16.3.09

Marcha mundial pela Paz e a Não-Violência: acção de rua no Porto (21/3 às 15h30) e semana de divulgação na Fac. de Letras do Porto



A Marcha Mundial pela Paz e a Não-Violência é uma iniciativa impulsionada pela organização internacional "Mundo sem Guerras" em conjunto com um grande número de organizações e pessoas dispostas a percorrer todo o planeta, pedindo o fim das guerras, das armas nucleares e da eliminação de todo o tipo de violência.

Começando na Nova Zelândia, no dia 2 de Outubro de 2009, data em que se comemora o Nascimento de Gandhi e que foi declarada pelas Nações Unidas como o "Dia Internacional da Não-Violência", a marcha percorrerá durante 90 dias os seis continentes, terminando na Cordilheira dos Andes (Argentina) no dia 2 de Janeiro de 2010. À sua passagem irá juntando todos aqueles que clamam pela paz, todos aqueles que sentem que é necessário despertar uma nova consciência social mundial a favor de uma cultura não-violenta.

Na MM podem chegar a confluir milhares ou milhões de pessoas de todos os campos e sectores sociais. Nesse sentido, é surpreendente a grande diversidade ideológica, racial, geracional, religiosa e cultural que está a convergir neste objectivo comum da Paz e da Não-Violência. Se esta tendência se confirmar, a MM pode vir a converter-se numa manifestação histórica tendo em conta também que se trata da primeira marcha planetária.

Até agora, há dezenas de iniciativas propostas: concertos, conferências, encontros, exposições, documentários, etc.
Neste momento está a decorrer na Faculdade de Letras do Porto, dinamizada pela associação de estudantes, uma campanha de promoção e esclarecimento sobre a MM, podes ver aqui http://www.aeflup.com/index.asp

No próximo dia 21 (aniversário da invasão do Iraque) será levado a cabo na rua de santa Catarina uma "minimarcha" cujo ponto de encontro será às 15.30 na porta do mercado do Bolhão do lado de Fernandes Tomás, com a ideia alertar para a necessidade da PAZ, propõe-se a todos os que queiram aderir que se vistam de branco (logo que tenhamos um cartaz definitivo deste evento envio-te por mail).

Neste momento estão a ser dinamizadas várias acções de promoção da MM, com a ideia de ir mobilizando cada vez mais gente para que possamos, nos dias em que a MM terá mais força em Portugal, obter uma adesão significativa.

Até ao presente, já aderiram à MM personalidades como José Saramago, Desmond Tutu, Ian Gibson, Alexandre Jodorowsky, Federico Mayor Zaragoza, Zubin Mehta, Noam Chomsky, Ramos Horta e outros. Em Portugal, já aderiram nomes como Richard Zimler ou Fernando Nobre (AMI).



Podes ver estas e outras adesões no site oficial da Marcha:


bem como outra informação mais particular no website português:

Existe um vídeo promocional em Português no qual se divulga os objectivos e o espírito da MM, bem como algumas adesões mais significativas, podes ver aqui:



Vergonhosa condenação de 3 activistas do MUT (Movimento de Utentes dos Transportes do Porto) ou o que acontece quando se julga contra a lei em vigor!

Nota prévia do blogue Pimenta Negra: este blogue solidariza-se em absoluto com estes activistas «condenados» por alguém que exerce as funções de Juíz mas que, pelos vistos, interpreta arbitrariamente a legislação vigente segundo critérios que vão ao arrepio do sentido consolidado da maior parte da Doutrina e Jurisprudência existente sobre a matéria. Simplesmente lamentável...



Está caladinho, senão levas no focinho!


Três activistas do MUT - Movimento de Transportes da Área Metropolitana do Porto, foram hoje condenados no Tribunal do Bolhão (Porto) pelo simples facto de não terem avisado atempadamente as autoridades para a realização de uma marcha dos Aliados ao Governo Civil em 2007.

A marcha decorreu pacificamente pelo passeio, sem incidentes, e sem "perturbação da ordem pública" mas no final 3 pessoas foram identificadas pela polícia para mais tarde serem acusadas de desobediência...

Perante uma sala cheia de cidadãos solidários com os três arguidos, o Juiz não teve qualquer contemplação e condenou-os ao pagamento de quantias entre os 540 e os 450 euros pelo crime de desobediência qualificada, por não terem cumprido todas as formalidades associadas à promoção de uma manifestação. O próprio Ministério Público tinha pedido, nas suas alegações finais, a substituição da pena de multa por uma simples admoestação!

O Juiz fez ainda questão de refutar qualquer comparação com as manifestações de adeptos de futebol na baixa do Porto, por considerar que esse tipo de manifestações são espontâneas e impossíveis de prever. Mesmo sendo por vezes bem violentas.

3 cidadãos que "cometeram o crime" de lutar pela melhoria da qualidade de vida da sua cidade, foram condenados pelo simples facto de terem entregue fora do prazo a informação da realização da acção no Governo Civil!

Na mesma cidade onde, por exemplo, grupos de estudantes universitários organizam durante vários meses concentrações em espaços públicos e marchas ruidosas pelas ruas (a qualquer hora do dia e da noite sem qualquer comunicação ao Governo Civil) onde humilham à vista de todos, outros estudantes (caloiros), vandalizam o espaço público e deixam atrás de si um rasto de lixo, perante a cumplicidade das autoridades...


O texto intitulado «Está caladinho, senão levas no focinho» foi retirado do blogue:
http://www.mruim.blogspot.com/

Projecto Arte de Viver:a próxima acção é neste fim-de-semana e destina-se a ajudar à reflorestação da Faia Brava e construção de mandalas com sementes


morada: Associação ORÁGÁ - Rua Antero de Quental, 153, Porto



Próximas acções calendarizadas do Porjecto Arte de Viver:

21 e 22 de Março - Reflorestação da mata portuguesa - Construção de mandalas com sementes (info)



28/03 - Criação de moda: Reciclagem de roupas antigas (info)




O que é o PROJECTO ARTE DE VIVER


O Projecto Arte de Viver surge de um grupo de moças, mulheres, mães que sentem a necessidade de partilhar o sonho de uma educação pintada de arco-íris para a geração de Seres Livres.

Este projecto tem lugar na cidade do Porto, num espaço partilhado com a recentemente criada Associação ORÁGÁ cujo objectivo é a educação formal e informal de crianças e jovens.

As temáticas das acções planeadas para este projecto estão integradas nos três pilares da sustentabilidade das comunidades: ambiente, saúde e social. Pretendemos assim contribuir para a construção sustentável da nossa comunidade, partilhando conhecimento e espaço com tod@s aquel@s que queiram participar.

Entre Março e Junho serão levadas a cabo treze acções (ver
aqui), todas com participação gratuita (sujeitas a inscrição prévia no site ou na Associação Orágá), a decorrer na sua maioria no espaço da Associação ORÁGÁ (Rua Antero de Quental, nº 153) mas algumas serão fora da cidade do Porto.

Informa-te! Inscreve-te! Participa!

Próxima Assembleia MayDay em Lisboa ( 18 de Março às 21h.)




Próxima Assembleia MayDay:

4ª feira, dia 18 de Março, 21:00

na sede do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa
Rua Fialho de Almeida, 3
(Bairro Azul :: metro São Sebastião )

http://www.maydaylisboa.net/


"Aqui não há emprego!" (Ocupação dum Centro de Emprego )
O MayDay Lisboa 2009 ocupou na passada 3ª feira, o Centro de Emprego da Av. 5 de Outubro, no centro de Lisboa.

"Aqui não há emprego!" é a afirmação de que os Centros de Emprego são hoje locais de perseguição aos desempregados e não servem para o que deviam.

"500 000? Somos muitos mais!". Porque as estatísticas, apesar de assustadoras, escondem uma realidade ainda pior. O desemprego não pára de crescer. E sabemos muito bem que anda de mãos dadas com a precariedade: é este o clima de chantagem que aumenta a exploração e nos leva os direitos






MayDay Porto Acção Divulgação 2009





http://www.maydayporto.blogspot.com/

Ciclo de cinema «Palestina Livre» na Casa Viva exibe o filme «A Muralha de Ferro» (no dia 17/3 às 21h30)

3ªfeira, 17 março, 21h30, na Casa Viva (Praça do Marquês de Pombal, 167, Porto)
entrada livre

The Iron Wall, de Mohammed Alatar

(52' Inglês, Árabe e Hebraico; legendas em Inglês)

Quando o pai da direita israelita, Valdimir Jabotinsky, formulou a irredutível estratégia da Muralha de Ferro, em 1923, afirmou-se então que o diálogo com os árabes palestinos só seria empreendido quando estes estivessem totalmente derrotados.

Documentário (2006). Aborda a história da implantação sionista na Palestina até aos mais recentes projectos de Israel para a construção de colonatos permanentes, confisco de propriedades, furto de recursos naturais, privação de Direitos Humanos e criação de um sistema de segregação social baseado no factor étnico-racial, semelhante ao apartheid que vigorou na África do Sul.

Petição «Salvem os Museus Nacionais dos Coches e de Arqueologia e o Monumento da Cordoaria Nacional!» e concentração de protesto (18/3 às 18h)


18 de Março
Manifestação contra a deslocalização do Museu dos CochesLisboa, 18h,
na Avenida da Índia, junto à Praça Afonso de Albuquerque
Iniciativa da Plataforma pelo Património Cultural e Fórum Cidadania Lisboa

É um verdadeiro escândalo, em pleno século XXI, iniciar uma obra contra todas as disposições regulamentares de carácter cultural e ambiental.É um crime.É o oposto do que se faz por toda a Europa, na reabilitação e preservação do património histórico e cultural.

Já não nos chegou a vergonha dos comentários sarcásticos sobre a ignorância e presunção portuguesas, aquando da Expo 98, pela criação de um novo e grande Aquário, orgulho dos governantes deste país. Quando, nessa data, já todo o mundo civilizado via esses tanques como meras gaiolas ou prisões de peixes e animais arrancados aos seus habitats.Quando já todos procuravam reabilitar, preservar e mentalizar a população a conservar os espaços e meios naturais onde se desenvolvem as espécies, tentando detectar e minimizar todos os factores de risco para os evitar, fomos nós mostrar a nossa "categoria", digo, a falta dela, criando, em grande escala, precisamente aquilo que é o exemplo do que se ensinava às criancinhas na verdadeira Europa que se devia evitar; que tinha sido um erro andar a fazer isso em vez de andar a perceber e a tentar preservar a natureza, pugnando pelo sua sobrevivência.

No meio das coisas boas que nessa data se fizeram, isto foi a chacota total, com que nos desacreditamos aos cultos que nos visitaram (não foram assim tão poucos, pois os comentários, não divulgados por cá, apareceram bem lá fora).Mais uma vez, vamos prendar o mundo com a nossa falta de conhecimento e civilidade, dando provas de incompetência pura.

Quando vamos lá fora visitamos museus. Eles, quando se dignam vir cá, visitam os nossos museus.

O museu dos coches é o melhor, o mais visitado, e como tal subejamente conhecido por esse mundo fora.Vamos dar cabo dele.Vamos vestir os nossos velhos coches de um embrulho branco, vasto e triste.Eles que se encontravam aconchegados e acarinhados no berço de um velho espaço à sua escala, à sua côr, à sua proporção; envoltos no sentido do ambiente dos cavalos. Cavalos esses sem os quais os coches nunca se moveram. Isto é um casamento centenário que só a incúria, a má fé e o despeito poderão querer separar... ou então a falta de conhecimento, de sentimento, de um mínimo interesse pelo bem fazer.Os coches vão morrer, pois é impossível aguentar tal rotura.

O edifício vai-se perder, da memória de um século de visitas de todo o povo.Vamos ser novamente a chacota do mundo civilizado: por não sabermos fazer, e pior, por deixarmos fazer mal quem não sabe o que anda a fazer.É triste.É muito triste, e, dentro de pouco tempo, vamos ser acusados pelos nossos filhos de termos permitido que isto se fizesse quando por aqui andávamos.

Muito se disse dos que, durante a 2ª guerra, lavaram as suas mãos e permitiram a chacina que ocorreu.É o que agora se vai dizer de nós.Uma vergonha...Depois de dar cabo desta pequena jóia preciosa, sá falta dar cabo da outra: da Torre de Belém; a única que se pode comparar com esta, pela escala e pelo carinho que, do povo, lhe temos...Para fazer este novo "prédio à beira Tejo", não importa o custo ambiental, o investimento económico ( num período em que o povo passa fome), que seja o exemplo do que não se deve fazer, que até nem seja preciso, que não respeite o regulamento térmico, e venha a ser mais um monstro consumidor de energia e de terrível manutenção (estes custos futuros vão multiplicar por 20 ?...)Que se está a fazer agora no 1º e 2º mundos? Edifícios de custos energéticos e de manutenção reduzidos, que diminuam as emissões de dióxido de carbono, que tratem naturalmente as ventilações e a iluminação natural... Olhem como os Espanhóis dão à população como exemplo a seguir, o desempenho ambiental do "supositório" de Barcelona. E já tantos outros que se encontram construidos. Isto já não é novidade em projecto. É já a realidade que nos envolve por este mundo fora.E vamos nós agora, timonados por quem não sabe, nem quer ouvir de quem sabe, pagar e aturar no futuro mais uma atoarda... uma grande burrice...Haverá ainda alguém que se consiga fazer ouvir por tamanhos moucos?...

Vamos todos à concentração marcada para dia 18, no local da obra.

texto retirado de: http://cidadanialx.blogspot.com/



PETIÇÃO

O Museu Nacional dos Coches sendo de génese monárquica foi com a República que adquiriu o carácter de organização museológica, transformando-se na instituição fundadora da museologia portuguesa, de carácter nacional e com projecção internacional.

O valor artístico do espaço (antigo Picadeiro Real), a raridade da sua colecção (considerada universalmente como a mais notável no seu género, com especial destaque para os três coches monumentais da Embaixada de D. João V ao Papa Clemente XI, construídos em Roma em 1716 e únicos no mundo, bem como o raro exemplar de coche de viagem de Filipe II, construído em Espanha – Século XVI- XVII – e um dos modelos de coche mais antigos de que há conhecimento), e o sistema desenvolvido de exposição desta última, correlacionando-a com imagens e pinturas de época, garantiram-lhe a reputação europeia sem precedentes na história dos museus portugueses e na própria evolução da museologia, através de uma orientação estratégica pioneira pautada por princípios europeus modernos, criando um ambiente de exigência e trabalho de que os próprios republicanos se orgulhavam.

O projecto entretanto surgido para a construção de um novo Museu dos Coches pretende esvaziar o actual edifício e transferir a colecção para um novo espaço a construir, onde se erguem agora as Oficinas Gerais de Material de Engenharia, que serão demolidas. Não pondo em causa a qualidade do projecto de arquitectura, estima-se, no entanto, que este projecto terá um custo actual estimado de 31,5 milhões de euros.

Considerando a actual magnitude internacional do Museu Nacional dos Coches, que é o museu mais visitado de Portugal, muito significativamente por estrangeiros a quem não será indiferente a dignidade e o ambiente do espaço actual de notável valor formal e de antiguidade. Note-se que não é por acaso que em São Petersburgo se optou recentemente pela colocação de um espólio similar no antigo picadeiro real;

Considerando que o actual edifício do Museu, por imperativos técnicos e artísticos (vide, pareceres técnicos de finais dos anos 90), está impossibilitado de acolher a Escola Portuguesa de Arte Equestre, temendo-se, portanto, caso avance o projecto de novo museu, a sua subutilização;

Considerando que o projecto do novo museu não afecta somente o Museu Nacional dos Coches, mas antes constitui um verdadeiro 'terramoto' de efeito ricochete na museologia nacional, pois implicará a obrigação de deslocar os serviços do antigo IPA (actual IGESPAR) da arqueologia subaquática, do depósito de arqueologia industrial, para a Cordoaria Nacional e, por esta via, uma eventual transferência do Museu Nacional de Arqueologia para a mesma Cordoaria, que é Monumento Nacional desde 1996 (DL 2/96, DR 56, de 06-03-1996);

Considerando que a lei obriga a que uma intervenção num Monumento Nacional, como é o caso da Cordoaria Nacional, se fundamente num projecto de conservação e restauro e permita a salvaguarda dos seus valores arquitectónicos e técnicos integrados, não permitindo que se faça uma mera adaptação como parece ser o caso, o que pré-figuraria uma atitude de vandalismo de Estado;

Considerando, portanto, que o projecto em curso se nos afigura completamente desnecessário e impede que as verbas respectivas sejam aplicadas em projectos culturais de verdadeiro interesse público urgente (ex. renovação dos outros museus nacionais sedeados em Lisboa, recuperação dos MN em perigo de desclassificação pela UNESCO, qualificação da Cordoaria Nacional, como monumento técnico significativo da actividade marítima portuguesa, etc.);

Os abaixo-assinados requerem a Vossas Excelências uma intervenção rápida no sentido de travar o projecto em curso do novo museu dos coches, garantindo assim a manutenção, nos espaços actuais, do Museu Nacional dos Coches e do Museu Nacional de Arqueologia e a conservação da integridade física e técnica original da Cordoaria, enquanto monumento nacional de interesse internacional.