1.2.10

Festa de encerramento da petição "Antes da Dívida Temos Direitos!" (dia 6 de Fev. no bar Labirintho, no Porto)


Festa de encerramento da petição "ANTES DA DÍVIDA TEMOS DIREITOS!" com balanço da iniciativa, conversa, música com Heidi M + D. Chica, performance e muito convívio

ONDE: Bar-Galeria Labirintho (Rua Nossa Senhora de Fátima ( à Rotunda da Boavista), no Porto
DATA: 6 Fev (Sábado) às 22h00


Precários/as Inflexíveis, APRE!, Plataforma dos/as Intermitentes do Espectáculo e FERVE juntaram-se para o lançamento da petição "Antes dívida temos direitos".


Esta petição, pugnando pela justiça nas contribuições para a Segurança Social e pelo fim dos falsos recibos verdes, foi lançada no dia 20 de Novembro, em Lisboa. Nesta festa, foram apresentados dois vídeos de divulgação da petição, que podem ser vistos aqui e aqui


Em pouco mais de dois meses, contactámos milhares de pessoas, juntámos mais de 10 mil assinaturas (online e em papel), entregámos um presente de Natal à Ministra do Trabalho e congregámos apoios à nossa petição de Carvalho da Silva, Sandra Barata Belo, Diana Andringa, Chullage e Miguel Guilherme.

Agora, vamos encerrar a recolha de assinaturas no Porto, numa festa onde haverá música, convívio e debate acerca das próximas etapas desta petição.


No dia 6 de Fevereiro, no Bar Labirintho, CONTAMOS CONTIGO!!

E traz um/a amigo/a também

(ENTRADA GRATUITA!)

www.antesdadividatemosdireitos.org

Situação do anarquismo no Chile (conversa, video e jantar vegan no espaço Musas, no dia 5 de Fev. às 20h30)





Sexta-feira, dia 5 de Fevereiro, às 20h30


Jantar vegan, Video e Conversa com companheiros chilenos sobre a História e Actualidade do Anarquismo no Chile



Apoio voluntário sugerido para o jantar: 4 euros.


A história do anarquismo no C hile, os sucessos mais notórios, a actualidade, centrada no último ano: debate, análise e perspectivas.


No Espaço Musas, R. Bonjardim, 998, ao cimo da Rua de Olivença.

Seminário Economia Organizada, com João Bernardo ( dia 5 e 6 de Fevereiro, 18h30)


Seminários Unipop
A ECONOMIA ORGANIZADA
com João Bernardo
Horário: dia 5, das 18h30 às 21h
dia 6, das 15h às 18h.


Entrada limitada ao número de lugares disponíveis!
Inscrições: unipopeconomia@gmail.com

A ECONOMIA ORGANIZADA.
Na década de 1930, com o sistema financeiro em colapso, a indústria em crise e o comércio internacional em retracção, havia dois únicos lugares onde a economia crescia a alta velocidade, a União Soviética e a Palestina judaica. O caso da Palestina é pouco conhecido e o motivo do seu crescimento económico é muitíssimo interessante, mas de carácter estritamente político. Para o mundo eram os planos quinquenais soviéticos que importavam, numa demonstração cabal de que a organização centralizada da economia ultrapassava os problemas que o livre mercado era incapaz de solucionar. Enquanto os especuladores se punham em fuga ou se suicidavam e os patrões abriam falência, os burocratas e a tecnocracia mostravam como se podia dirigir com êxito a vida económica. Para quem o esqueça hoje, foi assim a década de 1930.


Mas os políticos e os gestores preocupados com a salvação do capitalismo hesitavam. Valeria a pena incorrer nos custos sociais de uma revolução − com o risco suplementar de ela vir a ser verdadeiramente revolucionária − para organizar centralizadamente a economia? A experiência do estado-maior alemão durante a primeira guerra mundial mostrara que era possível organizar a produção e o consumo partindo do terreno firme da ordem e sem pôr em causa a propriedade privada, e Lenin nunca escondeu o que a sua concepção de comunismo devia à economia de guerra do estado-maior alemão. Encontramos aqui os pólos que presidiram à tentativa de reconstrução do mundo na década de 1930.


Entre esses pólos proliferaram elementos intermédios, veiculando influências recíprocas. Foi neste meio que se gerou a noção de Economia Organizada. Era por definição um meio discreto, porque não se integrava nas principais forças políticas, e esta vocação de obscuridade correponde à forma de exercício do poder pelos gestores. Conviria estudar esses personagens dos bastidores, deslindar-lhes os percursos. Situados entre os dois pólos, quando não em ambos ao mesmo tempo, qualquer que fosse o rumo dos acontecimentos eles tinham representantes no lado vitorioso. Depois da guerra, foram eles quem fez o mundo.

JOÃO BERNARDO é autor de vários trabalhos, entre os quais se destacam, mais recentemente, Labirintos do Fascismo. Na Encruzilhada da Ordem e da Revolta (Porto, Afrontamento, 2003) e Capitalismo Sindical (São Paulo, Xamã, 2008), João Bernardo reside a maior parte do tempo no Brasil, onde tem sido conferencistas em diferentes universidades.

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Dia 6, às 18h30, lançamento do livro com textos de
KARL MARX, CRÍTICA DO NACIONALISMO ECONÓMICO
Edições Antígona
Tradução de José Miranda Justo
Prefácio de José Neves

Debate a partir dos textos de Marx e com a participação de José Bragança de Miranda e José Luís Garcia

CRÍTICA DO NACIONALISMO ECONÓMICO.

Este volume inclui dois textos de Karl Marx: o primeiro é um dos seus escritos menos conhecidos, redigido em 1845, e, em rigor, uma crítica à obra de Friedrich List, O Sistema Nacional da Economia Política (1841). O segundo texto é o discurso proferido por Marx em Janeiro de 1848, «Discurso Sobre a Ques­­tão do Comércio Livre». Aqui, Marx procura desmontar o argumento de acordo com o qual o comércio livre, na medida em que aumentaria os salários e diminuiria o preço do pão, beneficiaria o partido dos trabalhadores. No início do século XXI, é digno de atenção o regresso a um Marx que censura o proteccionismo com tanto ou maior em­penho do que o que empresta à crítica do comércio livre.


CASA DA ACHADA – CENTRO MÁRIO DIONÍSIO
Rua da Achada, n.º 11


Conversa sobre o México (narcotráfico, zapatismo, direitos humanos, emigração) na Casa do Brasil em Lisboa (dia 3 de Fev.) e em Setúbal (dia 5)


Quarta-feira, 3 de Fevereiro de 2010 às 21:30 em Lisboa
Local: Casa do Brasil - Lisboa


Sexta-feira, 5 de fevereiro às 18h30 em Setúbal
Debate:“México, o Muro contra os direitos humanos”

Local: Bar Mama Rosa - Travessa dos Galeões, junto à doca de pescas em Setúbal, 18h30


À conversa com:
Javier Herrero, Mexico, activista em Chiapas nas comunidades do EZLN.


Elvira Delgado, Ilhas Canárias, activista em projectos de educação e membro do Comite de Solidariedade de Chiapas em Lanzarote.

http://sosracismoporto.blogspot.com/


Depois do debate no Porto, Elvira Delgado e Javier Herrero viajam a Lisboa. A mesma ideia, o mesmo convite para uma conversa aberta e esclarecedora sobre a situação actual do México. Narcotráfico, zapatismo, direitos humanos, imigração, neo-liberalismo... Uma conversa com dois activistas, com 9 anos de experiência e trabalho nas comunidades zapatistas.Aparece.

O muro real e virtual que se está a erguer na fronteira sul dos E.U.A. representa uma injustiça atroz, mas ao mesmo tempo flagrante, das políticas deste país com os seus vizinhos do sul.
Diariamente os recursos naturais dos países latino-americanos transformam-se em mais-valias económicas na bolsa de Wall Street, potenciando o crescimento económico do gigante do norte. No sul, as pessoas vão ficando mais pequenas, com menos direitos. Um deles é o direito de circulação, um direito negado, inversamente proporcional ao direito de circulação das referidas mercadorias.

O México, desde a assinatura do Tratado de Livre Comércio em 1994, tem vindo a transformar-se gradualmente num filtro de seres humanos que diariamente tentam alcançar a riqueza que lhes é roubada. O muro no sul dos E.U.A. é apenas a parede final. Antes disso estão os acordos de imigração que este país cumpre com xenófobo zelo para evitar a entrada de pessoas da América Central. Vejamos dados de 2006.

As autoridades mexicanas deportaram nesse ano 179 mil imigrantes, dos quais, 94% eram provenientes da América Central. Este pequeno isto que divide o norte e o sul do continente americano é um dos lugares no mundo onde o fosso entre ricos e pobres atinge níveis drásticos do ponto de vista social.

Cerca del 85% de los migrantes interpelados por la policía de fronteras de Estados Unidos son mexicanos. La pobreza, las desigualdades sociales llevan diariamente a incontables latinoamericanos a intentar una vida mejor en el "norte desarrollado", pero relatos como el de "Muros, abusos y muertos en las fronteras: Violaciones flagrantes de los derechos humanos de los migrantes sin documentos en camino a Estados Unidos" muestran que la realidad encontrada es otra.

"En Estados Unidos, la FIDH considera como una grave e inaceptable violación del derecho a la vida, la política de "prevention through deterrence" que consiste en llevar a los migrantes a atravesar zonas más peligrosas con el objetivo explícito de que las numerosas muertes disuadan a otros migrantes", dice el documento.

El relevamiento, elaborado por la Federación Internacional de Derechos Humanos (FIDH), fue entregado a autoridades mexicanas y estadounidenses, y revela que más de cuatro mil personas murieron en los últimos 12 años, intentando atravesar el muro que separa México de Estados Unidos. Ese número viene aumentando desde 2001. Solamente durante el año 2005, murieron 473 -260 en el desierto de Arizona.

En el informe, la Federación critica el hecho de que ambos países implementen legislaciones criminalizadoras y represivas que vulneran, entre otros, el derecho de los migrantes sin documentos a un proceso justo.
Estados Unidos gastó, desde 1994, más de 30.000 millones de dólares para construir en la frontera con México un muro real y virtual. "Ese dinero podría ser invertido en proyectos de desarrollo", dice la FIDH. Sólo en 2006, las autoridades mexicanas deportaron 179 mil extranjeros que estaban en el país de paso hacia Estados Unidos, de los cuales el 94% eran de América Central.

En territorio estadounidense, los policías de la patrulla deportaron 858 mil personas, de las cuales 514 mil eran mexicanos y otros 50 mil eran ciudadanos de los demás países centroamericanos. En ese sentido, la Federación dijo que tanto México como Estados Unidos deben aceptar el fracaso de sus políticas e "iniciar una reforma profunda de la legislación sobre migración".

La FIDH constató además que los migrantes, en tránsito por México, son víctimas de extorsiones, amenazas, agresiones, abuso sexual o violaciones y secuestros de migrantes, "tanto cometidos por las fuerzas públicas mexicanas como por los traficantes de migrantes". Situación que se perpetúa por la casi total impunidad y por la enorme corrupción.
Un "coyote" (pasador de migrantes) cobra cerca de $3.000 dólares para hacer la travesía de una persona sin documento hasta Estados Unidos. Con el aumento del precio -antes era de $250 dólares-, el negocio se volvió rentable y pasó a ser realizado por grupos de delincuentes más organizados. Así, los migrantes quedan más vulnerables de ser robados, explotados o abandonados en medio del desierto.

En 2000, el censo de Estados Unidos reveló que más de 11 millones de habitantes del país son latinoamericanos -9 millones de los cuales son mexicanos. Sin embargo, la discriminación racial contra esas personas, especialmente las que viven en la frontera, es una constante. El aumento del flujo migratório, según la Federación, está directamente relacionado con la globalización neoliberal, que agravó las desigualdades.

América Central tiene 35 millones de habitantes, 19 millones de los cuales son considerados pobres -8 millones viven con menos de 1 dólar por día. Son esas personas, en su mayoría, las que ponen en riesgo sus vidas para intentar suerte en Estados Unidos. El Tratado de Libre Comercio de América del Norte (NAFTA, sigla en inglés), según la FIDH también es un promotor de esas migraciones, pues aumentó todavía más las desigualdades económicas entre México y Estados Unidos. Además de haber contribuido al aumento de la desigualdad interna mexicana.

"Se estima que entre 1994 y 2004, 1,3 millones de campesinos mexicanos abandonaron sus tierras debido al aumento masivo del trigo y del maíz proveniente de Estados Unidos con precios subsidiados. Muchos de ellos (los campesinos) integran las cifras de migrantes rumbo al Norte", precisó el informe.