6.5.07

Como a mini-saia subverteu o moralismo tradicionalista imposto por Salazar às mulheres portuguesas

No início dos anos 60 o aparecimento da mini-saia um pouco por todo o lado veio a minar a moralidade dominante e a subverter todo o tradicionalismo conservador e reaccionário que Salazar e os seus comparsas do integralismo lusitano, com o Cardeal Cerejeira à frente, quiseram impor aos portugueses ao longo da sua ditadura que começou com o golpe militar a partir de 1926 e se consolidou com o regime do Estado Novo da Constituição Corporativa de 1933

O modelo da mulher doméstica ( e domesticada), dona de casa e submetida ao marido ( definido como o cabeça-de-casal), começou a ser posto em causa e com ele a tríade da moral e da ideologia salazarista do «Deus, Pátria e Família»


A geração bay-boom do pós-Guerra tinha atingido a adolescência e pretendia romper os arquétipos morais e ideológicos que moldaram as mentalidades e os costumes das épocas passadas. A música, o corpo e a indumentária serviram perfeitamente para esse objectivo. O rock (com o seu ritmo endiabrado), a dança lasciva que a acompanhava, e as roupas leves foram o sinal premonitório para as lutas emancipadoras pela liberdade de costumes e de ideias que se prologaram pelos anos seguintes.
Portugal, apesar da censura e dos apertados controles da ditadura de Salazar, não foi excepção ao vento que soprava por maior liberdade.

Ver o vídeo sobre o assunto:


É possível combater o aquecimento global: novos estilos de vida podem melhorar clima

Alterações nos comportamentos do dia-a-dia podem contribuir para combater o aquecimento global: comer menos carne (por exemplo, segundo os cálculos efectuados, um quilo de bife corresponde a 3,7 quilos de CO2


Pequenas alterações nas rotinas diárias de cada pessoa, como o uso de transportes públicos, podem corresponder a uma diminuição significativa do fenómeno climático do aquecimento global. Pelo menos, é isso o que afirmam o grupo intergovernamental de especialistas da evolução do clima (GIEC) que esteve reunido esta semana em Banguecoque.
Das medidas aconselhadas no relatório fazem parte o recurso aos transportes públicos, em detrimento de carro próprio, a regulação adequada da temperatura nos ecritórios ou nas casas climatizadas e até a redução do consumo de carne. «Se as pessoas comessem menos carne, não só estavam a contribuior para uma alimentação mais saudável, como para a redução de emissões geradas pela criação bovina», refere o presidente da GIEC, Rajendra Pachauri.
Os presentes concluíram, de resto, pela necessidade de se introduzirem mudanças significativas no actual padrão de vida da população dos países ditos desenvolvidos de forma a que o estilo de vida não seja prejudicial para o meio ambiente



Controlar emissões de dióxido de carbono custaria 0,12 por cento do crescimento económico anual

Combater as alterações climáticas é urgente, possível e relativamente barato. É esta a principal conclusão de mais um relatório da ONU sobre o problema do aquecimento global, divulgado ontem em Banguecoque.
É o último volume de uma trilogia de relatórios concluída este ano pelo Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), criado em 1988 e que a cada cinco ou seis anos passa a pente fino tudo o que se sabe sobre o tema.O novo relatório conclui que as emissões de gases que estão a aquecer o planeta - como o dióxido de carbono - subiram 70 por cento entre 1970 e 2004. E poderão aumentar mais 25 a 90 por cento até 2030, se nada for feito.

Não faltam opções para inverter este quadro. O relatório diz que "existe um significativo potencial para mitigar as emissões de gases com efeito de estufa nas próximas décadas, compensando o crescimento projectado das emissões globais ou reduzindo-as abaixo dos níveis actuais".

A acção tem de ser imediata, diz o IPCC. Para limitar a 2,0 graus Celsius o aumento da temperatura global até 2100 - valor usualmente defendido como tolerável -, as emissões só podem continuar a subir até 2015. Depois, têm de começar a descer. Em 2050, terão de ser 50 a 85 por cento menores do que em 2000.
São números gordos, mas, na avaliação do IPCC, a factura não é muito elevada. Seria preciso abdicar de 0,12 por cento do crescimento anual da economia global. O PIB mundial cresceria três por cento a menos até 2030 e 5,5 por cento a menos até 2050."É um prémio baixo a pagar para reduzir o risco de grandes prejuízos pelo clima", disse Bill Hare, assessor da organização ambientalista Greenpeace, citado pela Reuters. "Podemos limitar e reduzir as nossas emissões de dióxido de carbono sem destruir a economia mundial", comentou Yvo de Boer, secretário-geral da Convenção Quadro para as Alterações Climáticas, da ONU.
O relatório do IPCC faz um balanço das opções para a redução de emissões. Mas um caminho claro está dependente de negociações que definam qual o esforço que deve ser feito e por quem. Os Estados Unidos, o maior poluidor do planeta, recusam-se a aceitar limites para as suas emissões e estão a apostar forte no desenvolvimento de tecnologias limpas.
"É ingénuo acreditar que o mero desenvolvimento de tecnologias em laboratórios será a solução. A não ser que haja um pacote de políticas, que haja forças de mercado, neste caso representadas pelo preço do carbono", disse porém o presidente do IPCC, Rajendra Pachauri, numa conferência de imprensa em Banguecoque.
Do rol de alternativas apontadas pelo IPCC consta a energia nuclear. "Mas a segurança, a proliferação de armas e os resíduos permanecem como obstáculos", diz o relatório.


Desafios e oportunidades identificados no relatório

Transportes
Sózinhos, os instrumentos de mercado, incluindo o preço dos combustíveis, não terão grande influência na redução de emissões. Também o efeito positivo dos veículos mais eficientes esbarra nas preferências dos consumidores por carros maiores e mais potentes. Utilização de transportes de massa é a aposta mais certa. Na calha está a segunda geração de biocombustíveis, aviões mais eficientes e melhores carros eléctricos e híbridos.
Edifícios
Cerca de 30 por cento das emissões associadas aos edifícios podem ser evitadas até 2030, sem custos, pelo contrário, com poupanças para o cidadão. Há tecnologias disponíveis no mundo todo: lâmpadas de baixo consumo, electrodomésticos mais eficientes, painéis solares, melhores materiais de construção. Espera-se também uma disseminação maior de edifícios inteligentes e da geração doméstica de electricidade.
Indústria
Existem muitas opções disponíveis para reduzir as emissões das indústrias que consomem muita energia. Mas elas não estão a ser utilizadas tanto quanto poderiam. Reduções significativas podem ser obtidas pela reconversão das unidades mais antigas. Para as próximas décadas, aposta-se no armazenamento subterrâneo do dióxido de carbono das fábricas, além de mais avanços na eficiência energética.
Florestas
É possível reduzir emissões nas florestas e aumentar a sua capacidade de absorver CO2. Cerca de 65 por cento do potencial está nos trópicos, metade do qual reduzindo a desflorestação. Até 2030, conta-se com o desenvolvimento de espécies mais produtivas de árvores e também com melhores sistemas de monitorização das alterações de uso do solo e do carbono retido nos sistemas florestais.
Energia
Difusão ampla de tecnologias mais limpas pode levar décadas. Reduzir a procura, através de mais eficiência energética, é mais barato e eficaz. Renováveis podem chegar a 30-35 por cento da electricidade consumida. Nuclear pode ajudar, mas há restrições quanto à segurança, proliferação de armas e resíduos. Tecnologias em estudo incluem armazenamento subterrâneo do dióxido de carbono produzido em centrais térmicas.
Fonte: JN e Público

Alguns exemplos da repressão policial em Portugal nos últimos anos

Para a história da repressão policial contra lutas perfeitamente legítimas da população


A repressão e a ocupação policial contra os trabalhadores da Lisnave em 1983 quando estes se manifestavam contra os seus salários em atraso




Repressão policial contra o buzinão da ponte de 25 de abril

3º Curso Livre de Cooperativismo e Economia Social

O Centro de Estudos Cooperativos da
Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra organiza:
(HTTP://WWW4.FE.UC.PT/CEC)

3º CURSO LIVRE DE COOPERATIVISMO E ECONOMIA SOCIAL

de 25 de Maio a 30 de Junho de 2007
Sextas-feiras, 14.30-19.00
Sábados, 10.00-13.00

Local: FEUC

Objectivos
Neste curso, vão ser estudados alguns dos aspectos do cooperativismo e da economia social com maior relevância actual. Discutir-se-á também o conceito de economia solidária, valorizando-se particularmente a experiência brasileira.
As práticas cooperativas serão analisadas em conjugação com outras experiências de solidariedade social, sejam elas protagonizadas por mutualidades, por associações ou por fundações.
A especial atenção sobre o funcionamento destas organizações não impedirá a evocação de algumas problemáticas mais genéricas, em cujo contexto se afirmam com especial energia as virtualidades do cooperativismo e da economia social.
O natural relevo do que se passa em Portugal não levará ao esquecimento do que ocorre na Europa e no mundo.



Programa
1. Conferências de Abertura
[ 6ª feira - 25 de Maio – 14 h 30 ]
- A formação para o terceiro sector ─ um projecto pioneiro: a Universidade Cooperativa Europeia.
- Dr. Manuel Canaveira de Campos
(Pres. do Instituto António Sérgio do Sector Cooperativo – INSCOOP)

- Economia Solidária no Brasil : conceitos e práticas.
- Prof. Doutor Paul Singer
(Secretário Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho do Brasil . Universidade de São Paulo).

2. Outras Conferências
- Santa Casa da Misericórdia de Lisboa: um exemplo e um desafio.
- Dr. António Santos Luís ( Adjunto da Mesa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa). [ Sábado - 2 de Junho – 10 h 30 ]
- A qualidade em organizações da área social
- Prof.ª Dr.ª Glória Antunes( Instituto Politécnico de Setúbal). [ Sábado - 16 de Junho – 10 h 30]
- A estratégia europeia para o emprego e a economia social.
- Prof.ª Doutora Margarida Antunes (Centro de Estudos Cooperativos da FEUC). [ Sábado - 23 de Junho – 10 h 30 ]
- As cooperativas sociais em Espanha
- Prof.ª Doutora Gemma Fajardo Garcia (Universidade de Valência). [ 6ª feira - 29 de Junho – 14 h 30 ]
- O papel das empresas sociais na criação do próprio emprego
- Prof. Doutor Pedro Hespanha (FEUC e Centro de Estudos Sociais). [ 6ª feira - 29 de Junho – 16 h 45 ]

3. Módulos Temáticos
1. A identidade cooperativa e a economia social ─ tensões e sinergias
- Prof. Doutor Rui Namorado (Centro de Estudos Cooperativos da FEUC e Centro de Estudos Sociais). [ 6ª feira – 1 de Junho – 14 h 30 ]

2. Algumas particularidades contabilísticas das organizações sem fim lucrativo.
- Prof.ª Doutora Ana Maria Rodrigues (Centro de Estudos Cooperativos da FEUC). [ 6ª feira - 1 de Junho – 16 h 45 ]

3. Quadros jurídicos do cooperativismo e da economia social .
- Prof. Doutor Rui Namorado (Centro de Estudos Cooperativos da FEUC e Centro de Estudos Sociais)
[ 6ª feira - 15 de Junho – 14 h 30 ]

4. Princípios da gestão pela qualidade total e sua aplicação no terceiro sector.
- Prof.ª Doutora Patrícia Moura e Sá (Centro de Estudos Cooperativos da FEUC). [ 6ª feira - 15 de Junho – 16 h 45 ]

5. Contrato social e psicológico: compromisso e desempenho no terceiro sector.
- Prof.ª Doutora Teresa Carla Oliveira (Centro de Estudos Cooperativos da FEUC) . [ 6ª feira - 22 de Junho – 14 h 30 ]

6. As iniciativas do terceiro sector para o desenvolvimento local.
- Dr. Bernardo Campos (Com. de Coordenação da Região Centro e Centro de Estudos Cooperativos da FEUC). [ 6ª feira - 22 de Junho – 16 h 45 ]

4. Experiências Vivas do Cooperativismo e da Economia Social
[ Sábado, 30 de Junho – 10 h 00 ]
- Dr. Fernando Martinho (UNINORTE- União Cooperativa Polivalente da Região Norte).
- Sr. Manuel Ferreira (AMAVE – Associação de Municípios do Vale do Ave).
- Dr. Mário Aboim ( FENACERCI – Federação Nacional de Cooperativas de Solidariedade Social).

Duração: 30 horas

Preço: 150 Euros ; 75 Euros ( para Estudantes).
(inclui material de apoio)

Certificado de participação no Curso:
Será passado certificado de participação a quem assistir, pelo menos, a 2/3 das aulas.

Inscrição (Data limite: 15 de Maio de 2007)

APEU - Associação Para Extensão Universitária
Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra
Unidade de Estudos e Projectos
Av. Dias da Silva, 165 •3004-512 COIMBRA • PORTUGAL
Telef.: +351 239 790 500 - ext. 411 • Fax: +351 239 790 514
Email: apeu@fe.uc.pt

Mais info:
http://www4.fe.uc.pt/apeu/curso_cooperativismo3.htm

Acentuada queda da natalidade no concelho do Porto

Entre 1991 e 2005, o Porto passou de 302.472 habitantes para 233.465.
O declínio demográfico de cerca de 69 mil residentes é explicado pela diminuição da taxa de natalidade, mas a crescente mudança de residência dos jovens casais para a periferia faz grande parte da diferença.

“O declínio demográfico e o acentuado envelhecimento da população são os principais traços da evolução do Porto nos últimos 20 anos”. A conclusão consta de um trabalho de análise realizado pelo Gabinete de Estudos e Planeamento (GEP) da Câmara do Porto – que contou com o apoio do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) – na sequência de uma moção apresentada pela CDU e aprovada em finais de Setembro do ano passado pelo executivo municipal. O estudo denominado «Notas sobre a Evolução Demográfica do Concelho do Porto [1991-2005]» especifica que a quebra populacional teve início nos anos 80, cifrando-se em 8 por cento, e agravou-se na década de 90.

Nos Censos de 2001, a população residente era de 263.131 contra 302.472 em 1991 (decréscimo foi de cerca de 13 por cento). Entre 2001 e 2005, a tendência de diminuição manteve-se, tendo o Porto passado de uma situação em que tinha 263.131 residentes para um valor populacional de 233.465. Ou seja, em quatro anos, a cidade perdeu 29.666 mil habitantes (inclui-se aqui o saldo natural - óbitos - que foi de 4.000 indivíduos), o que significa cerca de 20 habitantes a menos por cada dia que passou. Neste cenário, há ainda a considerar que entre 1991/05 e 2001/5 (em 10 anos) os nados vivos passaram de 15.982 para 11.368, ou seja, a taxa de natalidade reduziu de 11 por cento para 9,2. Já a taxa de mortalidade aumentou, situando-se em 2001 em 12,3 por cento. Como consequência, o crescimento natural acabou por ser negativo e superou nos cinco anos, entre 2001/5, o valor da década de 90.


A crescente perda de população, principalmente de casais jovens, pode ser explicada pelos “elevados custos da habitação no Porto e a oferta crescente de novas habitações na periferia”. No entanto, é ressalvado, tal não significa que a mudança de residência afecte o vínculo que as pessoas têm à cidade, uma vez que a maioria mantém o seu trabalho e local de estudo na Invicta. O estudo conclui que apesar de o Porto perder a sua importância ao nível da função residencial, “continua a desempenhar um papel chave como local privilegiado de concentração de serviços, de actividades económicas, educativas, culturais, de emprego qualificado, de centros de investigação, que atraem uma população flutuante que faz com que o Porto movimente ao longo do dia cerca de meio milhão de pessoas”.


No relatório, pode ler-se ainda que em 2001 o concelho concentrava cerca de 218 mil postos de trabalho, dos quais 133 mil correspondem a empregados residentes noutros concelhos. A cidade absorvia mais de um terço do emprego total do Grande Porto.

Tendo em conta o declínio populacional, o estudo do GEP da autarquia revela que a sua inversão “é um desafio exigente, em tempo e recursos, difícil de vencer e que, no actual quadro de atribuições e competências, escapa à intervenção do município”. Porém, a este compete-lhe nomeadamente tratar de facilitar condições atractivas que passam pela revitalização do edificado e recuperação da função residencial.

Fluxos entre 1995 e 2001

Ao analisar os fluxos de entradas e saídas do Porto entre 1995 e 2001, o estudo constata que as saídas corresponderam a cerca do dobro das entradas, tendo tal facto resultado numa perda efectiva de 21.300 habitantes. Naquele período mudaram-se para outros concelhos 41.497 pessoas, vieram de outros municípios para o Porto 17.074, do estrangeiro chegaram 3.126 imigrantes, e mudaram de freguesia de residência na Invicta 26.076 pessoas. Neste último item, destaque-se que Paranhos e Ramalde captaram 39 por cento do movimento interno. Já a maioria, 45 por cento, dos imigrantes que fixaram residência no município do Porto provinham do Grande Porto, mas as freguesias do Centro Histórico apenas conseguiram atrair 3,4 por cento destas pessoas.
Sobre os que saíram da cidade para outros concelhos, saliente-se que grande parte optou por ir residir em Vila Nova de Gaia e Gondomar. Curioso é verificar que dos emigrantes 51 por cento (13.000) desloca-se diariamente para o Porto para trabalhar ou estudar. “Esta situação é bem evidente no caso dos concelhos de Gondomar, Matosinhos e Vila Nova de Gaia”, é observado. Em contraposição, apenas 29 por cento dos que foram residir para concelhos limítrofes trabalham ou estudam na cidade para onde mudaram morada.
Quanto ao nível de instrução da população que imigrou para o Porto, esta apresentava em 2001 níveis académicos mais elevados do que a que saiu da cidade e mais ainda do que a que se manteve. Do total de entradas, 26 por cento são pessoas com ensino médio ou superior. Já do total de saídas e dos que mantiveram residência, aquele índice baixou para 19 e 15 por cento, respectivamente.

NúmerosPopulação residente
•2005 – 233.465
•2001 – 263.131
•1991 – 302.472

Entradas e saídas entre 1995 e 2001
• Residentes no Porto provenientes de outros concelhos - 17.074
• Residentes no Porto vindos do Estrangeiro - 3.126
• Pessoas que saíram do Porto para outros concelhos - 41.497
• População que mudou de freguesia dentro do Porto - 26.076


• Entre 1991/05 e entre 2001/5 (em 10 anos) os nados vivos passaram de 15.982 para 11.368

• Taxa de mortalidade em 2001 – 12,3 por cento

• Em 2001 o concelho concentrava cerca de 218 mil postos de trabalho, dos quais 133 mil correspondem a empregados residentes noutros concelhos. A cidade absorvia mais de um terço do emprego total do Grande Porto


Importância do custo da habitação
Na tomada de decisão para a mudança de residência do Porto para concelhos limítrofes parece pesar muito o factor do custo da habitação. Ao analisar esta situação, o estudo refere em primeiro lugar que a “esmagadora maioria” da população que saiu do Porto (cerca de 80 por cento) foi residir para casa própria. O contrário verificou-se em relação aos novos residentes chegados ao Porto entre 1995 e 2001, sendo a percentagem de proprietários 63 por cento. Também os arrendamentos têm maior expressão entre os que fixaram residência na Invicta. Ao examinar os encargos com a habitação, o GEP constatou que estes são “significativamente superiores” na população que fixou residência no Porto, na ordem dos 15 a 18 por cento (compra e renda, respectivamente), em relação aos suportados por aqueles que optaram por mudar de concelho. “Esta constatação é perfeitamente congruente com a ideia apresentada em muitos inquéritos realizados de que uma das principais razões deste movimento migratório se prende com os preços do mercado da habitação e dos solos na cidade quando comparados com os praticados nos concelhos vizinhos”, indica o relatório. A título de exemplo, refira-se que em 2001 os que estabeleceram residência em casa por si comprada no Porto após 1995 tinham encargos mensais médios de 488 euros. A renda média dos que optaram por arrendar era de 330 euros/mês. Já os emigrantes pagavam pela aquisição aproximadamente 425 euros/mês e pelo arrendamento cerca de 275 euros. “O Porto destaca-se como o concelho com o custo de aquisição de casa mais elevado”, é sublinhado no trabalho que complementa que a Maia e Valongo tiveram um crescimento exponencial do parque habitacional com aumentos superiores a 50 por cento entre 1994 e 2004.
Fonte: jornal O Primeiro de Janeiro