7.10.05

Indignação face à atribuição do Nobel da Paz de 2005


A atribuição do prémio Nobel da paz de 2005 à Agência Internacional para a energia atómica (AIEA) deve merecer a maior indignação e repúdio por parte de todos os activistas anti-nucleraes. Na realidade:

- a AIEA manipula a opinião pública pretendendo passar a ideia que as suas inspecções visam impedir a extensão e proliferação das armas atómicas, quando na verdade países como a Índia, o Paquistão e Israel já se dotaram de armas nucleares e entraram no restrito clube dos detentores de armas atómicas
- a AIEA é uma organização que promove o nuclear na versão «civil» e que mais não faz que tentar vender as vantagens da energia nuclear
- a AIEA oculta a verdade sobre os efeitos do nuclear civil e das suas consequências

Por estas e muitas razões é que a AIEA devia ser desmantelada, e não receber qualquer prémio e muito menos um Prémio Nobel!!!

O exército norte-americano está a abastecer-se de anthrax


O Exército norte-americano está em vias de adquirir grandes quantidades de anthrax, o que constituiria uma violação da Convenção sobre a interdição de produção e armazenamento de armas bacteriológicas.
Edward Hammond, que é o director da ONG Sunshine Project que descobriu e denunciou a existência de contratos entre a US Army Dugway Proving Ground no Utah e as empresas capazes de produzir anthrax ou bacilo de carvão, receia que a aquisição deste produto tenha por objectivo disseminá-lo por bombas que o transportariam.

Fontes:
New Scientist, 24 septembre 2005
http://fr.news.yahoo.com/06102005/185/l-armee-americaine-fait-le-plein-d-anthrax.html

Detectados 63 produtos químicos no sangue, num estudo às famílias europeias


63 produtos químicos foram detectados nas recolhas de sangue de uma amostra de 13 famílias europeias, anunciou a WWF ( Fundo mundial para a Natureza).
Esta foi conclusão a que se chegou num estudo em que se procurava a presença no sangue de 107 produtos numa amostra de 13 famílias distribuídas pelos vários países da União Europeia. O estudo incidiu sobre 3 gerações dessas famílias.

Outra conclusão é a seguinte: a geração dos avôs(avós é a mais contaminada com uma média de 63 produtos químicos no sangue. A razão é que tais pessoas foram anteriormente expostas a produtos, cujo uso é hoje interdito nos países desenvolvidos. Aparecem depois as crianças mais jovens em cujo sangue foram encontrados 59 produtos, e por último surgem as respectivas mães em cuja sangue detectaram 49 substâncias químicas.
Os produtos químicos investigados, muitos dos quais se acumulam no organismo durante toda a vida, são suspeitos de ter efeitos cancerígenos e de afectar o funcionamento do aparelho de reprodução. Mas não há certezas absolutas, uma vez que em 100.000 produtos químicos à venda no mercado, apenas 3.000 foram estudados. Recorde-se, no entanto, que num relatório sobre a relação saúde-ambiente publicado em França no ano passado calcula-se que 7 a 20% dos cancros são imputáveis a factores ambientais.
O estudo realizado pela WWF insere-se na sua campanha contra os produtos tóxicos, lançada em 2003. A WWF empreendeu esta campanha para eliminar os produtos mais perigosos como o DDT, os PCBs ou as dioxinas., neutralizando a tempo os efeitos nocivos para as futuras gerações e a ameaça que o descontrole químico representa para a biodiversidade, especialmente os produtos químicos que produzem efeitos a nível endócrino, da bioacumulação e persistência no meio.
No ano passado a associação tinha publicado os resultados das análises ao sangue efectuadas a 39 deputados europeus e a 14 ministros da saúde. O objectivo é fazer com que seja adoptada uma regulamentação mais exigente e rigorosa sobre a matéria. Note-se que o projecto REACH sobre o registo, avaliação e autorização dos produtos químicos deve ser submetido ao Parlamento Europeu no próximo dia 14 de Novembro.