugir para salvar suas vidas. Através de tudo isso, Stewart descobre que estas criaturas magníficas passaram de predador a presa e como, apesar de terem sobrevivido a extinções em massa da história da Terra, que podem ser facilmente eliminados totalmente dentro de poucos anos, devido à ganância humana. Um notável percurso de coragem e determinação, a mudança de uma missão para salvar os tubarões do mundo, por uma luta pela sua própria vida e a humanidade.



http://www.imdb.com/title/tt0856008/



19 de Junho, Sábado, 18.30
THE COVE
Numa lagoa sonolenta ao largo da costa do Japão, existe um segredo chocante que alguns homens desesperados farão de tudo para manter escondido do mundo. Em Taiji, no Japão, o ex-treinador de golfinhos Ric O’Barry, está determinado a acertar as coisas depois de uma longa busca de redenção. Em 1960, foi O’Barry que capturou e treinou os cinco golfinhos que interpretaram o personagem título da série sensação internacional “Flipper”. Num dia fatídico, um O’Barry destroçado veio a perceber que estas criaturas profundamente sensíveis e extremamente inteligentes nunca devem ser submetidas ao cativeiro. Esta missão levou-o Taiji, uma cidade que parece dedicada às maravilhas e mistérios dos elegantes golfinhos e baleias que nadam ao largo das suas costas. Mas numa enseada remota cercada por arame farpado e sinais “Keep Out”, encontra-se uma realidade sombria. É aqui, a coberto da noite, que os pescadores de Taiji, impulsionados por uma indústria de biliões de dólares de entretenimento com golfinhos e um mercado para a sua carne contaminada com mercúrio, exercem uma caça invisível. A natureza do que eles fazem é tão horrífica e as consequências são tão perigosas para a saúde humana que farão tudo para deter qualquer um de ver.






Após cada projecção irá decorrer um debate em que um dos principais temas será “como podermos proteger a vida marinha” e o que podemos fazer para impedir a matança das diversas espécies oceânicas.



Aparece, traz um amigo também e, já agora, divulga

Começa hoje em Serpa o Doc's Kingdom 2010 (encontro internacional sobre cinema documental)

Quatro filmes de Hartmut Bitomsky ou Frammenti Elettrici N. 6 – Diario 1989. Dancing In The Dark, o último filme da dupla de cineastas italiana Yervant Gianikian & Angela Ricci-Lucchi são apenas alguns dos filmes que os participantes da décima edição do Doc´s Kingdom poderão ver e discutir com os realizadores, de 16 a 20 de Junho.

Tendo como mote A Imagem-Arquivo, Serpa volta a receber o seminário que é já uma referência no mundo do documentário. Nesta edição estarão presentes os realizadores Hartmut Bitomsky (Alemanha), Yervant Gianikian, Angela Ricci Lucchi (Itália), Edgardo Cozarinsky (Argentina) e Susana de Sousa Dias (Portugal) e serão exibidos catorze filmes destes realizadores.

O Doc’s Kingdom é um encontro de visionamento e discussão sobre o documentário contemporâneo que se oferece como alternativa à dimensão quantitativa dos festivais. Desde a sua primeira edição, em 2000, o seminário mantém as características distintivas que lhe estiveram na base: um mesmo grupo ê alguns filmes fortes e diversos ao longo de quatro ou cinco dias e conversa informalmente sobre eles. O seminário é a experiência grupal, cumulativa, em três vertentes inseparáveis: os visionamentos; os debates colectivos em torno dos filmes na presença dos seus autores; o encontro em sentido lato. O Doc’s Kingdom realiza-se em Serpa, no Baixo Alentejo, região ainda bem preservada onde resiste uma cultura popular e que proporciona um ambiente convidativo à reflexão e troca de ideias. A referência-tributo inscrita no nome tem dimensão programática: o filme homónimo de Robert Kramer, rodado em Portugal na década de oitenta, é uma obra de quem filmou sempre entre o documentário e a ficção e a questionar o próprio gesto de filmar.




Tema deste ano - A imagem-arquivo

Para além do filme com imagens de arquivo, a noção de arquivo na génese do acto de filmar. Reunindo autores que muito trabalharam com imagens pré-existentes, e não deixando de lado essa vertente da sua actividade, convidamos à análise de caminhos que alargam e transformam o binómio em causa (imagem e arquivo). A ideia de recolha, colecção, inventário, enquanto retorno a uma origem e, simultaneamente, impulso criador. O arquivo, ou seja, o espaço (re)fundador.

Textos Apoio: ver AQUI


Com a presença de Hartmut Bitomksy, Edgardo Cozarinky, Susana de Sousa Dias, Yervant Gianikian, Angela Ricci Lucchi. (Aviso: por razões de última hora, alheias à organização, os realizadores Yervant Gianikian & Angela Ricci Lucchi não poderão estar presentes no Seminário.)
 
O primeiro número dos cadernos documenta (publicação mensal da Apordoc distribuída com o Le Monde diplomatique – edição portuguesa) é dedicado ao Doc's Kingdom 2010
 

Programa  2010

TEMA  - A imagem-arquivo The archive-image

Com a presença de
Edgardo Cozarinsky, Hartmut Bitomsky,Susana de Sousa Dias,Yervant Gianikian & Angela Ricci-Lucchi


16 QUARTA-FEIRA

21h00 9pm
Sessão de abertura

Yervant Gianikian & Angela Ricci-Lucchi
Dal Polo All’ Equatore,1986, 101’

Cocktail de Abertura

17 QUINTA-FEIRA
9h30
Recepção dos participantes

10h00 Hartmut Bitomsky
Deutschlandbilder, 1983, 60’

11h30 Edgardo Cozarinsky
La guerre d’un seul homme, 1982, 105’

15h00 Yervant Gianikian & Angela Ricci-Lucchi
Io Ricordo, 1997, 11’
Uomini, anni, vita, 1990, 70’

16h50
Susana de Sousa Dias
48, 2009, 93’

19h00 Debate


18 SEXTA-FEIRA

10h00
Yervant Gianikian & Angela Ricci-Lucchi
Nocturne,1997, 18’
Frammenti Elettrici N. 6 – Diario 1989. Dancing In The Dark, 2009, 60’

11h50
Yervant Gianikian & Angela Ricci-Lucchi
Ghiro Ghiro Tondo, 2007, 62’

14h30
Hartmut Bitomsky
Staub, 2007, 90’

16h30
Debate

19h30
Cocktail-jantar Cocktail buffet

23h00
Hartmut Bitomsky
Das Kino und der Tod, 1988, 46’



19 SÁBADO
10h00
Edgardo Cozarinsky
BoulevardS du Crépuscule Sur Falconetti, Le Vigan et quelques autres... en Argentine, 1992, 65’

11h30
Edgardo Cozarinsky
Trabalho em curso / Work in progress

12h30
Debate

15h00
Hartmut Bitomsky
Flächen Kino Bunker, 1991, 52'
Das Kino und der Wind und die Photographie - Sieben Kapitel über dokumentarische Filme, 1991, 56’

17h20
Debate

19h00
Debate final Final debate

20 DOMINGO

10h30
O Cinema, Cem Anos de Juventude Cinema, One Hundred Years of Youth
Programa de iniciação ao cinema, apresentado pela Associação Os Filhos de Lumière. Os filmes aqui apresentados resultam do trabalho sobre a questão "Porquê mexer a câmara?" que os participantes de cinco países fizeram ao longo deste ano lectivo, com as mesmas regras do jogo. Inclui a exibição de filmes realizados no ano corrente por alunos da Escola Secundária de Serpa que participam neste dispositivo.



Feliz Bloomsday!


Bloomsday is being celebrated around the world today as fans come together to appreciate James Joyce's classic novel "Ulysses."

The book, widely considered to be one of the greatest modern novels ever written, takes place over the span of just one day - June 16, 1904 - and follows the musings and adventures of two men living in Dublin, Leopold Bloom and Stephen Dedalus.

Fans are particularly joyous in celebrating Joyce's masterpiece not only because of the book's importance but because the book at its essence celebrates life itself as it is, especially Bloom's wife Molly's soliloquy


This year (2010) we celebrate Joyce's epic Ulysses from 12 - 16 June 2010 at venues across the Dublin city with some great events:

TRADITIONAL BLOOMSDAY BREAKFAST

READINGS, SONG & DANCE IN MEETING HOUSE SQUARE

ONE-MAN SHOW ‘JIMMY JOYCED’ (DONAL O’KELLY)

TALKS BY DANIS ROSE & BARRY MCGOVERN

ROUNDTABLE WITH THE ORDER OF THE FINNEGANS

'BLOOM' AT CINEWORLD

BUS ODYSSEY

WALKING TOURS