22.4.10

Sociologia e Anarquismo, análise de uma cultura política de resistência - livro de Raúl Ruano Bellido

Nos anos 30 do século XX, os anarquistas espanhóis edificaram toda uma cultura de resistência cultural face ao sistema vigente.

Para conhecer essa cultura é indispensável conversar com os velhos militantes libertários, os principais protagonistas dos factos daqueles tempos que foram determinantes na história de muitos europeus e até para toda a humanidade.

A partir das autobiografias escritas por operários anarquistas e de uma série de entrevistas em profundidade realizadas a velhos e velhas anarquistas, foi possível elaborar pequenas histórias de vida que ajudam a conhecer por dentro o mundo anarquista. Ao intento não é estranho o facto de naquela época o ser anarquista era vonsiderado uminequívoco sina de identidade.

Daí as interrogações: como se foi forjando essa identidade? O que levou a tantos trabalhadores a identificarem-se com o anarquismo? Quais foram os princípios e os valores que moviam os anarquistas? Que tipo d elutas e de sonhos desencadearam? Estas são apenas algumas questões que o livro pretende dar resposta.

Com a recuperação desta memóiria de resistência pretende-se também ajudar a prensar o presente, uma vez que, paradoxalmente, para se compreender o que hoje se passa torna-se necessário ouvir as vozes silenciadas, as vozes profundas dos velhos anarquistas esquecidos por uma sociedade que caminha sem rumo. A memória assim resgatada permite saber com maior acutilância de onde vimos e consequentemente decidir com maior liberdade para onde queremos e podemos ir.

Sociología y Anarquismo" de Rául Ruano
Edição de Fundación Anselmo Lorenzo

Arraial contra a guerra no Largo do Carmo ( desde o dia 23 até ao dia 25 de Abril)


Todos ao Largo do Carmo Sexta e Sábado, 23 e 24 de Abril!



PROGRAMA

Sexta -feira - 23 de Abril
14.00h. - 18.00h
Actividades com alunos do 1.º e 2.º ciclos, :
Teatro com a peça "A Bicicleta da República"
Pintura colectiva de um mural alusivo ao 25 de Abril e à paz
Jogo da Glória gigante, sobre o 25 de Abril, que será colocado e jogado no chão do Largo
Animação musical com a Banda "Os homens da luta"
Oficina sobre ambiente com o apoio da Associação Projecto 270
Pequena exposição de cartazes sobre o 25 de Abril

20.00h - 01.00h
20.00h - "Venham mais cinco"(Movimento Alternativo Rock)
20.30h - Hip hop com Royal Familia, Lord,
- Strike, Kas, Money (Moinho da Juventude)
21.00h - Inácio Canto e Castro , música e poesia de Abril
21.20h - "O canto da memória"
21.45h - Balé Brasil "Liberdade"(Assim Ser)
22.00h - Gordilho (Tertúlia Liberdade)
22.20h - Eugénia Bettencourt e Mingo Rangel,música e poesia (MPPM)
22.40h - Banda "Couple Coffee"
23.40h - Coro da "Casa da Achada"
01.00h- Encerramento

Sábado, 24 de Abril
19.00h - Poesia com Elsa de Noronha, Policarpo Nóbrega e Pétalas ao vento(Girassol Solidário)
19.25h - Grupo de Maracatu, (Casa do Brasil)
19.50h- Grupos de dança Wonderful Kova M e BempassaKunós (Moinho da juventude)
20.15h- Teatro "o bando"-Textos de Manuel António Pina
20.35h- Pedro Branco
20.55h -RefugiActo apresenta "Abrigo"
21.15h- Grupo de dança contemporânea Gestos: "as portas que Abril abriu"
21.45h- Rui Sequeira e Banda
22.15h- Música africana com Kalú Moreira, Sotavento 4 e Aires Silva
23.15h- O grupo galego Colectivo Xental e Ana Ribeiro
00.00h-Parabéns ao 25 de Abril!
0.45 - Bandas de rap ( Afroluso, Hezbollah, LBC)




Festa do 25 de Abril na Associação de Moradores de Massarelos, no Porto (dia 24/4 às 22h.)


25 de Abril na Associação de Moradores de Massarelos

Sábado, 24 de Abril de 2010 às 22:00


Local:
Associação de Moradores de Massarelos
Rua D. PedroV, nº2 (junto ao Museu do Carro Eléctrico)


A entrada é gratuita.

Vem e traz outro amigo também.

Toca Verde - um novo espaço alternativo no Porto para a jardinagen libertária, a ecologia e a intervenção urbana (street art, urban art,...)


potencial espaço/objectos degradados
street art / urban art / intervenção urbana
Acção!
Faz tu mesmo
2D + 3D
cinema não convencional
narrativa non sense
music / noise / sound
tipografia
YOUTH ATTACK
disfuncionalidade cerebral



A TOCA é um projecto interventivo e multidisciplinar que se foca essencialmente na temática do espaço. Reflecte sobre a potencialidade do lugar enquanto obra especifica. É um projecto que propõe uma alternativa de reestruturação do palco criativo, pela tentativa de conciliar meios e pessoas conscientes da importância do espaço morto e vedado ao cidadão comum. Assim, pretendemos criar uma rede alternativa de espaços ocupados e reutilizados, independentemente da natureza, dimensão ou utilidade dos mesmos.

Todas as areas interventivas são exploradas pela TOCA, pois esta não pretende afirmar-se artisticamente de forma isolada mas antes ser a receita de um conjunto de parcerias e relações com os demais projectos artisticos/culturais da cidade. O processo activo na recuperação dum espaço é para nós obra em si mesmo, sendo que a degradação é um fenomeno de mutação fisica único, no qual a contaminação organica e residual modifica a matéria, sendo este momento criativo que fundamenta a nossa actividade.

Mais do que suscitar o debate público, a TOCA incita á acção, invocando-a como válida por si, pois será sempre com o intuito de mobilizar o espaço público/privado que a criação ganha sentido, consideramos o acto interventivo indissociavel do acto reflectivo, isto é, que fazer é necessariamente pensar.

O projecto, embora nómada, pretende ter um ponto forte de apoio e é neste sentido que pretendemos continuar a trabalhar na Casa numero 61 da rua das Oliveiras, espaço com 3 séculos de existência, palco da intervenção diaria dos últimos 7 meses. Com este espaço pretendemos criar uma ancora para todo o projecto, um centro activo das artes, que possibilite á cidade do Porto um ponto de encontro entre projectos e vanguardas.

Nas ultimas semanas o nosso trabalho focou-se essencialmente na luta pela restruturação do jardim/horta. Contamos com 2000 metros quadrados de área verde, nos quais foi feito um enorme trabalho. Da década de abandono ao qual este espaço esteve sujeito, não era possível sequer a passagem de um ponto para o outro, as árvores, invisíveis por arbustos e silvas, alimentavam-se sobretudo de ácidos fortes, provenientes de uma fábrica de Candeeiros que neste terreno fez os seus despejos durante quase 20 anos.

Este espaço foi lavrado, tratado e plantado, encontra-se agora amplo e existem duas áreas destintas em desenvolvimento, uma horta e um jardim. Foram plantadas novas árvores e demos inicio á combustagem de residuos órganicos. Criamos uma semana de intervenção aberta que apesar de tudo foi bastante impossibilitada pela chuva. É por isso que vos propomos agora uma nova data em que para além do trabalho no campo, exista também uma jam a durar todo o dia onde se procurem utilizar instrumentos feitos ao longo do dia com os lixos ainda existentes no espaço. Apesar do nosso esforço, ainda são feitos despejos neste espaço e é com o intuito de provar a sua utilidade que vos convidamos a todos a aparecer, apoiar e utilizar.

Tragam-nos ideias, sementes e ajudem a divulgar porque trabalho de campo não é pêra doce.

Práticas de Resistência (medicina de prevenção e emergência para situações comuns e de rua): acção de formação na Casa Viva (24/4 às 15h.)


Práticas de Resistência
medicina de prevenção e emergência para situações comuns e de rua
sábado, 24 abril às 15h00
entrada livre

Local: CasaViva
Praça Marquês de Pombal, 167Porto
(é preciso bater à porta)

Partilha de conhecimentos e protocolos específicos para situações de emergência médica na rua vindos da prática de "Street medics", entre eles: prevenção e tratamentos de problemas de saúde comuns tais como, asma, ataques de pânico, queimaduras, mordeduras, cortes...e feridas emocionais.


"Street medics" ou médicas/os de acção são voluntárias/os, com diversos graus de treino/educação médica que participam em protestos e manifestações para providenciarem cuidados de saúde, tais como primeiros socorros.


A origem das/os "street medics" (médicas/os de rua) remonta aos estados unidos, anos 60, e aos movimentos pelos direitos civis de afro-americanos e anti guerra.

Quem partilha esta informação? Uma pessoa, " médica de rua ", promotora de saúde e estudante de medicina tradicional chinesa, cuja formação/treino começou em 2002, com vários seminários, partilhas, organização de uma clínica auto-gerida e formação em trauma emocional (1º nível).


Sobre os Street Medics, consultar:
http://en.wikipedia.org/wiki/Street_medic


Schneider, Edward L. & the Metropolitan Washington Chapter of the Medical Committee for Human Rights (1971-07). "


The Organization and Delivery of Medical Care During the Mass Anti-War Demonstration at the Ellipse in Washington, D.C. on May 9, 1970
." American Journal of Public Health 61(7):1434-1442


Hayman CR & Berkeley MJ (1971-10). "Health care for war demonstrators in Washington, April-May, 1971. A comparison with the riot and "Resurrection City" of 1968." The Medical Annals of the District of Colombia 40(10):633-7


Bivens, Matt. "
The Street Medics", The Nation
Price, Erin (2009-09-23). "Protestors demonstrate first-aid skills." Point Park News Service


O que são os médicos de rua?

Street medics, or action medics, are volunteers with varying degrees of medical training who attend protests and demonstrations to provide medical care such as first aid. Unlike regular emergency medical technicians, who work for state-sponsored institutions, street medics operate as civilians, and are not protected from arrest.

Street medics originated in the U.S. during the African-American Civil Rights Movement and anti-war movement in the 1960s. They conceived of medicine as self-defense, and provided medical support to the American Indian Movement (AIM), Vietnam Veterans Against the War (VVAW), Young Lords Party, Black Panther Party, and other revolutionary formations of the 1960s and 1970s. Street medics were also involved in free clinics developed by the groups they supported.



Uma organizaçãoPAGAN - Plataforma Anti-Guerra Anti-Nato