7.10.09

Terra de Ninguém, espaço anarquista em Lisboa


TERRA de NINGUÉM- Espaço Anarquista em Alfama

Este espaço é uma extensão do que somos e do que queremos.
Uma tentativa de encontrar e comunicar com companheiros e todos aqueles que anseiam por uma vida sem controlo. Um contexto onde a base de encontro seja a vontade de atacar as diferentes faces da dominação.
Longe de ser algo acabado e estático é algo com o qual queremos ir cada vez mais longe continuando a sua construção e a nossa enquanto indivíduos.
Através dos livros, discussões e encontros pretendemos descobrir e desenvolver métodos, partilhar perspectivas e práticas onde nos possamos continuar a inspirar e inspirar aqueles que, connosco, se cruzam na partilha do conflito, no anti autoritarismo e na informalidade das relações.
Tentaremos sempre, que o espaço não seja um fim em si mesmo e que não exista porque sim.

Terra de ninguém- espaço anarquista
Rua do Salvador 56 (à rua das escolas gerais)
Lisboa

www.terradninguem.blogspot.com
terraninguem@yahoo.com


Ciclo de cinema Fugas
( em algumas sextas-feiras dos meses de Outubro e Novembro)

Às 20h.

16.out.- Papillon (1973)

30.out.- The great escape (1963)

13.nov.- Expresso da meia-noite (1978)

27.nov- A man escaped (1956)



PROGRAMAÇÃO EM OUTUBRO




O mundo libertário ( recolha de textos publicados no jornal Le Monde Diplomatique sobre o anarquismo)




Estará o anarquismo em moda?

A questão levanta-se justificadamente nos dias de hoje quando observamos a obsessão com que a polícia e os meios de comunicação se referem aos anarco-autónomos e à importância que dão às bandeiras vermelho-negras nas multitudinárias manifestações realizadas por todo o mundo.

Mas afinal o que é o anarquismo?

Será um enquadramento teórico tal qual o que foi elaborado por Proudhon, de quem celebramos neste ano de 2009 o bicentenário do seu nascimento?

Ou será que o anarquismo é antes um ideologia das organizações tais como a Confederação Nacional do Trabalho (CNT) espanhola ou a Zenjiren japonesa, ambas organizações
profundamente comprometidas com os combates populares?

Ou o anarquismo é, sobretudo, uma corrente de pensamento algo difusa que irriga as lutas sociais e culturais, promovendo ora alguma radicalidade ora alguma dose reforçada de anti-autoritarismo nesses combates sociais ?


E não faltam até, para aumentar a polémica e o interesse pelo anarquismo, líderes políticos que se reclamam de libertários, assim como grupos sem ideologia que recorrem à violência cega em nome do anarquismo.

A verdade é que todas estas dimensões coexistem e ao facto não é certamente estranho o aparente paradoxo do nº reduzido de activistas que se proclamam anarquistas e a força e persistente e surpreendente presença das ideias libertárias e do pensamento anarquista no mundo actual.


O livro agora editado pela editora chilena «Ainda acreditamos nos sonhos» com o título «El Mundo Libertário, Anarquismo » recolhe o conjunto de textos sobre o anarquismo e o pensamento libertário que foram publicados no conhecido jornal Le Monde Diplomatique a que se acrescenta um texto do historiador chileno Sergio Grez sobre a teoria e a prática dos anarquistas chilenos nas lutas sociais nos primórdios do século XX.

Plataforma anti-Guerra e anti-Nato (PAGAN)



PLATAFORMA ANTI-GUERRA, ANTI-NATO (PAGAN)

Constiuída a 30 de Setembro de 2009, a Plataforma Anti-Guerra, Anti-Nato (PAGAN) é um movimento anti-militarista português integrado na campanha internacional «No to War, No to NATO».

Motivada pela circunstância de a próxima cimeira da NATO se realizar em Portugal em finais de 2010, a PAGAN foi criada com o propósito de manifestar pública e pacificamente o desagrado dos cidadãos portugueses com as políticas belicistas da NATO.

A PAGAN pretende também ser um veículo de informação sobre as alternativas anti-militaristas de que todos os cidadãos dispõem de forma a não compactuar com os interesses bélicos da NATO.

Este é um movimento aberto a todos os que pretendam afirmar o seu repúdio pela guerra e pelas instituições que a representam e patrocinam.

Em breve será realizado um encontro em Berlim, reunindo várias organizações anti-militaristas, na campanha «No to War, No to NATO». A plataforma agora criada participará no referido encontro.

http://www.antinatoportugal.wordpress.com

antinatoportugal@gmail.com

A propósito da manifestação anti-autoritária em 25 de Abril de 2007 e do julgamento de 11 manifestantes no próximo dia 7 de Dezembro


Este texto pretende relembrar a carga policial que aconteceu na manifestação Anti Fascista e Anti Capitalista no dia 25 de Abril de 2007 e apelar à solidariedade contra a farsa judicial montada em torno das onze pessoas que vão a julgamento dia 7 de Dezembro

No dia 25 de Abril de 2007 decorreu uma manifestação Antiautoritária contra o Fascismo e o Capitalismo em Lisboa que reuniu aproximadamente 500 pessoas. Tendo iniciado na Praça da Figueira em ambiente contestatário, mas festivo e sem incidentes, várias pessoas aderiram à manifestação ao longo do percurso Rossio, Rua do Carmo, Rua Garrett até ao Largo de Camões.

Após um breve período em que a manifestação permaneceu no largo Camões, esta continuou espontaneamente pela Rua Garrett em direcção ao Rossio. A presença constante da polícia durante a trajectória fez com que o clima entre as partes fosse de tensão. A meio da Rua do Carmo, duas hordas de elementos do corpo de intervenção da PSP e polícias à paisana encurralaram os manifestantes na rua fechando as saídas e, sem qualquer ordem ou aviso de dispersão, começaram a agredir brutal e indiscriminadamente manifestantes, transeuntes e até mesmo turistas.

A polícia não tentou dispersar ninguém, pelo contrário, quis bater, espancar e atacar os manifestantes. Pessoas que caíram no chão indefesas foram ainda agredidas por vários polícias à bastonada e ao pontapé. Houve perseguições por parte da polícia, levadas a cabo de forma bastante agressiva, no local onde decorria a manifestação e por toda a Baixa de Lisboa. Foram detidas onze pessoas e foi impossível contabilizar todos os feridos entre manifestantes e pessoas alheias ao protesto. Aos manifestantes juntaram-se, no fundo da rua do Carmo, vários transeuntes e lojistas contra a brutalidade policial.

Com o apoio dos media, as forças policiais criminalizaram o protesto, procurando encontrar legitimidade para a sua acção repressiva que é um tipo de conduta permanente por parte do Estado, como podem comprovar, a título de exemplo, os habitantes de bairros sociais. Assim sendo, a detenção dos onze manifestantes surge como modo de justificar mais uma carga policial.

Para além da detenção, estes manifestantes ficaram ainda sujeitos à medida de termo de identidade e residência, tendo sido acusados de agressão, injúria agravada e desobediência civil, acusações estas que, na verdade, caracterizam a actuação policial. Querem convencer-nos que o mundo é o inverso daquilo que realmente acontece, uma vez que as únicas agressões à polícia foram em legítima defesa, postura à qual não se deve renunciar.

No próximo dia 7 de Dezembro vai ser o julgamento dos onze acusados nas novas instalações judiciais localizadas no Parque das Nações/Oriente.

Apelamos à solidariedade em relação a esta situação em particular, enquadrada num contexto de exploração e opressão quotidiana que não deixaremos de combater.

alguns envolvidos no processo
(texto recebido por e-mail)