12.6.09

Os povos indígenas da Amazónia resistem ao neoliberalismo do governo e do presidente vendepátrias do Peru


Pelo menos 34 pessoas morreram em confrontos entre a polícia e tribos índias no Perú que protestavam contra a exploração de petróleo e gás natural nos seus territórios, revelaram hoje fontes policiais e tribais.
A violência deu-se durante a madrugada do passado dia 4 de Junho quando agentes da polícia tentaram dispersar uma barricada montada numa estrada por cerca de cinco mil índios numa área chamada Curva del Diablo, na província nortenha de Utcubamba.Os líderes do protesto afirmaram que a polícia disparou balas e granadas de gás lacrimogéneo a partir de helicópteros.


Recorde-se que o governo peruano aprovou uma legislação quer permitirá a exploração mineral e agrícola em larga escala na Amazónia peruana, contribuindo assim para uma rápida devastação ambiental da região.

Os grupos indígenas protestaram pacificamente durante dois meses reivindicando o direito de opinar sobre os decretos que irão danificar dramaticamente a ecologia e os povos nativos da floresta, além de representar um desastre para o clima global. Na semana passada o Presidente peruano Alan García enviou forças especiais para suprimir os protestos gerando conflitos violentos e chamando os manifestantes de terroristas.

Estes grupos indígenas estão na linha de frente da para proteger o planeta


Mais de 70% da Amazónia peruana está agora à disposição da indústria. Gigantes do petróleo e gás como a empresa Anglo-Francesa Perenco e as Norte Americanas Conoco Phillips e Talisman Energy, já fizeram linvestimentos de biliões na região. Ma está comprovado que estas grandes indústrias extractivas não trazem nenhum desenvolvimento local aos lugares que exploram, além de ter também baixa preocupação ambiental. Por isso os povos indígenas estão exigindo seu direito legítimo como consultores para a elaboração das novas leis.

Por décadas o mundo e os povos indígenas olharam as indústrias extrativistas a devastarem a maior floresta do planeta, responsável por guardar os maiores tesouros naturais da humanidade e por limpar a atmosfera do perigoso carbono que está causando o aquecimento global.

Os protestos no Peru representam o maior e mais desesperado grito de desespero dos povos indígenas deste país – por isso temos que dar o nosso apoio internacional.


Massacre en Bagua












MASSACRE EN BAGUA




A responsabilidade do Governo Peruano pelo massacre de Bagua





Protestos contra o Massacre de Bagua



Para saber mais:




III Festival das Companhias Descentralizadas em Campo Benfeito (Serra de Montemuro), Lamego e Castro Daire ( de 10 a 14 de Junho)




FESTIVAL DAS COMPANHIAS DESCENTRALIZADAS
10 a 14 de Junho de 2009
3ª Edição

Locais de Apresentação: Campo Benfeito ( aldeia no cimo da Serra do Montemuro), Lamego e Castro Daire


O Teatro Regional da Serra de Montemuro (TRSM) é a partir de quarta-feira o anfitrião do Festival das Companhias Descentralizadas que, na sua terceira edição, levará seis espectáculos a espaços de Campo Benfeito, Castro Daire e Lamego.

O festival é organizado rotativamente por seis companhias de teatro profissional sedeadas fora de Lisboa e Porto, que integram uma estrutura informal de colaboração, debate e intercâmbio.

Até domingo, subirão a palco espectáculos de todas elas: A Escola da Noite (Coimbra), a Companhia de Teatro do Algarve, o Centro Dramático de Évora, a Companhia de Teatro de Braga, o Teatro das Beiras (Covilhã) e o TRSM.



PROGRAMA

10 de Junho
Presos por uma corrente de ar
Teatro de Montemuro
Campo Benfeito, Espaço Montemuro, 21h30

11 de Junho
Workshop de escrita criativa
Abel Neves
Lamego, Teatro Ribeiro Conceição, 16h00

Bonecos & Farelos, de Gil Vicente
A Escola da Noite
Lamego, Teatro Ribeiro Conceição, 21h30

12 de Junho
Debate: O teatro na descentralização
Campo Benfeito, Espaço Montemuro, 16h00

Memórias de Branca Dias, de Miguel Real
Centro Dramático de Évora
Castro Daire, Auditório Municipal de Cultura, 21h30

13 de Junho
Mesa-redonda: O teatro como ferramenta de trabalho com os jovens
Castro Daire, Museu Municipal, 16h00

Hotel de Província, de Aleksandr Vampilov
Teatro das Beiras
Lamego, Teatro Ribeiro Conceição, 21h30

Concerto "à la carte", de Franz Xaver Kroetz
Companhia de Teatro de Braga
Castro Daire, Auditório Municipal de Cultura, 21h30

14 de Junho
Auto da Índia, de Gil Vicente
ACTA - Companhia de Teatro do Algarve
Campo Benfeito, Espaço Montemuro, 16h00

Festa de encerramento
Campo Benfeito, Espaço Montemuro, 17h00