1.12.09

Transbordantes Infinitos - Colóquio internacional sobre dramarturgia contemporânea na FLUP (4 e 5 de Dez.)

O Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa organiza um colóquio internacional destinado a reflectir, em termos teóricos e/ou aplicados, sobre as diferentes expressões, formais e culturais, da dramaturgia contemporânea, a sua circulação e a sua relação com a cena. O colóquio terá lugar na Sala de Reuniões da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, nos dias 4 e 5 de Dezembro de 2009.

Transbordamentos infinitos: A dramaturgia contemporânea

O carácter híbrido das dramaturgias contemporâneas é uma realidade cuja análise implica, hoje, a consciencialização de novos paradigmas, capazes de darem conta das constantes mutações da forma dramática que se afirma e se coloca para além do espaço meramente genológico. A forma canónica do drama de tradição aristotélico-hegeliana vive, há largas décadas, um processo de aparente “transbordamento infinito”, expressão introduzida por Jean-Pierre Sarrazac para traduzir as mais diversas e caleidoscópicas configurações do drama contemporâneo. É a este abandono de toda e qualquer modelização unificadora que, por exemplo, o conceito de “rapsodização”, proposto pelo mesmo autor nos anos 80, pretendeu dar resposta. Tendo como ponto de partida a sugestão avançada por Peter Szondi de que “o sentido está na forma”, este colóquio visa empreender uma reflexão crítica alargada sobre os mais repetidos processos de “desterritorialização” do drama, o mesmo é dizer da notória e permanente renovação que caracteriza a condição da escrita dramática contemporânea.


O livro de Jean-Pierre Sarrazac« A Invenção da Teatralidade, seguido de Brecht em Processo e O Jogo dos Possíveis», traduzido e prefaciado por Alexandra Moreira da Silva, estará disponível na sessão.




Programa Completo - aqui

O banqueiro anarquista, de Fernando Pessoa, vai ser representado a partir do dia 10 no teatro Maria Matos



O Teatro Maria Matos vai estrear no dia 10 de Dezembro, às 21h30, na Sala Principal, a peça O Banqueiro Anarquista, com encenação de João Garcia Miguel, a partir do texto de Fernando Pessoa. Sobem ao palco Anton Skrzypiciel, Ana Rosa Abreu, Isa Araújo, João Pedro Santos e Sara Ribeiro.

Para o encenador, a peça «é um emblema paradoxal da liberdade e da guerra. A sua pertinência, o seu sentido de humor e de ridículo, leva-nos a reflectir sobre os caminhos que deixamos que escolham por nós».

À mesa de um restaurante dois amigos debatem a situação social de um deles que diz paradoxalmente que se tornou banqueiro por que é anarquista politicamente.

O absurdo da situação, a falta de teatralidade e o devaneio mental desta personagem, conduzem-nos perante um retrato de vida, no qual a maior parte dos ouvintes conhece, ou por experiência própria ou por proximidade familiar. É a evolução clássica de um ponto da escala política, até ao seu oposto, no decorrer de uma vida, tão comum nos nossos políticos e porque não também em alguns dos mais conhecidos membros da nossa finança e economia.

O desenrolar da história tem muitas semelhanças e reverberações com os reality shows actuais ou os programas confessionais onde se tece a biografia pessoal em termos mais ou menos fantasiosos.

um projecto Companhia JGM

encenação João Garcia Miguel

texto O banqueiro anarquista de Fernando Pessoa

adaptação dramatúrgica e outros textos João Garcia

Encontro com João Garcia Miguel a 11 de Dezembro às 18h30 no MMCafé

http://www.teatromariamatos.pt/

http://mmblogue.wordpress.com/

É proibido proibir! - exposição sobre a contracultura dos finais dos anos 60 e inícios dos anos 70 no MUDE (Museu do design e da moda, em Lisboa)


MUDE – Museu do Design e da Moda tem patente nas suas instalações em Lisboa a Exposição É proibido proibir! que se propõe viajar no tempo pelos finais dos anos 60 e início dos 70, através de uma apresentação de cerca de 60 peças, cruzando o design e a moda com o cinema, a literatura e a música, de modo a poder retratar a riqueza desta época.

É proibido proibir! pode ser visitada até ao próximo dia 31 de Janeiro de 2010, no piso 1, do MUDE, na Rua Augusta, 24, em Lisboa



“É proibido proibir!”,

“Debaixo das pedras da calçada, a praia!”,

“Quanto mais faço amor mais tenho vontade de fazer a revolução (e vice-versa)”
...são três slogans, escritos nas ruas de Paris em 1968, por entre graffitis e cartazes, que traduzem bem o espírito de libertação, contestação e revolução sexual em curso.


Enquanto se discutia apaixonadamente, dia e noite, um novo futuro, a sociedade de consumo, as instituições e a moral vigente, fazia-se a apologia do prazer e do amor livre, recusando os costumes e as normas sociais.


No outro lado do Atlântico, gritava-se Make Love, Not War. Vivia-se sob o espírito da contracultura e do flower power.


As palavras e a música d’É proibido proibir! que Caetano Veloso cantou em 1968 no âmbito do movimento Tropicália recebem os visitantes e dão o mote para o que esta exposição quer evocar: o final dos anos 60 e o início dos anos 70, como um tempo de forte contestação, experimentalismo, multiculturalismo, demolição dos estatutos e procura de uma plena liberdade.

No design, uma revolução estava também em curso. É essa revolução que esta exposição apresenta porque muitas das atitudes, pesquisas e reflexões do nosso tempo podem encontrar neste período os seus antecendentes, resultam dessas rupturas e utopias, nomeadamente a consciência e o compromisso de intervenção do design (presente nos movimentos de anti-design) ou o gosto claro pela experimentação e contaminação com as outras artes.

A exposição coloca o enfoque no continente europeu, sobretudo em Itália e Inglaterra, Milão e Londres, respectivamente. A exposição organiza-se em núcleos temáticos sobre o espírito de contracultura e anti-design, a efemeridade e a performatividade das propostas, o estar em colectivo e o vestuário como protesto.
As peças apresentadas espelham a crise da sociedade de consumo, das instituições e da moral vigente que caracterizou a segunda metade dos anos 1960 e os primeiros anos de 1970.


A atenção centra-se no corpo, não no corpo sentado, deitado ou em pé, mas antes num corpo em liberdade, em permanente mudança de posição, um corpo cuja posição indefinida e sempre em movimento exige do objecto que utiliza e apropria a mesma capacidade de se ajustar e convidar esse mesmo corpo a manter compulsivamente essa ambiguidade de posição. Um corpo que rompe com a Autoridade e que procura novos espaços de vivência, novos modelos de assento e novo vestuário, seguindo uma lógica de prazer. É esse corpo que dá a forma aos próprios objectos com atitudes de descontração, prazer e liberdade, que os transforma, que lhes dá sentidos. Por isso, uma das tipologias em destaque é o móvel de assento que se transforma, é mais efémero, performativo e modular, nómada, retratando as mentalidades em mudança. Mesma na esfera individual, vive-se e habita-se no colectivo.


Assiste-se assim a uma radical alteração (formal, funcional e simbólica) dos objectos e dos espaços, em todas as formas de vivência do quotidiano.
A revolução está na rua e esta invade todo o quotidiano, com uma contangiante energia.


É essa energia que queremos revisitar. A moda espelha também as novas atitudes, mentalidades e comportamentos em revolução: as maxi-saias que foram destronando a minisaia, símbolo de toda a década; a invasão de coloridos tecidos estampados, do unissexo, das roupas hippies, das maquilhagens psicadélicas, dos motivos psicadélicos e étnicos. Por outro lado, assiste-se à entrada da moda de rua na alta-costura.


A contracultura da época traduz-se ainda no shock-chic e na antimoda, esta última mais agressiva, de roupa rasgada ou perfurada, com slogans antisistema e anti-burguesia, que mostram o advento do punk.

Destaque para Archizoom Associati, Studio 65, Gruppo Architetti Urbanisti Città, Grupo G14, Grupo Sturm, Superstudio, Eero Aarnio, Pierre Paulin, Verner Panton, Joe Colombo, Gaetano Pesce, Piero Gatti, Cesare Paolini, Franco Teodoro, Roberto Matta, Jonathan de Pas, Rodolfo Bonetto, Achille Castiglioni, Marco Zanusso, Gianni Ruffi e Ettore Sottsass. Na moda, evidenciam-se Biba, Bill Gibb, Courrèges, Emilio Pucci, Missoni, Mary Quant, Ossie Clark, S'angelo, Thea Couture Porter, Vivienne Westwood e Zandra Rhodes.

A exposição vive ainda de um grande suporte de imagem em movimento, da palavra escrita e da música, incluindo os principais nomes que revolucionaram este período.

R. Augusta, 24
1100-053 Lisboa
PORTUGAL
Tel. ++ 351 218886117
Fax. ++ 351 218886124
mude@cm-lisboa.pt
mudemuseum@gmail.com
HORÁRIOS:
De 3ªfeira a 5ªfeira, Domingos: 10h às 20h
Sexta e Sábado: 10h às 22h
Fechado à 2ªfeira

Ciclo Livres Pensadores, na Casa Fernando Pessoa, começa com Caetano Veloso e António Cicero


Uma conferência de Caetano Veloso e Antonio Cicero intitulada A Mensagem do Tropicalismo, sobre a influência de Mensagem de Fernando Pessoa no movimento tropicalista, inaugura o ciclo Livres Pensadores na Casa Fernando Pessoa, no próximo dia 4 de Dezembro, às 18.30.

Com esta série de conferências, de periodicidade mensal, a Casa Fernando Pessoa pretende dar a ouvir algumas das mais luminosas e heterodoxas vozes do pensamento e da criação contemporâneos, nas mais diversas áreas, contribuindo assim para o desenvolvimento da liberdade de pensamento e do sentido crítico que Fernando Pessoa tanto cultivou e de que Portugal tanto necessita.

A conferência de Caetano Veloso e Antonio Cicero assinala os 75 anos da publicação de Mensagem de Fernando Pessoa.

http://mundopessoa.blogs.sapo.pt/

Casa Fernando Pessoa
Rua Coelho da Rocha, 16
Campo de Ourique
1250-088 Lisboa
Tel.: +351 213 913 270
E-mail:
cfp@cm-lisboa.pt

Orçamento Participativo em Lisboa


Processo do Orçamento Participativo em Lisboa:
- A fase de apresentação das propostas terminou no dia 29 de Novembro de 2009.
- Está a decorrer a análise técnica das propostas, apresentadas pelos cidadãos, até 11 de Dezembro de 2009.
- A fase de votação dos projectos decorrerá de 14 a 20 de Dezembro de 2009



O Orçamento Participativo (OP) é uma das formas de participação dos cidadãos na gestão da Câmara Municipal de Lisboa. O objectivo é decidir em conjunto as questões que afectam os cidadãos no seu dia-a-dia.


Através do Orçamento Participativo 2010, os cidadãos podem apresentar propostas concretas para o orçamento e plano de actividades da CML, numa 1ª fase, de dimensão consultiva, que decorreu até 29 de Novembro de 2009.

Após análise dos Serviços, para confirmação da sua elegibilidade e adaptação a projecto, haverá uma fase para votação dos projectos que decorrerá de 14 a 20 de Dezembro de 2009.

Na 2ª fase, de carácter deliberativo, os cidadãos só podem votar uma vez. Os projectos mais votados serão integrados na proposta de plano de actividades e orçamento municipal até ao valor de 5 milhões de euros.

O Plano e o Orçamento serão depois formalmente aprovados pela Câmara e pela Assembleia Municipal.

Podem participar todos os cidadãos, com idade igual ou superior a 18 anos, que se relacionem com o Município de Lisboa, sejam residentes, estudantes ou trabalhadores e também representantes do movimento associativos, do mundo empresarial e das restantes organização da sociedade civil.

Para tal, deverão primeiramente efectuar o respectivo registo, em

Colóquio sobre Economia Social e lançamento do livro sobre A Economia Social - uma alternativa ao capitalismo ( dia 3 de Dez, às 16h30, em Lisboa)



Lançamento do livro
A Economia Social – Uma Alternativa ao Capitalismo
de Thierry Jeantet

edição cooperativa Outro Modo/Le Monde diplomatique – edição portuguesa

Intervenções de

Manuel Canaveira de Campos
(ex-presidente do INSCOOP)

Thierry Jeantet
(autor)

3 de Dezembro, quinta-feira, 16h30


LOCAL : Instalações do Centro de Estudos Sociais em Lisboa (CES-Lisboa)
(Picoas Plaza, 1º andar, acesso: Rua do Viriato ou Rua Tomás Ribeiro, metro Picoas – Lisboa)



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Colóquio

Economia Social – Caminhos da Democracia na Economia

Abertura:

Manuel Carvalho da Silva
(direcção do CES-Lisboa e secretário-geral da CGTP)

Oradores:

Thierry Jeantet
(Euresa)

Jorge Sá
(CEEPS – Centro de Estudos de Economia Pública e Social)

Maria de Belém Roseira
(deputada)

Manuel Canaveira de Campos
(ex-presidente INSCOOP)

Sílvia Ferreira
(investigadora CES – Universidade de Coimbra)

Ulisses Garrido
(CGTP)

Sandra Monteiro
(directora Le Monde diplomatique – edição portuguesa)


3 de Dezembro, quinta-feira, 17h30

LOCAL: Instalações do Centro de Estudos Sociais em Lisboa (CES-Lisboa)
(Picoas Plaza, 1º andar, acesso: Rua do Viriato ou Rua Tomás Ribeiro, metro Picoas – Lisboa)

Organização:
Le Monde diplomatique – edição portuguesa/Cooperativa Outro Modo Centro de Estudos Sociais (CES) – Lisboa

Apoios:
Euresa
CEEPS – Centro de Estudos de Economia Pública e Social

http://pt.mondediplo.com/spip.php?article623