28.2.06

Nós somos contra todas as guerras. Todas as guerras são contra nós


Jornada de acção internacional dos anarquistas contra a guerra
( 18 de Março de 2006)
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Nós somos contra todas as guerras.
Todas as guerras são contra nós
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Foi convocada pela IFA ( Internacional das Federações Anarquistas) uma jornada de acção internacional contra a guerra que pretende reunir todas e todos quantos se insurgem e lutam contra o militarismo em todos os níveis das nossas sociedades.
Convidam-se assim todos os colectivos para, a nível local, levarem a cabo nesta data iniciativas de modo a recordar o início da guerra contra o Iraque há 3 anos atrás..
Infelizmente,esta não é apenas a única guerra. Permanentemente as nossas vidas são invadidas pela omnipresença de forças armadas, de elementos armados, de polícias de choque, de bandos violentos.
Em 2006 a questão da construção da paz no mundo está, mais do nunca, na ordem do dia. Sob o pretexto de defenderem os direitos humanos e de lutar pela democracia e contra o terrorismo, os Estados mais poderosos do mundo inteiro continuam a perpetrar crimes contra as populações e o ambiente.
Como se isso não fosse suficiente, à custa das suas próprias economias os exércitos e as forças armadas dos Estados, em especial, dos Estados mais poderosos ( e prepotentes) do mundo parasitam os orçamentos sociais, assim como absorvem somas cada vez mais avultadas aplicadas na pesquisa científica.
Por isso, é chagada a altura das populações de todas as partes do mundo fazerem ouvir a sua voz a favor do desarmamento e da paz no mundo inteiro.
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Para mais info:

Recordar Rosalinda ( canção de Fausto) em Ferrel, 30 anos depois


"...E em Ferrel, lá para Peniche,
vão fazer uma Central
que para alguns é nuclear,
mas para muitos é mortal.
Os peixes hão-de vir à mão,
um doente, outro sem vida,
não tem vida o pescador.
Morre o sável e o salmão,
"Isto é civilização",
assim falou um senhor.
Tem cuidado,
Rosalinda,
se tu fores à praia,
se tu fores ver o mar,
cuidado não te descaia
o teu pé de catraia
em óleo sujo à beira-mar...".

(excerto retirado da letra da canção de Fausto «Rosalinda»)

Reprodução do texto integral da letra da canção:
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ROSALINDA


Rosalinda
se tu fores à praia
se tu fores ver o mar
cuidado não te descaia
o teu pé de catraia
em óleo sujo à beira-mar

a branca areia de ontem
está cheiinha de alcatrão
as dunas de vento batidas
são de plástico e carvão
e cheiram mal como avenidas
vieram para aqui fugidas
a lama a putrefacção
as aves já voam feridas
e outras caem ao chão

Mas na verdade Rosalinda
nas fábricas que ali vês
o operário respira ainda
envenenado a desmaiar
o que mais há desta aridez
pois os que mandam no mundo
só vivem querendo ganhar
mesmo matando aquele
que morrendo vive a trabalhar
tem cuidado...

Rosalinda
se tu fores à praia
se tu fores ver o mar
cuidado não te descaia
o teu pé de catraia
em óleo sujo à beira-mar

Em Ferrel lá p´ra Peniche
vão fazer uma central
que para alguns é nuclear
mas para muitos é mortal
os peixes hão-de vir à mão
um doente outro sem vida
não tem vida o pescador
morre o sável e o salmão
isto é civilização
assim falou um senhor
tem cuidado

Discografia de Fausto:

· "Fausto" (1970)
· "A preto e branco" (canções sobre letras de poetas africanos)
· "Para além das Cordilheiras" (nada mau...)
· "Histórias de Viageiros"
· "A Madrugada dos Trapeiros"
· "Beco com saída"
· "P'ró que der e vier" (1974)
· "Por este rio acima" (que dizer disto ?...)(obrigatório) - baseado em "A Peregrinação" de Fernão Mendes Pinto (1982)
· "O Despertar dos Alquimistas" (lindo...) (1985)
· "Crónicas da Terra Ardente" - baseada na "História Trágico Marítima"
· "O melhor de Fausto" (colectânea) (1994)
· "Atrás dos Tempos vêm Tempos" (1996)

Fonte:
aqui
e ainda em:
http://natura.di.uminho.pt/~jj/musica/fausto.html


Vamos a Ferrel, 30 anos depois da manifestação popular contra a construção de uma central nuclear no local


Convidam-se todos os cidadãos (e associações cívicas, de ambiente e segurança civil, e outras) que querem marcar a sua posição de rejeição de centrais nucleares em Portugal e a primazia de fontes realmente alternativas e renováveis conciliáveis com baixos impactos ambientais, a estarem presentes no domingo 19 de Março próximo na aldeia de Ferrel, no concelho de Peniche, a cerca de 80 km de Lisboa.
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No dia 15 de Março, a quarta feira anterior, perfazem-se 30 anos sobre amarcha do povo da aldeia de Ferrel sobre o local onde decorriam trabalhospreparatórios para a então projectada central nuclear, numa impressionante manifestação de recusa, pacífica e determinada.
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Note-se que em Abril decorrem 20 anos sobre o acidente nuclear de Chernobil, a prova provada do que o movimento antinuclear sempre afirmou: as centrais nucleares representam um perigo desmesurado e inaceitável.
Tornou-se entretanto moda atribuir o acidente à tecnologia nuclear "soviética", hoje descartada, como se em 1979 não estivesse estado iminente um acidente de enorme envergadura em Three Mile Island, nos Estados Unidos, e como se na Europa Ocidental, nos EUA e no Japão (tudo tecnologia "ocidental") não sejam numerosas e constantes as situações de maior ou menor perigo que contam já várias vítimas mortais e que têm feito passar calafrios na espinha dos poucos que tomam conhecimento imediato desses riscos, capazes de degenerarem catástrofe de dimensões incalculáveis.
Assim, comemoraremos os 30 anos da recusa do nuclear em Ferrel e lembraremos os 20 anos de Chernobil, numa evocação de solidariedade com as vítimas do nuclear.
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Um programa mínimo e indicações de carácter prático serão divulgadas dentro de dias. Da Comissão Organizadora fazem parte os seguintes membros:
-J. Delgado Domingos, Professor Catedrático do IST e autor do livro"Inteligência ou Subserviência Nacional?" com enfoque na recusa do nuclear ena proposição de alternativas
-Afonso Cautela, jornalista, autor do livro "O Suicídio Nuclear Português"
-Viriato Soromenho Marques, Professor Catedrático na Universidade de Lisboa,ex-presidente da Quercus
-Silvino Conceição João, presidente em exercício da Junta de Freguesia deFerrel
- António José Correia, presidente em exercício da Câmara Municipal de Peniche
- Mariano Calado, escritor e mestre em História Regional e Local, residente em Peniche
-José Luís Almeida e Silva, director do jornal Gazeta das Caldas e que teve papel fulcral na luta antinuclear em Portugal de 1976 a 1982 (ano em que o projecto nuclear foi posto na gaveta)
-Manuel Ferreira dos Santos, engenheiro, representante das ONGA no CNADS -Conselho Nacional do Desenvolvimento Sustentável
-José Carlos Costa Marques, tradutor e editor, participante dos preparativos do Festival Pela Vida Contra o Nuclear que, em Janeiro de 1978, assinalou nas Caldas da Rainha e em Ferrel a recusa do país ao nuclear.



Vamos a Ferrel!

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19 DE MARÇO: VAMOS A FERREL (PENICHE)
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Lembra-se de Chernobil?
Em Abril de 1986 dava-se perto de Kiev o maior desastre de sempre em centrais nucleares, cujos efeitos ainda persistem.
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Sabia que, DEZ ANOS ANTES, em 15 de Março de 1976, o povo de Ferrel, uma aldeia situada a 4km de Peniche, marchou unanimente do centro da freguesia até aos campos do Moinho Velho, a 4km, onde se tinham iniciado obras relacionadas com a projectada "primeira" central nuclear portuguesa, e exprimiu a sua categórica recusa de que ela fosse ali construída? Esse foi o início de um processo que levou praticamente ao abandono, em 1982, pelo governo de então, de centrais nucleares em Portugal.
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Agora que alguns querem ressuscitar a perigosa e inútil ideia de centrais nucleares em Portugal, vamos a Ferrel, no domingo 19 de Março, comemorar os 30 anos sobre essa primeira grande manifestação de carácter ambiental no nosso país e relançar o debate sobre o problema energético em bases realmente sustentáveis, renováveis e alternativas.
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INSCREVA-SE AGORA
Para a deslocação a Ferrel em autocarro, promovida pela Campo Aberto e aberta a todas as associações e pessoas na região do Porto, consultar:
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