2.1.08

A contestação ao Rali Lisboa-Dakar começa a surtir efeito: o Mali rejeitou a travessia do seu território pela caravana dos carros assassinos


A edição deste ano de 2008 do rali Lisboa – Dakar já não atravessará o território do Mali. Com efeito, as autoridades daquele país recusaram este ano a passagem dentro das suas fronteiras do Rali mais estúpido do mundo, obrigando a organização a rever os percursos contra a sua vontade. A notícia é tanto mais importante e significativa quanto se sabe que o Mali é um dos países mais pobres do mundo e nos últimos 22 anos a organização do Rali sempre se mostrou pródiga em «ajuda humanitária» a este país que, não obstante, e num gesto de grande dignidade, veio desta vez a rejeitar tais benesses em nome da vida das suas populações ( as crianças sempre foram as principais vítimas dos múltiplos acidentes) e do respeito pelo habitat natural. Uma tal decisão constitui uma derrota histórica para a organização do rali, que tem tentado dissimular o incómodo que lhe provocou aquela recusa, minimizando o facto e ocultando ou silenciando as razões que explicam a rejeição do Mali em ser invadido pela caravana dos bólides e das máquina assassinas deste triste espectáculo da toda-poderosa indústria automóvel



Crítica ao rali feita por desenhadores








Paródia ao rali ao relatar as surpresas de supostos pilostos africanos nos campos dos países europeus