25.1.10

A década entra mal ( crónica de Boaventura Sousa Santos acerca dos terroristas financiados, manipulados e criados pelos serviços secretos)

A década entra mal
Publicado na Visão em 14 de Janeiro de 2010

Qualquer cidadão do mundo que tenha o privilégio de não estar preocupado com a sua sobrevivência amanhã e ouça, leia ou veja as notícias – um privilégio, porque pertence a uma pequeníssima minoria dos 6.8 biliões de seres humanos – tem razões para estar perplexo e apreensivo. E teria ainda mais razões se soubesse do que não sai nas notícias dos grandes meios de comunicação.

No dia de Natal um jovem nigeriano quase fez explodir um avião enquanto este se preparava para aterrar numa cidade norte-americana. Se tivesse tido êxito teriam morrido centenas de pessoas entre passageiros, tripulantes e habitantes da zona onde o avião caísse. A perplexidade é esta: como é possível que isto tenha acontecido no país detentor das mais sofisticadas tecnologias de vigilância e segurança e, para mais, quando o jovem extremista era conhecido dos serviços secretos e tinha sido denunciado pelo seu próprio pai junto das embaixadas ocidentais? Como é possível que o país mais poderoso do mundo tenha revelado tal debilidade? A apreensão é esta: como vão os EUA reagir? Vão abrir mais frentes de guerra? Depois do Iraque, do Afeganistão e do Paquistão seguir-se-á o Irão, que as notícias dizem ter afinal planos para construir uma bomba atómica, e o Iémen, onde o jovem terá sido treinado? Que outros países se seguirão? Poderá algum país estar livre de vir a ser alvo desta guerra?

A perplexidade redobraria se ao cidadão chegasse notícia de duas especulações perturbadoras: os serviços secretos correram o risco de fazer entrar o jovem nos EUA porque o pretendiam contratar como agente duplo, tal como se especula que o mesmo terá acontecido com os serviços secretos dinamarqueses, que igualmente conheciam bem quem tentou matar o cartoonista; a informação sobre o jovem foi deliberadamente bloqueada para que o atentado ocorresse e criasse uma onda de revolta que levasse a opinião pública norte-americana, não só a justificar mais guerras numa região rica em petróleo, mas também a pensar que um presidente negro e com o nome intermédio Hussein não lhes garante segurança e lhes está a roubar um país que foi feito por brancos e para brancos. Especulações disparatadas? A perplexidade maior é que sejam de todo feitas.

E a apreensão se transformaria em revolta se o cidadão comum soubesse: que, tal como o Iraque não tinha armas de destruição maciça, o Irão não tem nenhum programa de bomba nuclear, o que aliás está atestado por 16 agências do governo dos EUA, e que apesar disso Israel e os EUA continuam a preparar um ataque ao Irão; que os perigosos inimigos de hoje foram financiados no passado para destruir o nacionalismo de esquerda emergente, tendo sido assim que Israel financiou o Hamas contra o movimento de libertação palestiniana, e os EUA, os talibãs contra o governo de esquerda e seus aliados russos; que a guerra supostamente patriótica e para defender a democracia está a ser crescentemente travada por forças mercenárias, para quem a guerra é um negócio (no atentado bombista de 30 de Dezembro no Afeganistão – cometido por um agente duplo jordaniano contratado pelos EUA para chegar à liderança da Al Quaeda – dois dos “agentes” da CIA mortos eram, de facto, mercenários da empresa Blackwater, considerada o exército mercenário mais poderoso do mundo); que os maiores custos da guerra, para quem a sofre, são os que não são contados como tal, de que é exemplo trágico a epidemia de cancro e de bebés nascidos com deformidades que está a assolar o Iraque, relacionada com o urânio deixado no solo pelas bombas “aliadas”, um problema que, aliás, começa também a afectar os soldados aliados e os seus filhos; que no centro das desgraças que se advinham está um dos povos mais indefesos e abandonados do mundo, os palestinianos, encarcerados no seu próprio país, à mercê um Estado ocupante, racista, com armas nucleares que nunca deixou inspeccionar, apoiado por um declinante centro do império e por um dos seus mais servis lacaios (o Egipto).

Salvem o Tâmega


De acordo com a agenda parlamentar, na próxima Quarta-feira (27/1) sobe ao plenário da Assembleia da República uma iniciativa legislativa proposta pelo Partido Ecologista "Os Verdes" visando a «suspenção imediata» do Programa Nacional de Barragens.

Os deputados vão ter de se pronunciar e deliberar sobre essa matéria em agenda, decisiva para o Tâmega e toda a Vida que nele se faz.

Nos concelhos do Tâmega - de Basto (Cabeceiras, Celorico e Mondim) a Amarante - antevemos e sabemos dos malefícios que advirão com a perda definitiva dos rios Tâmega e afluentes (Olo, Beça e Louredo):

a implosão dos ecossistemas ribeirinhos;

a artificialização dos regimes hídricos;

a extinção de espaços naturais irreproduzíveis propensos ao turismo, desporto e lazer, suportes naturais de paisagens milenares;

a submersão de peças classificadas da arquitectura civil;

a degradação da qualidade das águas;

a desestruturação da relação equilibrada, auto-sustentável, entre os vários factores integrantes do «sistema hidro-bio-geográfico», que ficarão a pender de modo ameaçador e insustentável sobre a cidade de Amarante a uma escala sobredimensionada;

o incumprimento da Lei (1).



Perante o contexto absurdo de absoluta desregulação hídrica da Bacia do Tâmega, criado em 2007 pelo XVII Governo com a passagem para a mão de privados destes recursos naturais-patrimoniais da Terra e da região, estratégicos para as nossas populações,

Estamos perante a derradeira oportunidade de, individual e civicamente, manifestarmos aos diversos grupos Parlamentares (onde há deputados eleitos pelos distritos e concelhos afectados) o nosso apreço e atenção pela matéria agendada e a discordância quanto ao desprezo pelo Tâmega, no que comportaria a execução do Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico.

A todos propomos e solicitamos que até ao final da próxima Segunda-feira (25/1) divulguem a seguinte mensagem

Pelo direito à Vida no vale do Tâmega!
Pelo Tâmega livre da pressão das barragens!
Não ao transvase do rio Olo para a barragem de Gouvães!
Não à Barragem de Fridão! Sim ao desenvolvimento da Região!



pelos amigos e conhecidos, para que todos a possamos enviar para os seguintes endereços electrónicos:

Grupo Parlamentar PCP
gp_pcp@pcp.parlamento.pt

Grupo Parlamentar CDS-PP gp_pp@pp.parlamento.pt

Grupo Parlamentar PSD gp_psd@psd.parlamento.pt
Grupo Parlamentar PS gp_ps@ps.parlamento.pt

Grupo Parlamentar BE hugo.evangelista@be.parlamento.pt

Grupo Parlamentar PEV pev.correio@pev.parlamento.pt

Deputado Europeu Diogo Feio diogo.feio@europarl.europa.eu



com o título seguinte:

Senhores deputados SALVEM O TÂMEGA!




O Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega (MCDT)

_________________________

(1)
Primeiro - o leito do rio Tâmega e toda a rede hidrográfica é «reserva ecológica nacional» (REN)[1];
Segundo - a Bacia Hidrográfica do Tâmega é «zona sensível»[2] em virtude de se «revelar eutrófica»;
Terceiro - o Plano de Bacia Hidrográfica do Douro[3] em vigor estabelece e classifica a sub-Bacia do Tâmega em:
a) «ecossistema a preservar» - o «rio Tâmega desde a confluência com a ribeira de Vidago até Mondim de Basto e principais afluentes: rios Olo, Covas e Bessa».
b) «ecossistemas a recuperar» - o «sector superior: desde a fronteira até à confluência do rio principal com a ribeira de Vidago», e o «sector terminal: desde Mondim de Basto, confluência da ribeira de Cabresto, à confluência com o Douro».
Quarto - as cabeceiras do rio Olo, até à proximidade de Ermelo (Mondim de Basto) é «área classificada» do Parque Natural do Alvão, onde são proibidos os «actos ou actividades» de «captação ou desvio de águas»[4].
Quinto - a Bacia do rio Tâmega é «zona protegida», Lei-Quadro da Água[5].
Sexto - sobre o vale do Tâmega recai a classificação de «corredor ecológico», na categoria de «zona sensível», no âmbito do Plano Regional de Ordenamento Florestal do Tâmega (PROF T)[6].


[1] Decreto-Lei n.º 93/90, de 19 de Março (Anexo I - alínea a) - número 2).
[2] Decreto-Lei n.º 152/97, de 19 de Junho.
[3] Decreto Regulamentar n.º 19/2001, de 10 de Dezembro (alínea n) - Parte VI).
[4] Decreto-Lei n.º 237/83, de 8 de Junho (alínea h) - número 1 - artigo 6.º).
[5] Lei n.º 58/2005, de 29 de Dezembro (alínea jjj) - artigo 4.º) .
[6] Decreto Regulamentar n.º 41/2007, de 10 de Abril (alínea b) - número 5 - artigo 10.º).


Apelo a um Encontro pela Proibição dos Despedimentos

Um quinto dos jovens, até à idade dos 25 anos, está no desemprego!
Milhares de licenciados, mestres e doutorados saem do país para procurar uma saída profissional, muitas vezes também em condições precárias!
Para os que ficam cá é também a precariedade!
Uma sociedade assim pode ter futuro?
Até quando, os trabalhadores e os estudantes de Portugal, da Europa e dos outros continentes vão aguentar este estado de coisas?
Pela nossa parte, membros da Comissão pela Proibição dos Despedimentos, lutamos para a mobilização unida dos trabalhadores, dos estudantes e dos desempregados, para exigir um Governo que tome as medidas necessárias para proibir os despedimentos e permitir a reconstrução da economia do nosso país, sobre a base de políticas de cooperação solidária com os outros povos, do resto da Europa e do mundo.


Apelo a um Encontro pela proibição dos despedimentos


a realizar em Lisboa, a 27 de Fevereiro de 2010

na Biblioteca-Museu República e Resistência


As mobilizações de todos os sectores da população trabalhadora contra as políticas de desmantelamento dos serviços públicos e do aparelho produtivo nacional, bem como os resultados das últimas eleições – ao colocarem na Assembleia da República uma larga representação dos deputados do PS, do PCP/Verdes e do BE – são uma indicação clara da vontade da maioria do povo em ver operada no nosso país uma mudança política, no sentido da reconstrução da economia nacional, da preservação dos postos de trabalho, do fim da precariedade, da defesa dos serviços públicos e dos estatutos dos seus trabalhadores.

Perante estes resultados, o governo do PS está perante duas alternativas: ou governar de acordo com esses resultados, respeitando a democracia; ou ignorá-los, procurando pactos e acordos com as forças políticas que o voto popular rejeitou, que defendem abertamente os tratados e as instituições da União Europeia.

Assim, o Governo ou escolhe: proibir os despedimentos; revogar as disposições do Código do Trabalho que os facilitam e facilitam a generalização da precariedade, a desregulamentação dos horários de trabalho e o ataque à contratação colectiva; garantir a manutenção e a qualidade dos serviços públicos e a reposição do vínculo público aos seus trabalhadores; proporcionar às pequenas e médias empresas as condições ao seu alcance para que estas possam manter-se, nomeadamente o acesso a crédito barato, bem como preços mais baixos da energia e das comunicações.

Ou, pelo contrário, escolhe a aplicação do programa imposto pela União Europeia, continuando a executar as políticas de acordo com os interesses das grandes multinacionais, dos especuladores e do capital financeiro, cujas consequências não poderão senão aprofundar a crise económica, social e política do nosso país. Basta ver como o desemprego não tem parado de subir, ultrapassando já os 10% da população activa e como este número, segundo alguns economistas, poderá atingir 15% até ao final deste ano.

Os signatários deste apelo apostam na acção política, com todos os meios democráticos ao seu alcance, para que sejam criadas as condições que levem à formação de um Governo com um programa que responda às exigências da maioria da população trabalhadora – única maneira de tirar o nosso país da profunda crise em que se encontra.

Agem assim em consonância com os 1450 trabalhadores que assinaram o apelo pela proibição dos despedimentos, com os grupos de trabalhadores das empresas de vidro da Marinha Grande, e com membros de várias Comissões de trabalhadores (nomeadamente da Unor e da Autoeuropa).

Agem deste modo por considerarem que é necessário contribuir para a mobilização unida dos trabalhadores com as suas organizações, para que sejam renacionalizados os sectores estratégicos da economia (como a TELECOM e a GALP/Energia), ou preservadas a EPAL e a TAP como empresas públicas, de acordo com a exigência da grande maioria dos seus trabalhadores.

O governo de Sócrates – com o PSD, o PP e sujeitando-se à pressão do Presidente da República da República – prepara a continuação da política que o povo rejeitou, através das suas mobilizações e dos resultados eleitorais do ano passado. Mas o movimento democrático dos trabalhadores pode impor a concretização de uma viragem no nosso país.

O PCP e o Bloco de Esquerda que vêm afirmando ser necessário romper com esta política e renacionalizar sectores estratégicos da economia nacional, podem ajudar o movimento dos trabalhadores a impor esta viragem. Ela concretizar-se-á em ligação com a mobilização dos socialistas dentro e fora do PS, que se vêm batendo pela formação de um Governo que responda às suas aspirações.

Está nas mãos de quem dirige as organizações operárias agir em consonância com estas posições, recusando a "concertação" com o Governo para aplicar o programa ditado pela União Europeia; está nas suas mãos ajudar a pôr de pé um movimento estruturado e centralizado dos trabalhadores em torno de um programa de medidas que respondam às necessidades do país, a começar pela proibição dos despedimentos. Será esta mobilização que poderá pôr termo aos acordos impostos, sob chantagem, e às armadilhas das forças estranhas aos interesses da maioria da população trabalhadora e do país.

Não será esta orientação que apontou a mobilização em massa dos professores, em vez de um Acordo – assinado com o Ministério da Educação por 8 das principais organizações sindicais do sector – que aumenta de 27 para 40 anos o tempo necessário para a grande maioria chegar ao topo da sua carreira?

Não será organizando a unidade solidária entre os trabalhadores de todas as empresas – em vez de ficarem confinados cada um na sua empresa, a "negociarem" as condições do seu despedimento – que pode contribuir para garantir a preservação dos seus postos de trabalho?

Será assente neste movimento democrático que os mandatos dados aos deputados na Assembleia da República poderão adquirir o peso real dos votos que representam, criando assim os acordos necessários para um Governo com um programa que reate com o 25 de Abril, um Governo que procure concertar políticas de cooperação solidária com outros governos da Europa e do resto do mundo.

Com a convicção de que milhares de trabalhadores e de quadros do movimento operário estarão de acordo com uma proposta com este teor e de que é fundamental agir continuadamente para criar as condições que permitam concretizá-la – e sem querermos substituir-nos ou concorrer, de algum modo, com as organizações que representam o movimento operário – propomos a realização de um Encontro nacional para um Governo que reate com o 25 de Abril e as suas conquistas, pondo no centro da sua acção medidas que levem à proibição dos despedimentos.

Lisboa, 9 de Janeiro de 2010
A Comissão de organização do Encontro




http://proibicaodosdespedimentos.blogspot.com/

Doutores e Desempregados (reportagem) e Petição pelo alargamento do acesso ao subsídio de desemprego









Licenciados Desempregados – O caso da Enfermagem




Arranja-me um emprego ( Sérgio Godinho)





Petição pelo alargamento do acesso ao subsídio de desemprego

To: Assembleia da República
Petição à Assembleia da República

PELO ALARGAMENTO DO ACESSO AO SUBSÍDIO DE DESEMPREGO


Há hoje cerca de 600 mil desempregados registados nas estatísticas oficiais. Outros 100 mil homens e mulheres estão desempregados mas não constam dessas estatísticas. O desemprego é o maior problema nacional.

Sabendo que centenas de milhares destes desempregados não recebem subsídio e estão por isso sujeitos à pobreza, os abaixo assinados apelam à Assembleia da República para que alargue o acesso ao subsídio de desemprego a quem tenha trabalhado e descontado pelo menos seis meses no ano que antecede o desemprego.

Manifestamos assim a nossa solidariedade para com quem trabalhou, descontou e não consegue emprego na grave crise económica que vivemos.


Os proponentes: JOÃO MANSO, desempregado, Moita; CRISTINA ANDRADE, psicóloga, activista FERVE, Porto; ARIANA MEIRELES, desempregada, Vila Real; ANDRÉ SILVEIRA, vigilante aeroportuário, Açores; JOÃO DIAS, desempregado, Aveiro; JORGE MAGALHÃES, dirigente Sind. Comércio, CESP, Gaia; CLARISSE CARVALHO, desempregada, Estremoz; CARLOS GUEDES, desempregado, Almada; ANTÓNIO GUERREIRO, mineiro, CN CGTP, Beja; ANA RITA RODRIGUES, desempregada, Viseu; ANTÓNIO SILVA, Presid. Sind. Comércio, Braga; ALBERTO SILVA, dirigente SINTTAV, Gaia; PAULO ALVES, actor, Lisboa; LUÍS COSTA, trab. precário, Faro; JOÃO ANTUNES, operador Call-Center, Coimbra; PAULO CÉSAR, intermitente do espectáculo, Lisboa; ANA ISABEL, professora a recibos verdes, Torres Novas; HENRIQUE BORGES, professor, dirigente SPN – FENPROF, Porto; MIGUEL VITAL, func. público, Vila do Conde; ANTÓNIO MANUEL PINTO, dirigente CESP-CGTP, Castelo Branco.

Sincerely,

The Undersigned

ASSINA AQUI:
http://www.petitiononline.com/alsubdes/petition.html

Massa Crítica (Bicicletada) em Compostela ( na Galiza) realiza-se dia 27 de Janeiro

Masa Crítica Compostela de xaneiro - Masa Crítica Galega


Data: Quarta-feira, 27 de Janeiro de 2010
Hora: 20:30 - 21:30
Local: Praza Roxa, mércores 27, Compostela , às 20:30



Na Galiza realizam-se as seguintes Massas Críticas:
* A Coruña.
Todas a primeiras 6ª feiras de cada mês às 20:00 na Praza de María Pita.
* Santiago de Compostela.
Todos as 4ª feiras de cada mês às 20:30 na Praza Roxa.
* Vigo.
Todo os primeiros domingos de cada mes às 11:00 horas na Praza de América.
* Ourense.
Na última 5ª feira de cada mes às 20:00 em frente ao Parque de San Lazaro.
* Ponteareas.
Todas últimas 6ª feiras de mes ás 20:00 na Praza da igrexa.
* Ferrol.
Os últimos xoves de mes ás 20:15 na Praza do Inferniño
* Lugo(http://masacriticalugo.blogspot.com/ ). Os últimos xoves de mes ás 20:15 desde a Praza Maior, diante do Concello de Lugo

Relato da 1ª cicloficina de 2010 no Porto




Imaginem:

. um local onde pessoas que partilham o gosto pelas bicicletas se podem reunir;
. um evento onde se pode literalmente sujar as mãos e fazer aquelas afinações que já andamos a adiar faz demasiado tempo;
. um espaço para guardar peças usadas que não precisamos mas podem ser úteis para outras bicis;
. albergue de bicicletas doadas ou abandonadas (para recuperar e colocar de novo na estrada)
. partilhar ferramentas;
. discutir novas ideias, novos projectos (aquela fixed que sonhas fazer, o atrelado que queres construir, etc), tirar dúvidas, trocar material;
. um sitio onde se pode fazer uma sessão de cinema temático;
. ouvir musica, beber uma cerveja, utilizar a cozinha comunitária e jantar;
. um evento que por vezes larga raízes, se transfigura, ganha rodas e abarca novos espaços (quando o tempo está melhor);

Acham a ideia interessante?
Pois bem... ela JÁ existe! É a Cicloficina e só precisa de contar com a vossa comparência todas as quintas feiras, véspera da penúltima sexta feira do mês.. (parece confuso mas não é)



Começamos bem 2010 em termos de activismo mecânico-ciclistico!

Primeira actividade da sessão: montamos um suporte para biclas preso nas vigas do tecto. Sem dúvida um elemento fundamental!

Estivemos então a dar uma limpeza num baú de madeira que se vai utilizar para guardar as peças doadas com intuito de reutilização... passados 5 minutos, e quase de propósito, chegou o Diogo com um saco cheio de material doado por uma loja de bicicletas!

Muito bom... a casa começa a compor-se!


A Catarina fez um belo desenho/esquema/organigrama onde se podem identificar os correctos nomes de toda e qualquer peça constituínte de uma bicicleta.
-> a cicloficina é também bastante educativa!

De resto, apareceu bastante pessoal, a dada altura estavam 3 biclas a ser reparadas ao mesmo tempo, sendo que as afinações de velocidades e travões foram a operação mais frequente.

Acabamos por ter menos tempo para falar de alguns assuntos pertinentes (sessões de ciclo-cinema, divulgação, etc) mas noutras sessões com menos trabalho de reparação serão com certeza debatidos.

Obrigado a todos os que apareceram, para reparar, "ser" reparado ou apenas socializar com a malta, apareçam também no próximo mês!

Mais informações em

Sessão sobre o Sindicato de Obreros da Andaluzia na livraria Ler Devagar promovida pela Tertúlia Liberdade (dia 30 de Jan. às 17h.)



No próximo Sábado dia 30 de Janeiro a partir das 17 horas a Tertúlia Liberdade promove uma iniciativa sobre o Sindicato dos Obreros del Campo da Andaluzia SOC na Livraria Ler Devagar de Alcântara situada no espaço da Lx Factory na Rua Rodrigues Faria por detrás do Largo do Calvário.

O evento com o título Revolução: O Sindicato de Obreros Del Campo da Andaluzia SOC surge na sequência de uma visita que alguns membros da Tertúlia Liberdade realizaram à Andaluzia recentemente e pretende divulgar a realidade de um sindicalismo de luta e combate praticamente desconhecido em Portugal.

Da programação constam para além de um debate a projecção de filmes sobre a luta dos jornaleiros da Andaluzia, música ao vivo, um recital de poesia andaluza e exposições de fotografias e cartazes do Sindicato dos Obreros do Campo da Andaluzia.

Participa e Divulga

Dar a voz pelo povo do Haiti - concerto em Coimbra (28 de Janeiro)