1.6.05

As Nanotecnologias



As nanotecnologias são técnicas de manipulação efectuadas à escala microscópica a partir de átomos e moléculas.
Curiosamente os media dão sempre exemplos positivos: a possibilidade de ter uma t-shirt que muda de cor, pinturas de paredes que podem mudar de cor através de um simples interruptor, etc.
Mas as coisas são mais complicadas. É que as nanotecnologias podem permitir a produção de armas que ultrapassam tudo o que possamos imaginar, como a destruição do corpo…a partir do seu interior. Isto é: destruir o ser vivo, sem destruir a matéria – eis o velho sonho dos militares…
Outro exemplo arrepiante: introduzindo um robot miniatura no aparelho digestivo, será possível vigiar o que a pessoa vai comendo…
Para a vigilância electrónica já existem chips subcutâneos.

Com as OGMs e as indústrias nucleares, as nanotecnologias completarão o arsenal de dispositivos que permitirá o controle totalitário dos indivíduos.

Mais info:
http://pmo.erreur404.org/PMOtotale.htm

A posse da armas nucleares é ilegal


Em 8 de Julho de 1996 o Tribunal Internacional de Haia declarou que a posse de armas nucleares é ilegal.

Tomando à letra esta decisão, activistas anti-nucleares belgas têm entrado em bases militares ( como a de Kleine Brugel, em 10/11/2004) a fim de efectuarem inspecções civis.
Para além disso, muitos activistas têm apresentado queixas à polícia contra a presença ilegal de armas nucleares no seu território

O que os militares norte-americanos fazem para aliciar os jovens…!!!



David McSwane, aluno do 12º ano no Colorado, decidiu saber até onde os recrutadores do exército norte-americano estavam prontos a chegar para aliciarem os voluntários, numa altura em que a guerra do Iraque fez baixar as vocações para a carreira militar. Em Janeiro, David entrou em contacto com o seu centro de recrutamento fazendo-se passar por um jovem à deriva, mas interessado em alistar-se no exército. Confessou que não possuía diploma algum. Ora segundo o regulamento, os recrutas do Exército devem ter, pelo menos, um certificado de escolaridade de nível liceal (isto é, da escolaridade obrigatória). Não há problema, responderam-lhe. Bastará fabricar um, sendo mais seguro arranjar um de uma escola inexistentes. O recrutador até sugeriu um nome, a Faith Hill Baptist School. Por 200 dólares, David conseguiu pela Internet obter um falso diploma no nome deste estabelecimento fictício. Referiu-se, depois, a um problema com as drogas. Quanto a isso, não há problema nenhum. O recrutador logo recomendou um kit de desintoxicação que fazia desaparecer os traços em caso de análise. Levou inclusivamente o seu pupilo a um estabelecimento comercial para a sua aquisição.
David McSwane teve o cuidado de gravar as conversas telefónicas, e convenceu a sua irmã mais nova, de 11 anos, a fotografar e pediu a uma amigo para filmar os seus encontros com uma câmara escondida. No passado dia 17 de Março publicou o seu relato no jornal do liceu de Arvada. Em Abril a cadeia CBS difunde as suas gravações. E no mês de Maio o assunto ganha contornos de debate nacional.
Desde 1973 e o fim da guerra do Vietname o exército norte-americano é constituído por voluntários. O recrutamento conhece hoje uma crise sem precedentes. Falta, 6.000 efectivos ao exército de terra para se atingir o objectivo fixado de 80.000 elementos até Outubro. Aos 7.500 oficiais recrutadores foi entregue a tarefa de recrutarem 2 voluntários por mês. A aproximação do final do ano lectivo faz aumentar a pressão, e foram registados centenas de casos de excesso de zelo. Mas só 7 incidentes foram qualificados por má conduta. Os recrutamentos foram, entretanto, suspensos a fim de permitir um apelo à ética e ao cumprimento do regulamento.
Note-se que os elementos recrutadores têm acesso aos estabelecimento. Podem circular na cantina, no buffet e até estarem presentes nas reuniões com os pais dos alunos. Oferecem bilhetes para concertos e jogos desportivos. Os pais queixam-se de intromissões, mas é o próprio liceu que fornece os números de telefone pessoal aos militares. As escolas são obrigadas a fornecer os seus ficheiros ao exército sob pena de perderem os financiamentos públicos. Não há muito, o representante da Califórnia, Mike Honda, apresentou um projecto de lei que impeça o fornecimento dos dados dos alunos ao exército salvo expressa autorização dos pais. Entretanto, um distrito escolar do Estado de New York, que recusou o acesso àqueles dados, aguarda a visita por estes dias de um coronel que não deixará de os incentivar a cooperarem.

( texto publicado no Le monde, de 1 de Junho de 2005)

Mulheres de negro



Em numerosos países têm aparecido grupos de mulheres de negro para protestar pacificamente contra a guerra, a violência e o militarismo.
A origem do movimento encontra-se em Buenos Aires, na Argentina, durante os anos 70, quando surgiram mulheres vestidas de negro a protestar contra os desaparecimentos ocorridos durante a ditadura dos generais argentinos. O movimento das mulheres de negro também se fez sentir na África do Sul, com as Black Sash, que protestavam igualmente contra os desaparecimentos relacionados com a imposição do apartheid.
Recorde-se ainda que já houve grupos de mulheres de negro durante a Primeira Guerra Mundial contra o militarismo e a guerra.
Grupos semelhantes de mulheres de negro voltaram a surgir depois de um apelo lançado pelas mulheres israelitas em 1988 para protestar contra apolítica levada a cabo pelo seu governo.
Na Bélgica vários grupos de mulheres de negro têm realizado acções de protesto contra os centros de retenção e as expulsões de imigrantes.
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links:

Burótica, um enorme esbanjamento de energia



A burótica, e mais particularmente os computadores, entraram de rompante nas nossas vidas, e é muito difícil questionar o seu uso, se este se pautar por níveis de grande exigência. Processamento de texto, poder de cálculo, modelização de fenómenos complexos são, entre outros, serviços prestados pelos computadores que, dificilmente, poderíamos prescindir. Muito do que usufruímos devem-se aos computadores que nos permitem gerir, seleccionar centenas e milhões de dados.
Mas não é despiciendo perguntamo-nos se será necessário aceitar toda esta deriva energética em que a burótica se lançou nos últimos anos. A resposta é um rotundo não. Mas vejamos de perto do que falamos…
Em média o consumo de um computador é de 362 kWh/na. Se supusermos que existam 20 milhões de computadores, isto levar-nos-á a um consumo anual de 7,2 TWh, ou seja a produção de uma grande central nuclear.
Os parâmetros que influem no consumo de um computador são o tamanho e a tecnologia do ecrã, o poder de paragem da unidade central e do ecrã e, evidentemente, o tempo do seu funcionamento.
Um computador com um ecrã catódico de 21’’ consome em média 306 kWh. Se se contentar com um ecrã de 17’’, o consumo cai para os 170 kWh. E se adoptarmos um ecrã plano de 17’’, o consumo não será mais que 102 kWh. Se tivermos um de 15’’, o consumo anual não ultrapassará os 59 kWh.
Os ecrãs planos consomem em média muito menos, cerca de 2,3 vezes menos, que os ecrãs catódicos. Não vale a pena comprar um ecrã grande se não tivermos necessidade dele. Note-se que, depois de fechado, o ecrã ainda continua a consumir ( uma potência entre 1,7 a 2,7 w). Para evitar isso há que desligar o interruptor, cortando a passagem de energia.
A solução mais cómoda é, sem dúvida, o computador portátil, uma vez que a sua potência média é 25 W. Como o trabalho no portátil nem sempre é confortável, desenvolveram-se as «estações de acolhimento». Trata-se de terminais que compreendem um ecrã plano de 15’’ e um teclado a que se liga o portátil quando queremos trabalhar. A vantagem é beneficiar do fraco consumo do portátil e do conforto da estação.
Em média, um portátil não consome mais que 53 kWh por ano, isto é, dez vezes menos que um computador pessoal com um ecrã catódico de 21’’

A grande questão está em saber como se pode fazer melhor gastando menos. Para isso é preciso entender como os computadores são utilizados nas empresas. E aí começam as surpresas. Um estudo feito mostrou que uma unidade central funciona em média 4004 h/ano, ou seja, 17,8 h. por dia de trabalho, e um ecrã 2510 h./ano, ou seja, 11,2 h. por dia de trabalho. Claro que as máquinas funcionam mesmo sem nenhuma pessoa a trabalhar com elas. Note-se que o tempo de funcionamento dos ecrãs é inferior ao das unidades centrais porque 46% deles estão sob controle de um gestor de energia que os fecha quando não são utilizados. Mesmo assim é importante notar que 7% do consumo anual dos computadores corresponde a um consumo de véspera ( quando o computador é encerrado).
Mas as surpresas continuam porque, graças a um dispositivo específico de medição, vê-se o tempo durante o qual um computador de escritório é realmente utilizado (desde que é accionado pelo rato ou teclado): 686 h./ano, ou seja, 3,0h. por dia de trabalho! Tal significa que uma unidade central é utilizada 17% do tempo em que está em funcionamento, e o ecrã é utilizado 25% do tempo de funcionamento. Todo o tempo restante é esbanjamento e desperdício.
Face a isto não deve ser difícil melhorar as coisas e reduzir os consumos. Vamos indicar as medidas prioritárias começando por aquelas que não custam nada.
A primeira é, pois, gratuita e fácil. Em todas as máquinas vendidas desde há 4 a 5 anos existe um gestor de energia. Trata-se do Energy Star. Acontece que ele nunca é activado, excepto em certos ecrãs. É, pois, aconselhável ir activá-lo no painel da configuração onde diz »Opções de alimentação». Seleccione-se a opção da paragem do ecrã após 10 minutos de inutilização e a paragem da unidade central após 20 minutos de não-uso. Esta simples medida permitirá uma redução média do consumo do ecrã em 60% e da unidade central em 51%
Se comprarmos uma multi-tomada com interruptor e a ligarmos à unidade central, ao ecrã a todos os periféricos, poder-se-á ganhar mais 6%, porque quando desligarmos o computador bastará cortar a alimentação de energia através do interruptor.
Se substituirmos os ecrãs catódicos pelos planos, activando a gestão de energia, a poupança de energia atingirá os 85 a 95%. E se utilizarmos uma «estação de acolhimento» ou um portátil, então a redução do consumo será de cerca de 83%. O simples uso de um portátil é que permitirá, enfim, a maior poupança ( cerca de 89%)

Um enorme potencial de economia

Se estendermos a análise ao conjunto de toda a burótica, então as coisas piam mais fino. O consumo anual observado é de cerca 878 kWh por assalariado. A este número deve acrescentar-se o consumo anual de electricidade específica e a que serve para a iluminação e o aquecimento no edifício, o que faz disparar os números para os 1552 kWh por pessoa, ou seja, mais de 50% que nos alojamentos residenciais.
Todos estes números mostram até que ponto estamos habituados ao esbanjamento e como o desperdício se banalizou no nosso quotidiano. Todavia, quanto será fácil fazer economias significativas no nosso dia-a-dia.

(tradução do texto publicado no nº 320 da revista Silence de Fevereiro de 2005)

Prémio Nobel da Paz censurada nos Estados Unidos


Shirin Ebadi, advogada iraniana, ganhou o Prémio Nobel da Paz em 2003. Ele publicou entretanto as suas memórias onde expõe as suas opiniões sobre a mulher face ao Islão.
O livro foi proibido de se vender nos Estados Unidos com base num regulamento legal que impede «o comércio com o inimigo»…

Contra os casamentos forçados


A ONU está em vias de incluir os casamentos forçados na lista dos crimes contra a humanidade, considerando que se trata de um violência sexual

Para rir


Um velhote que vivia em Idaho (USA) decidiu plantar batatas no seu jardim, mas o trabalho era duro, pelo que decidiu escrever uma carta ao seu filho, que se encontrava preso, a fim de lhe pedir se o podia ajudar. Alguns dias mais tarde, recebe uma carta do filho: «Querido pai, semeia as batatas que quiseres, mas nunca no jardim, pois foi ali que enterrei os corpos». No dia seguinte, às 6 h. da manhã um exército de agentes do FBI e da polícia local invade a casa e o jardim do velhote, revolvem a terra do jardim à procura dos corpos. Em vão. Na semana seguinte, o velhote recebe outra carta do filho que lhe diz: «Querido pai, agora já podes plantar as tuas batatas no jardim.»

Publicidade pró-obesidade



Na Grã-Bretanha as publicidades para os produtos alimentares com alta percentagem de açúcar representam 20% do tempo publicitário, 59% das receitas publicitárias da TV, e 77% das receitas durante os períodos de programação infantil nas televisões.
Estudos efectuados mostram uma correspondência entre a obesidade das crianças e o tempo que passam diante das televisões.

Choveu menos de metade do habitual em Maio



Ao longo de Maio a chuva que caiu em Portugal continental não chegou a metade da média dos meses idênticos entre 1941 e 1998.
Em Maio a média de precipitação registada nas décadas anteriores foi de 68,5 milímetros, mas o mês de Maio que ontem findou trouxe apenas 27,4 milímetros ao território continental.

As doenças físicas para os operários, e as doenças mentais para os profissionais terciários



Segundo um estudo realizado sobre doenças profissionais, os operários são as primeiras vítimas de doenças físicas resultantes do seu trabalho repetitivo e perigoso, já as doenças mentais atingem sobretudo os quadros e as profissões terciárias.

Manif em Lisboa de trabalhadores credores de empresas falidas



Realizou-se em Lisboa uma manifestação de vários trabalhadores que se encontram na situação de credores da massa falida de empresas que encerraram por motivo de falência e que reclamaram o pagamento de 81,2 milhões de euros em salários e indemnizações em atraso. Este valor foi calculado com base numa amostra de 200 empresas que fecharam no distrito de Lisboa,e envolvem 18 mil trabalhadores.

Greve de 24 h. dos trabalhadores dos STCP

Os trabalhadores dos STCP do Porto realizaram ontem uma greve com uma adesão de 80% contra o bloqueio da revisão da contratação colectiva

Greve hoje na Yasaki, em Ovar

Os trabalhadores da Yasaki Saltano, em Ovar, cumprem hoje um dia de greve, contra a anunciada intenção da multinacional em despedir meio milhar de trabalhadores.