17.4.10

Literatura em Viagem ( encontros de escritores e livros à volta das viagens, em Matosinhos, entre 17 a 20 de Abril)



Em cada ano realiza-se por esta altura em Matosinhos o encontro Literatura em Viagem. Desta vez estarão presentes autores como Robert Fisk, Lázaro Covadlo, Tim Butcher e Valter Hugo Mãe, e mais de 30 participantes, a maior parte deles escritores.

De hoje até à próxima terça-feira, a Biblioteca Municipal Florbela Espanca, em matosinhos, é o palco onde se desenrolarão variadas actividade, de entre as quais se destacam as mesas-redondas subordinadas a temas que servirão de pretexto para interessantes conversas com os escritores convidados. Temas como "Viajar prolonga a vida", "Palavra a palavra viajamos", "Toda a realidade é um desejo de viagem" ou "Percebo-me viajando" são alguns títulos desses encontros .


17-04-2010 a 20-04-2010
Locais: Salão Nobre dos Paços do Concelho, Galeria Municipal, Cine Teatro Constantino Nery, Biblioteca Municipal Florbela Espanca, Biblioteca Anexa de São Mamede de Infesta



PROGRAMA

17 Abril

15h00 - Salão Nobre dos Paços do Concelho
Conferência de abertura por José Medeiros Ferreira
Lançamento da revista “Itinerâncias” número 3


16h00 - Galeria Municipal
Inauguração da exposição de fotografia “A última fronteira” de Gonçalo Rosa da Silva


16h30 – Galeria Municipal
1º Mesa “Literatura e Guerra”
Robert Fisk (Inglaterra); Mimmo Cándito (Itália);
Carlos Vale Ferraz; Hubert Haddad (Tunísia);
Cândida Pinto; Mod.: José Mário Silva
Lançamento de livros (Porto Editora)
“Tartan - as Velas da Liberdade”,
de Nuno Silveira Ramos e Pedro Silveira Ramos
“Os Dias da Febre”, de João Pedro Marques
18h30 – Galeria Municipal
2ª Mesa “As Viagens são os Viajantes”
Giuliano da Empoli (Itália); Nuno Silveira Ramos;
João Pedro Marques; Lourenço Mutarelli
(Brasil); Mod.: João Rodrigues


21h30 – Cine-Teatro Constantino Nery
“Relativamente”, encenação, interpretação de João Lagarto, com os actores António Pedro Cerdeira, Isabel Montellano e Patrícia Tavares.


18 Abril

15h00 – Galeria Municipal
Lançamento de livros (Sextante)
“Bute daí”, de Filomena Marona Beja
“Acerca de Roderer”, de Guillermo Martinez

3ª Mesa “Percebo-me viajando”
Alexandre Alves Costa; Júlio Moreira;
Patrícia Portela; Guillermo Martinez (Argentina)
Mod.: Manuel Valente

17h30 – Galeria Municipal
Lançamento de livros (Quetzal)
“Deus, o Diabo e a Aventura”,
de Javier Reverte
“Como um Verão que não voltará”,
de Mohammed Berrada
“A arte de produzir efeito sem causa”,
de Lourenço Mutarelli

4ª Mesa “O Sonho de África”
Tim Butcher (Inglaterra); Mohammed Berrada (Marrocos); Javier Reverte (Espanha);
Carlos Almeida; Jacinto Rego de Almeida;
Mod.: Carlos Vaz Marques

19 Abril ‘10

9h30 - Biblioteca Municipal Florbela Espanca
Sentidos do Lugar - Workshop Fotografia de Viagens com Sérgio Jacques

10h00 - Biblioteca Municipal Florbela Espanca (Espaço Infantil)
Lançamento de livros
“Ainda falta muito?”, de Carla Maia de Almeida
e Alex Gozblau

15h00 – Galeria Municipal
5ª Mesa “Viajar prolonga a vida”
Alon Hilu (Israel), José Rentes de Carvalho;
Alexandra Lucas Coelho; Mónica Marques
Mod.: Rosa Alice Branco

16h00 – Feira do Livro (Galeria Nave)
“A grande viagem dos homens”
de Júlio Moreira

17h30 – Galeria Municipal
Lançamento de livros (Quetzal)
“Black music”, de Arthur Dapieve
“Fim de romance da Patagónia”, de Mempo Giardinelli

6ª Mesa “Palavra a palavra viajamos”
Filomena Marona Beja; Ignacio Martínez de Pisón
(Espanha); José Fanha; Arthur Dapieve (Brasil)
Mod.: Marcelo Correia Ribeiro

20 Abril
9h30 - Biblioteca Municipal Florbela Espanca
Sentidos do Lugar - Workshop Fotografia de Viagens com Sérgio Jacques

10h00 - Biblioteca Anexa de S. Mamede de Infesta
Lançamento de livros
“Ainda falta muito?”, de Carla Maia de Almeida

15h00 – Galeria Municipal
Lançamento de livros (Teorema)
“Dentes de leite”, de Ignacio Martínez de Pisón

7ª Mesa “A alegria do homem está em viajar”
Joaquim Magalhães de Castro;
Cristina Carvalho; Lázaro Covadlo (Argentina);
Maria Isabel Barreno; Mod: Vitor Quelhas
A grande viagem dos homens”
de Júlio Moreira

17h30 – Galeria Municipal
Lançamento de livros (Quetzal)

16h00 – Feira do Livro (Galeria Nave)
“Mar das especiarias: A viagem de um português
pela Indonésia” de Joaquim Magalhães de Castro

17h30 – Galeria Municipal
8ª Mesa “Toda a realidade é um desejo de viagem”
Hélder Macedo; Valter Hugo Mãe; Mempo Giardinelli
(Argentina); Elmér Mendoza (México);
Mod.: Francisco José Viegas

Actividades em paralelo
Exposição de postais antigos pertencentes aos espólios do Arquivo Histórico/Fotográfico
da Câmara Municipal de Matosinhos, intitulada “Viajar pela Cartofilia”

Feira do Livro de 15 de Abril a 25 de Maio
Ateliês
Encontros de escritores nas escolas do Concelho de Matosinhos e Biblioteca Anexa de São Mamede de Infesta
“Na fila indiana” - Encontro com Teresa Calisto na Feira do Livro (Galeria Nave)



Concerto: A fadista Carminho estará, no dia 24 de Abril, pelas 21.30h, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Matosinhos, para apresentar o seu primeiro trabalho “Fado”, seguido de fogo-de-artifício

LeV Cinema (Galeria Nave)
“Petit à Petit”, de Jean Rouch (100 min), 23 Abril*
“D´un Mur l´Autre Berlin — Ceuta”, de Patric Jean (90 min), 19 Abril*
“La Traversée”, Elizabeth Leuvrey (55 min), 20 Abril*
“Voyage en Sol Majeur”, de George Lazarevski (52 min), 21 Abril*
“Odessa... Odessa”, de Michel Boganim (100 min), 22 Abril*
“What the Tourist Should See”, de José Fonseca e Costa (69 min), 18 Abril*
• todas as sessões às 18h30

Cartada e Flash-mob contra a privatização dos CTT ( todos aos Restauradores, dia 22 de Abril, às 18h15)



A ATTAC Portugal lança na quinta-feira, próximo dia 22, uma campanha contra a privatização dos CTT, intitulada “Cartada contra a Privatização dos CTT”.

No dia 22 de Abril, vamos juntar-nos nos Restauradores, para enviar uma carta ao Primeiro Ministro, a explicar-lhe porque é que é um erro crasso privatizar os CTT. Traz a tua carta escrita e endereçada e vem ter connosco em frente à estação dos Restauradores.

Entretanto, outras acções idênticas irão ser dinamizadas pela ATTAC Portugal em vários pontos do país. Nomeadamente em regiões do interior, que seriam as primeiras a sentir as consequências da privatização dos CTT com o inevitável fecho de “estações não lucrativas”, ou com a redução de frequência das rondas de distribuição “que não se justifiquem economicamente”.

A ATTAC Portugal apela a todas e a todos que se associem a esta campanha, que enviem a vossa carta ou o vosso postal e que contribuam para dinamizar um grande movimento de indignação popular contra a privatização dos CTT.

Envia a tua carta para
cartadactt@gmail.com
. Com a autorização dos autores, algumas das cartas e postais serão publicadas no blog da campanha – www.correiopublico.net



22 de Abril - Quinta-Feira
18h15m - Concentração à porta da Estação
18h30m em ponto - Colocação das cartas no marco da estação
18h45m - Fim da acção

Local: Estação dos CTT dos Restauradores
Rua: Praça dos Restauradores, 58
Cidade/Localidade: Lisboa, Portugal




Para escrever a carta a morada do Gabinete do Primeiro-Ministro é:
Rua da Imprensa à Estrela, 4
1200-888 Lisboa


www.facebook.com/event.php?eid=116687645013909&ref=ts
http://www.correiopublico.net/


Pequeno manifesto contra a privatização dos CTT e restantes serviços públicos

Os dogmas ideológicos recentemente veiculados pela Comissão Europeia, contra todas as evidências da grave crise económica global que estamos a viver, pressionam os estados-membros para uma contenção rápida do déficit público e para a privatização generalizada das empresas na órbita do Estado.

O Governo Português, com o PEC que apresentou ao país, mostrou que partilhava da mesma visão.

Ao elencar uma extensa lista de empresas a privatizar, o Governo anunciou, satisfeito, que poderia arrecadar cerca de 6 mil milhões de euros e assim reduzir o défice em igual montante.
Para estes responsáveis, a apresentação de uma estatística do défice ao final do ano é tudo. O facto de o Estado perder instrumentos importantes para a concretização de políticas públicas, económicas, sociais e ambientais não é nada importante.

Mas se as privatizações degradam a democracia e atacam o serviço público, são também economicamente prejudiciais, pois as receitas extraordinárias conseguidas à custa da venda de activos que são de todos não compensam no médio prazo a perda de dividendos que esses activos geram.

Neste quadro, a privatização dos CTT é particularmente chocante.
Os CTT como empresa pública são uma importante fonte de receita para o Estado, contribuindo para reduzir o défice, mas ao mesmo tempo são um instrumento fundamental de integração e coesão territorial.

Os CTT têm sido reconhecidos, nacional e internacionalmente, como uma empresa-modelo do ponto de vista da gestão e da qualidade do serviço e nenhuma empresa privada prestará com a mesma qualidade ou o mesmo preço alguns dos serviços dos CTT, menos rentáveis mas socialmente fundamentais.

Hei, bispos e padres, deixem os miúdos em paz! ( ou a pedofilia como doença endémica da Igreja Católica: uma Igreja pedófila ou Igreja de pedófilos?)

A história e os casos por todo o mundo do abuso sexual de menores por membros da Igreja Católica
http://en.wikipedia.org/wiki/Catholic_sex_abuse_cases


Report by Commission of Investigation into Catholic Archdiocese of Dublin
http://www.justice.ie/en/JELR/Pages/PB09000504

A Research Study Conducted by the John Jay College of Criminal Justice
http://www.usccb.org/nrb/johnjaystudy/index.htm

Relatório da Igreja revela mais 11 mil casos de abuso sexual. AQUI NA BBC


Survivors Network of those Abused by Priests (SNAP)
http://www.snapnetwork.org/

http://www.childrenofpriests.org/web/


A pedofilia como doença endémica da Igreja Católica:
Uma Igreja pedófila ou uma Igreja de pedófilos?

O flagelo da pedofilia tornou-se uma verdadeira doença orgânica da Igreja Católica. Nas condições actuais não pode ser derrotada pela acção hipócrita de censura, reprovação e condenação do Vaticano. Aliás basta olhar para o que fez a Igreja a todos os padres e bispos pedófilos americanos para perceber como, de facto, não reconhece a pedofilia como um crime e um comportamento inaceitável e classifica-a apenas como mais um "pecado" a ser excluído com a confissão.

No catecismo recentemente actualizado a pedofilia não é sequer mencionada no rol dos pecados. Em qualquer caso, a pena máxima prevista é pedir perdão e se arrepender. Como se o perdão e o arrependimento pudessem curar o dano quase permanente que marca as vidas das crianças abusadas para sempre. Até agora, a Igreja preocupou-se apenas em ocultar ao mundo as suas culpas, sem, na verdade, as reprimir.

Porque, entre as muitas religiões que existem no mundo, apenas a Igreja Católica está fortemente afectada de forma massiva pela doença da pedofilia?

Em primeiro lugar pela satanização da mulher, do sexo e do corpo. A mulher, apesar do culto da Virgem Maria e tantas santas, é concebida como instrumento do Maligno para corromper o homem corrupto.

Em segundo lugar pelo o celibato obrigatório. Se os padres pudessem casar-se e constituir família, poderiam ter uma vida sexual regular com a mulher que amariam, e certamente se criaria um ambiente mais normal dentro da rígida hierarquia da Igreja. Dentro de um par de gerações, o fenómeno da pedofilia poderia reentrar na normalidade fisiológica do mundo secular.

Em terceiro lugar pela monossexualidade da estrutura da Igreja. Do Papa ao padre da igreja de bairro a Igreja é gerida apenas por homens. Se as mulheres fossem admitidas ao sacerdócio em todos os seus graus até ao papado, se houvesse uma verdadeira igualdade entre homens e mulheres dentro da igreja, certamente tudo iria mudar para melhor.

Mas isso não é possível e na fantasia da Igreja a figura de uma Papisa é vista como demoníaca. Lembramo-nos da história-lenda da papisa Joana assassinada por uma turba na alta Idade Média, por iniciativa dos cardeais do Idade Média.

Finalmente, devemos considerar que a Igreja vê a vida humana como processo de expiação e de redenção para a vida eterna. Uma espécie de antecâmara, como premissa, que deverá sofrer, sofrer tanta dor para ganhar o céu. Este ponto de vista distorce todos os valores em função de uma almejada vida eterna. Nesta distorção, a concepção demoníaca da carne em oposição ao "espírito", insinua-se a patologia pedófila.

Em conclusão: sacerdócio para as mulheres e o pleno reconhecimento da igualdade de género, fim do celibato, reabilitação do corpo humano sobre o chamado "espírito", pode curar a Igreja de pedofilia. Mas é difícil imaginar uma reviravolta humanista e secular de um poder que vive e prospera graças a proibições que impõe ao sexo e é incapaz de encontrar no Evangelho a sua motivação profunda da verdade.

Retirado
daqui