10.2.08

Café-filosófico sobre a liberdade no Institut Franco-Português ( dia 12 de Fev. às 21h.)

Lugar: Institut Franco-Portugais
Morada: Avenida Luís Bívar, 91 / 1050-143 Lisboa
Tel: (+351) 21 311 14 00


Debate em francês e português animado por
Jean-Yves Mercury
Dominique Mortiaux
Nuno Nabais

O próximo Café Philo, tem como tema A Liberdade e vai realizar-se na terça-feira dia 12 de Fevereiro, à partir das 21h00, com a habitual condução de Jean-Yves Mercury, Dominique Mortiaux e Nuno Nabais. A entrada é livre. O debate promete e faz-se em duas línguas: francês e português.

“Duma questão como esta temos tudo a recear já que, desde que a filosofia existe, numerosos pensadores tentaram responder a esta interrogação que incessantemente nos colocamos:
Somos livres ou é apenas uma ilusão?

É ao confrontarmo-nos com a simplicidade desta questão que podemos medir o alcance e as dificuldades de uma qualquer resposta. É verdade que queremos ser livres e agrada-nos pensar que o somos, por duas razões:

nós não somos animais subjugados aos seus instintos,

nós também não somos escravos submetidos aos seus donos e, assim, transformados em objectos.

No entanto, será isto suficiente para pensarmos que somos livres? O que será esta liberdade que o homem reivindica como diferença em relação aos outros seres vivos? Será porque temos uma consciência e que tentamos reflectir e pensar, que somos incontestavelmente livres? Será então a liberdade, esse poder da consciência e do pensamento para escolher, arbitrar, e assim se autodeterminar sem suportar o peso irreversível de certos determinismos?

O que ganhamos em pensar que a liberdade existe e que ela é uma condição fundamental da nossa humanidade? Será, como o sugere J.J. Rousseau, um incondicionado? “Renunciar à sua liberdade é renunciar à sua qualidade de homem. (...) Não há nenhuma compensação possível para quem renuncie a tudo.” Do Contrato Social, I-4. Assim, renunciar ou perder a nossa liberdade seria ruinoso visto que a nossa humanidade não poderia sobreviver a isso. Então, mais vale pensar que somos livres se essa liberdade nos confere dignidade, isto é, a impossibilidade de sermos reduzidos a uma coisa, um objecto, um meio...

Alguns podem dizer que se trata de um princípio “louvável” mas demasiado teórico e pouco aplicável. O que seria de uma liberdade que fosse apenas um princípio e que não pudesse ser vivida, transformar-se e ser acto? Porque, não será a nossa liberdade o que se vive no quotidiano no meio dos obstáculos, dos constrangimentos e das obrigações que se nos deparam? Eu só sou o que faço e as minhas acções são a expressão do meu empenho e da minha liberdade em movimento e em situação. No entanto, será que não faz sentido recear a restrição ou a perca da nossa liberdade sob a influência da alienação cujas formas são múltiplas e se renovam? Ao fim e ao cabo, a liberdade não será um fardo que pesa sobre os nossos ombros? Será que não preferimos a segurança? Em resumo, perguntas e mais perguntas sobre as quais iremos debater na terça-feira dia 12.”

"Porto Interior" - concerto de Rão Kyao e Yanan na FEUP (15 de Fev às 21h30). Entrada livre


"Porto Interior" - concerto de Rão Kyao e Yanan na FEUP ( Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto)

15 de Fevereiro, 21h30, no Auditório

O Auditório da FEUP recebe no próximo dia 15 de Fevereiro (sexta-feira), às 21h30, "Porto Interior", um concerto com Rão Kyao (flautas de pã) e Yanan (Pi'pa e Guzheng).

Este concerto, organizado em colaboração com o Comissariado Cultural da FEUP, integra o ciclo "Noites do Mundo", uma iniciativa do projecto de integração social "Porto, Bairro a Bairro" desenvolvido pela Câmara Municipal do Porto. Ao longo dos últimos três anos, e apostando numa programação variada e de qualidade, o projecto tem vindo a afirmar-se de forma crescente, tendo já cativado e fidelizado um público diverso, constituído pela generalidade da população portuense.
A entrada é livre.



www.fe.up.pt/si/noticias_geral.ver_noticia?P_NR=7617

Hoje, Domingo, reunião para fazer face a novas demolições de casas no «bairro do Fim do Mundo» em Cascais

DIREITO À HABITAÇÃO = Habitação para todos

Organizar a luta no bairro do Fim do Mundo em Cascais

As próximas demolições estão-se a aproximar e precisamos de traçar, conjuntamente com os moradores, novos planos de luta.
Actualmente todo o bairro está sem água e luz, uma forma que o governo encontrou de forçar uma expulsão lenta dos moradores pelo cansaço de viver em situação tão degradantes.
Contamos com o apoio de todos.

Domingo 10 de Fevereiro

Reunião no bairro às 15H
– São João do Estoril -

ou encontro no Cais do Sodré às 14H.


Vídeo sobre as demolições realizadas no dia 22 de Janeiro

Na terça (22 de Janeiro) a câmara de Cascais, ajudada pela policia de choque, demoliu 12 casas.
Estão previstas mais demolições em Fevereiro.



Série de conferências( a partir do dia 12 de Fev.) subordinadas ao tema: O que é a biopolítica?

CONFERÊNCIAS NA CULTURGEST, em Lisboa
TERÇAS-FEIRAS
12, 19 E 26 DE FEVEREIRO,
4 E 11 DE MARÇO DE 2008

18h30 • Pequeno Auditório
Entrada Gratuita ´

A matéria política com que hoje estamos confrontados é eminentemente bio¬política. A guerra contra o terrorismo, as medidas de segurança e as legislações que controlam o movimento dos cidadãos no interior dos Estados, a fuga em massa das populações do terceiro mundo, as políticas demográficas e de saúde, as discussões sobre o aborto e a eutanásia: a importância que ganharam todas estas questões nos debates públicos e nos cálculos de toda a governação mostra que a politização da vida, a implicação mútua do “bios” e do político, se tornou um facto maior do nosso tempo.

Deve-se a Michel Foucault, no final de A Vontade de Saber, a formulação que define o modo como, a partir da época moderna, a vida natural do homem passou a ser objecto dos mecanismos do poder. As investigações de Foucault, neste domínio, ficaram por desenvolver. Mas foi a partir delas que se começou a pensar a crescente sobreposição dos dois âmbitos, fenómeno que tem uma afirmação absoluta nos totalitarismos do século xx, muito especialmente no nazismo, para o qual a política se torna intrinsecamente biológica e a vida tem imediatamente uma dimensão política.

O paradigma biopolítico dos Estados totalitários, na sua dimensão exacerbada, é um revelador daquilo que se tornou entretanto politicamente decisivo nas democracias parlamentares do nosso tempo: a vida biológica. Sem a referência à biopolítica, não podemos compreender o movimento de despolitização generalizada que tomou conta de projectos e instituições e reduziu o discurso político à discussão e gestão das contingências sociais e económicas. O factor biopolítico obrigou a repensar as categorias políticas tradicionais. AG


Programação: André Dias, António Guerreiro
Colaboração: Davide Scarso

12 DE FEVEREIRO
Uma introdução à biopolítica
por António Guerreiro
(Crítico literário do Expresso, publicou o livro de ensaios O Acento Agudo do Presente)

19 DE FEVEREIRO
O governo como problema
por José Luís Câmara Leme (Univ. Nova de Lisboa)
Alguns pensadores diagnosticaram recentemente uma crise de governamentalidade nas sociedades ocidentais que teria duas dimensões principais: da parte dos governantes consistiria na incapacidade de dar sentido às políticas promovidas; da parte dos governados, existiria uma descrença nas instituições e nos objectivos propostos pelos governos.

26 DE FEVEREIRO
A ocultação bioética
por António Fernando Cascais (Univ. Nova de Lisboa)
A bioética surge como alternativa à deontologia médica e à teologia moral, mas tende a ser reabsorvida por elas. Definida como o próprio processo de apropriação da vida biológica pela política na modernidade, a biopolítica constitui-se como um verdadeiro paradigma concentracionário. Nesta perspectiva, a regulação (bio)ética da biotecnociência não é impeditiva da inumanidade biopolítica.

4 DE MARÇO
Biotecnologia e novos mundos possíveis da vida
por Hermínio Martins (St. Antony’s College – Oxford, ICS)
As descobertas e invenções da biociência, biotecnologia, bioengenharia, convergindo com a nanotecnologia e as tecnologias da cognição, sugerem perspectivas de transformações radicais no mundo da vida. No da vida não-humana, um planeta geneticamente modificado, e mesmo redesenhado pela biologia sintética. No da vida humana, as transformações podem afectar os parâmetros fundamentais da sua condição.

11 DE MARÇO
Espaços de controlo
por Fernando Poeiras (ESAD Caldas da Rainha)
A expansão de tecnologias de vigilância e de segurança alterou o controlo social, introduzindo diferentes estratégias de biopoder. Como a distinção norma/desvio tende a ser substituída pela de normalidade/acidente e a coerção pela necessidade, o exercício do controlo social é reconfigurado.

CICLO DE CINEMA
Figuras da autópsia. A biopolítica no documentário contemporâneo
De 4 a 11 de Março de 2008
Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema

Grande Plenário de Professores e Educadores no dia 12 no Porto (Cinema Batalha, às 10h.30). Nota: as faltas são justificadas.Participa.

GRANDE PLENÁRIO DE PROFESSORES E EDUCADORES

12 DE FEVEREIRO DE 2008

10H30 no Cinema Batalha -- Porto

É TEMPO DE DIZER BASTA:

· A UM HORÁRIO DE TRABALHO SOBRECARREGADO

· A UMA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO BUROCRATIZADA

· A UM MODELO DE GESTÃO QUE DESQUALIFICA A PROFISSÃO DOCENTE

Para mostrar a nossa indignação

É IMPRESCINDÍVEL PARTICIPAR!

É NECESSÁRIO ESTARMOS INFORMADOS

Dinamiza na tua escola a participação dos professores neste plenário.

A justificação é feita ao abrigo da lei sindical.



JUSTIFICAÇÃO DE FALTAS -ESCLARECIMENTOS

1. Os professores e educadores necessitam de solicitar autorização para participar numa reunião sindical?

R.: Não! Nos termos do Decreto-Lei 84/99, de 19 de Março, compete à Direcção Sindical comunicar aos órgãos de gestão a realização da reunião, com a antecedência mínima de 24 horas. Os docentes podem, também, comunicar previamente a sua intenção de participar.

2. Podem ser impostas restrições à participação de docentes de uma mesma escola / jardim-de-infância?

R.: Não! Uma vez que não carece de autorização, a participação dos professores e educadores depende única e exclusivamente da sua vontade, contando, para todos os efeitos, como prestação efectiva de serviço docente.

3. Então os professores e educadores não têm de entregar nada no Conselho Executivo?

R.: Terão de entregar, mas apenas posteriormente, a justificação de falta que lhes é fornecida no final da respectiva reunião.

4. E terão os docentes de entregar, no Conselho Executivo, um plano de aula para poderem faltar?

R.: Não! Segundo o disposto no n.º 10, do Artigo 94º, do Estatuto da Carreira Docente,isso só acontecerá quando a falta depender de autorização, o que não é o caso dasfaltas dadas ao abrigo da Lei Sindical.

5. Quais os efeitos das faltas dadas ao abrigo da Lei Sindical?

R.: Estas faltas não têm quaisquer efeitos penalizadores para os docentes, seja em termos de carreira, seja em termos de avaliação de desempenho, etc. Assim, não há qualquer problema com a justificação das faltas dos professores, que continuam a beneficiar de um crédito de 15 horas, por ano lectivo, para actividade
sindical.

Conclusão:
Não há, pois, qualquer impedimento legal à sua participação neste Grande Plenário de rofessores e Educadores. No caso de lhe ser imposto qualquer obstáculo à participação no Plenário, contacte, de imediato, o SPN.
Portanto, participe! O que está em causa é o seu futuro profissional. É a sua vida!

NÃO PODE ALHEAR-SE DESSE FUTURO!
DÊ VOZ AO SEU PROTESTO,
À SUA REVOLTA E À SUA INDIGNAÇÃO!