27.12.07

Coisas que me irritam...

Coisas que me irritam...

O Salário de Vítor Constâncio (como presidente do Banco de Portugal, e cujo vencimento é até superior ao do presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos) e a sua grande lata quando pede "contenção salarial"

O pretexto sempre invocado da falta de produtividade dos trabalhadores para explicar a incompetência dos gestores e a ineptidão das elites lusas

A esperteza saloia de Sócrates em vangloriar-se com um título e uma formação académica que nunca teve


A impunidade dos ricos em Portugal e a imunidade que gozam as grandes fortunas, apesar dos meios fraudulentos usados para as aumentar

O despudor e a inépcia dos sucessivos governos da direita conservadora

A resolução do problema do défice orçamental à custa dos direitos e da dignidade dos mais carenciados

A eleição para Presidente da República do principal responsável ( Cavaco Silva) pelo défice orçamental das contas públicas do Estado português

A promoção de um criminoso de guerra (Durão Baroso), e cúmplice da invasão norte-americana de um país soberano como era o Iraque, para Presidente da Comissão Europeia !!!

A futebolização do país

O amorfismo da juventude em geral, mas em especial dos estudantes

O poder oculto da Igreja, a obsessão sacrílega pelas aparições de Fátima e o elitismo serôdio da Universidade Católica

O poder tentacular do maior merceeiro português ( Belmiro de Azevedo e a fábrica de fazer dinheiro com o comércio retalhista do seu hipermercado)

O provincianismo cultural

A inércia, o fatalismo e a passividade geral do povo português

O Processo de Adultério de Camilo Castelo Branco - por António Rebordão Navarro


Conferências do Passeio Alegre

Estas conferências - que dão origem aos cadernos do mesmo nome - são intervenções, lidas ou não, diversas no tema e na maneira, em que assunto, ou orador, ou público, ou sítio da sessão, têm um fio de ligação, ainda que ténue, com a bela e milenar terra da Foz do Douro.

Repor a antiga e nobre tradição portuense de levar as elites intelectuais e sociais a falar aos cidadãos agrupados em torno das colectividades locais ou em lugares públicos é um dos objectivos destas conferências e, por extensão, dos cadernos.


Juro que sou Sou Suspeito - O Processo de Adultério de Camilo Castelo Branco

por

António Rebordão Navarro

o conferencista será apresentado pelo poeta Albano Martins

28 de Dezembro de 2007, sexta-feira, às 18,30,

no Restaurante Gilreu, Rua de S. Bartolomeu
(entre a Rua da Senhora da Luz e a Rua Coronel Raul Peres – Estrada Nova), 20, Foz

Pode reservar jantar a seguir à conferência pelo n° tel. 226 186 290


informação obtida junto do blogue:
http://culturanoporto.canalblog.com/

Mostra documental sobre Augusto Abelaira ( escritor, 1926-2003) na Biblioteca Nacional



MOSTRA DOCUMENTAL

de 29 de Novembro de 2007 a 9 de Fevereiro de 2008

na Biblioteca Nacional - Sala de Referência Entrada Livre

Augusto Abelaira 1926 – 2003

Esta mostra visa dar a conhecer o espólio de Augusto Abelaira (1926-2003), doado à BNP em 2004, reconstituindo, a partir dos materiais existentes no acervo, o seu percurso pessoal e literário. O espólio inclui fundamentalmente manuscritos do autor, correspondência recebida e documentos biográficos. A viagem através dos papéis do autor de A Cidade das Flores – romance marcante da década de 60 –, permitirá entrar nos bastidores da construção da sua obra literária (ficção e teatro), conhecer o seu laboratório de escrita, assim como acompanhar o seu percurso enquanto jornalista e cronista.




Augusto Abelaira, nascido a 18 de Março de 1926, em Ançã (Cantanhede ), passou a sua infância entre os Açores e o Porto, fixando-se em Lisboa em 1943. Licenciou-se em Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (1953), depois de uma curta passagem pela Faculdade de Direito, apresentando uma tese, ainda inédita, sobre Garcia da Orta. Foi professor durante alguns anos, tendo-se dedicado posteriormente apenas à escrita, ou como jornalista ou como ficcionista e dramaturgo e mais esporadicamente como tradutor. Desempenhou alguns cargos, entre outros: director das revistas Seara Nova (1969-1973) e Vida Mundial (1974-1975), director adjunto de programas na RTP (1976) e presidente da Associação Portuguesa de Escritores (1978-1979).

Cedo se iniciou na política e na escrita literária, como o atestam os materiais existentes no espólio, de que se dá conta nesta exposição: jornais infantis, poesias, contos, peças de teatro. Sabe-se que em criança também ensaiou argumentos para filmes.

A sua estreia literária data de 1947 com um pequeno ensaio «Sinceridade e falta de convicções na obra de Fernando Pessoa» (Mundo literário, nº 51, 25 Abr. 1947), embora em 1945 uma poesia sua (género que cedo abandonou) já tivesse aparecido na imprensa (Primeiro de Janeiro, 11 Jul. 1945).

Os seus primeiros romances, que datam dos anos 40, permanecem até hoje inéditos, tendo sido recusados pelas editoras da época: Lugar-geométrico, Beco sem saída e Os anos Inúteis. Recusado também pelas editoras, mas neste caso por razões políticas, A Cidade das Flores foi publicado em edição de autor (1959), tendo sido sucessivamente reeditado ao longo dos anos (a última em 2004). É de salientar que as primeiras edições sofreram significativas alterações, ou mesmo reescrita, como pode ser visto nos exemplares existentes no espólio. Romance que marcou toda uma geração, Florença, cidade onde se situa a narrativa, tornou-se uma «cidade abelairiana», como lhe chamam numerosos leitores e amigos que ao longo da vida lhe vão enviando notícias dessa «cidade das flores».

Como ficcionista publicou 11 obras, tendo o seu último romance (Nem só mas também) sido publicado postumamente. Foi distinguido com vários prémios literários: Boas intenções (1963) recebe o Prémio Ricardo Malheiros da Academia das Ciências; Sem texto entre ruínas o Prémio Cidade de Lisboa; Enseada amena (1966) o Prémio de Romance do IV Encontro da Imprensa Cultural e Outrora agora (1996) os seguintes prémios: Grande Prémio de Romance e Novela APE/IPLB, Prémio da Crítica da Associação Portuguesa dos Críticos Literários, Prémio Municipal Eça de Queiroz, da C.M.L. e o Prémio P.E.N. Clube Português de Ficção.

Como dramaturgo publicou três peças de teatro, uma delas – A palavra é de oiro (1961) – foi proibida de representação pela Comissão de Exame e Classificação dos Espectáculos.

Como jornalista foi colaborador da imprensa diária (Diário Popular, Diário de Lisboa) e de numerosas revistas (Almanaque; Gazeta Musical e de todas as Artes; Vértice; Seara Nova). Foi também cronista de O Jornal (1978-1992) e do JL ( 1981-1996), com as colunas intituladas, respectivamente, «Escrever na água» e «Ao pé das letras» .

A sua intervenção política data dos tempos da Faculdade (MUD Juvenil), tendo integrado os movimentos de oposição ao regime. Em 1965 foi preso por alguns dias juntamente com outros membros do júri que atribui o Prémio da Novelística da Sociedade Portuguesa de Autores a Luandino Vieira, na altura preso no Tarrafal.
Os cafés são locais privilegiados em Abelaira, locais de convívio e locais de escrita. Fez parte das tertúlias dos cafés «Bocage», «Chiado», «Monte Carlo», entre outros, e mais tarde da «Nobreza» (a figura de Carlos de Oliveira sempre presente mesmo quando já ausente) e da «Cister». Outros cafés (como o «Caleidoscópio» nos últimos tempos) estavam particularmente vocacionados para a escrita («a primeira fase consiste em escrever, escrever para a frente»), porque as fases seguintes, de reescrita e montagem, têm de ser em casa («seria preciso andar com uma mala e espalhar muitos papéis»), mas o café é também local de observação: estou a observá-la, embora não com os olhos, mas com uma esferográfica, uma esferográfica azul, cilíndrica, macia, a observá-la e a procurar adivinhar quem ela é (ela, mulher subitamente desconhecida, letra a letra se esclarecendo enquanto estas páginas se escurecem). (Bolor, Bertrand, 1968, p. 14)

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Horário de visita à exposição: 2ª a 6ª-feira – 10H00 às 19H00
Sábado – 10H00 – 17H00
Encerra domingos e feriados


Mais informações
através do endereço rel_publicas@bn.pt

ou dos tels.:
21 798 2124 / 21 798 2428
http://www.bn.pt/agenda/evento-abelaira.html


Manifesto do Partido Surrealista Situacionista Libertário de apoio à candidatura de António Pedro Ribeiro à Câmara do Porto

MANIFESTO DO PARTIDO SURREALISTA SITUACIONISTA LIBERTÁRIO PELA CANDIDATURA DE ANTÓNIO PEDRO RIBEIRO À CÂMARA DO PORTO


O poeta mijou na àrvore de Natal do Rio
o poeta plantou uma árvore mais alta da Europa
em todas as esquinas da cidade do Rio
o Rio prostitui-se na esquina

O Rio e o La Féria ocuparam o Rivoli
o poeta vomitou, em fúria,
as peças do La Féria
O Rio engoliu o vomitado
e masturbou-se no túnel
o poeta mijou no Rio
o Pai Natal e as renas
enrabaram o La Féria
As renas voaram com o poeta
o Pai Natal comeu o BCP
o PCP mantém-se marxista-leninista

O espírito do Natal mantém-nos juntos
o espírito do Natal está nos bancos
o Rio é o Pai Natal
a àrvore mais alta da Europa
é patrocinada pelo BCP
o poeta mija na árvore, na Europa e no BCP
o PCP mantém-se marxista-leninista
o poeta mantém-se surrealista
o Rio faz uma pirueta
e cai ao rio Douro
o La Féria enforca-se
na árvore mais alta da Europa
O PSSL ocupa a Câmara.

Porto, 24. Dez.2007


António Pedro Ribeiro e o Partido Surrealista Situacionista Libertário (PSSL) apresentaram o manifesto e a candidatura à Câmara Municipal do Porto na passada quarta-feira, dia 26 de Dezembro, pelas 23,30 horas no Bar Púcaros no Porto (à Alfândega).

António Pedro Ribeiro ou A. Pedro Ribeiro acaba de lançar o livro "Um Poeta a Mijar" (Corpos Editora) e tem publicados "Saloon" (Edições Mortas, Março 2007), "Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro. Manifestos do Partido Surrealista Situacionista Libertário" (Objecto Cardíaco, 2006), "Sexo, Noitadas e Rock n' Roll" (Pirata, 2004) e "À Mesa do Homem Só. Estórias" (Silêncio da Gaveta, 2001).

Nasceu no Porto em Maio de 1968, tendo sido pré-candidato à Presidência da República em 2005.
Foi acusado de derrubar a estátua do Major Mota na Póvoa de Varzim em 2003 por motivos políticos e há 20 anos que diz regularmente poesia.

É vocalista das bandas Mana Calórica (
www.myspace.com.manacalorica ) e Las Tequillas e é sociólogo.

Disse poesia ao lado de Adolfo Luxúria Canibal no Festival de Paredes de Coura de 2006.

O PSSL está em vias de legalização.


http://partido-surrealista.blogspot.com









Manifesto anti-Rio

por Eduardo Faria
retirado de
O quotidiano da miséria




O Rio, não é rio!......
O Rio, é um esgoto a céu aberto!
O Rio na cabeça tem um deserto!
O Rio não é um burocrata!......
O Rio é um burro que farta!
O Rio bem podia ter ido desaguar ao raio que o parta!
O Rio é uma vergonha de presidente!
O Rio é um indigente!
O Rio é completamente demente!......
E quem deixa a sua cidade se representar pelo Rio, não é filho de boa gente!
O Rio tem de se tratar!
O Rio não se trata num centro hospitalar!...
... O Rio trata-se numa, (muito boa), ETAR!
O Rio polui tudo por onde passa!
O Rio matou a praça!...
... O Rio é a verdadeira desgraça!
O Rio cheira mal!O Rio é animal!
O Rio é irracional!...
... E uma cidade conduzida por tal, Rio, será certamente, (e muito em breve), a vergonha de Portugal!
O Rio odeia o criativo!
O Rio é radioactivo!
O Rio não passa de um espermatozóide que encontrou um furo no preservativo!
O Rio é um asno que ri!
O Rio faz xixi por um pipi!
O Rio quer nos matar o Rivoli!
O Rio está armado em ditador!
O Rio não é um ponto negro, é um tumor!
O Rio é um estupor!
O Rio é um insecto!
O Rio é abjecto!
O Rio é um dejecto!
Se estais com pena do Rio, eu digo-vos... não estejais!
Porque o Rio é tudo isto e muito mais!
O Rio usa a clausula para tentar calar!
O Rio é horrível de se cheirar!...
... O Rio é igual ao resultado de defecar!
O Rio diz-se Dão!...
... Mas o Rio é Nabão!...
... Porque o Rio é Cabrão!
O Rio no intimo usa purpurina!
O Rio senta-se quando urina!
O Rio é pior de que o Katrina!...
... Uma cidade com um Rio destes a governar transforma-se numa latrina!
O Rio é um primata!
O Rio é um pirata!...
... O Rio faz mal à saúde e mata!
O Rio é um inculto!
O Rio é um insulto!...
... Por isso o Rio não merece o indulto!
O Rio é oleoso!
O Rio é piolhoso!
O Rio é mentiroso!...
... E se o povo voltar a eleger o Rio será para sempre um povo piroso!
O Rio gosta de corridas na Boavista!
O Rio não usava selim se fosse ciclista!
O Rio é um grande fascista!
O Rio é um reaccionário!
O Rio é um salafrário!
O Rio é um caudilho retardatário!
O Rio quer impor uma ditadura!
O Rio é contra a cultura!
O Rio é o fluxo que nos sai do corpo quando estamos de soltura!
O Rio é ruminante e só come aveia!
O Rio não tem massa cinzenta, tem areia!
O Rio não nasceu de um parto, nasceu de uma diarreia!
O Rio não merece PAM nem PIM!...
...O Rio só merece PUM!
E se um dia o Rio que é Rui vos quiser chatear,
Só tendes uma solução!... Usai da diplomacia e mandai-o fazer-se montar!