31.3.05

Semana Sem Televisão (31 de Março a 12 de Abril)



A Semana Sem Televisão é uma semana internacional que se desenrola em vários países desde há una anos para cá. Registam-se já adesões nos Estados Unidos, no Canadá, na Suiça, na Bélgica, na França. Por enquanto. É que o movimento não pára de crescer.
Trata-se sobretudo de uma acção educativa a convidar para uma pausa e um intervalo no consumo diário e compulsivo de programas televisionados de forma à tomada de consciência da necessidade de sermos mais exigentes quando ligamos a TV, assim como da necessidade de consumir menos e melhores programas.

Outras iniciativas levam também a efeito uma semana anti-TV com objectivos mais radicais pondo em causa a própria TV enquanto meio de comunicação.

Segundo estimativas gerais, no nosso país, cada família vê televisão durante mais de 4h.30 em média por dia em Portugal. Há que experimentar viver de outra maneira, e para começar nada melhor que uma Semana Sem TV

Esta semana de privação voluntária do pequeno ecrã é simultaneamente uma experiência e um pretexto. Permitir-nos-á a todos, jovens e menos jovens, solitários ou em família, fazer o ponto da situação acerca do nosso consumo individual ( a quantidade e a qualidade do que passa na TV, quais são os programas escolhidos, quais são os programas que merecem os nossos ódios de estimação, etc). Além disso, a Semana pode e deve servir para re-inventarmos actividades alternativas à TV, quer elas sejam conviviais, lúdicas, reivindicativas, culturais ou desportivas. Tudo depende da nossa imaginação


Outra iniciativa internacional é a Semana das 100 televisões

Na realidade existe também televisão fora das televisões a que estamos habituados. São muitas vezes as televisões associativas, canais alternativos, e de amadores que propõem produções e conteúdos audiovisuais extremamente interessantes, mas infelizmente pouco conhecidos e que, não poucas vezes, envolvem comunidades locais na montagem e emissão desses programas alternativos. Ora será um boa altura para descobrirmos outras formas de fazer e ver televisão.

Ecologistas da Greenpeace e da Quercos denunciam empresas portuguesas pelo uso ilegal de madeira exótica


Activistas da Greenpeace e da Quercos bloquearam na terça-feira ( 29 de Março) de manhã cedo a entrada da empresa Vicaima, em Vale de Cambra, para denunciarem o uso de madeiras exóticas resultantes do abate ilegal de árvores da Amazónia brasileira e que tinham sido descarregadas nos últimos dias no porto de Leixões. Outras empresas do mesmo ramo, objecto das mesmas acusações, foram a Sonae Indústria, a Ovar madeiras, a Madeicentro e a Madeiporto.

Duas horas de lucidez com N. Chomsky




Duas horas de lucidez com Noam Chomsky é um livro editado pela editorial Inquérito (Lisboa, Março de 2002) e que reúne duas entrevistas dadas em Novembro de 1999 por aquele conhecido pensador e activista, e cuja contracapa aqui se reproduz:

«Perante a superficialidade dos media, a sucessão de comunicados pretensamente neutros e informações não sustentadas uma voz resiste, solitária e irredutível: a de Noam Chomsky. Aos 74 anos é um esteio da contra-cultura. Desde a guerra do Vietname que este pensador radical denuncia o sistema que organiza o mundo em prol das oligarquias financeiras.
Nestas conversas, paradoxais e cáusticas, N. Chomsky expõe-nos os mecanismos da sociedade de consumo, a economia invisível, os verdadeiros centros de poder e o processo de elaboração de um consentimento mudo com as injustiças mais gritantes.
Por detrás da aparente imparcialidade dos meios de comunicação escondem-se pressupostos insustentáveis quando confrontados com as suas contradições.»

Capital económico, linguístico e cultural



Pierre Bourdieu, conhecido sociólogo francês, falecido há poucos anos atrás, e com uma vasta obra no domínio das ciências sociais, mostra como o domínio dos códigos culturais assegura uma posição dominante das elites, que vão acumulando não só capital económico, mas ainda capital linguístico e cultural.
A escola reproduz a ordem social e as relações de dominação na medida em privilegia os princípios e os valores ( a primazia da língua escrita relativamente à dimensão oral; certos aspectos cognitivos em detrimento de outros, etc) que são caros, e que coincidem no fundamental, aos valores da classe dominante.

Portuguesa organiza Sindicato inglês das trabalhadoras sexuais


Segundo notícias aparecidas na imprensa oficial a portuguesa Ana Lopes, de 28 anos, e natural do Porto, com o Curso de Antropologia tirado na University of East London é a mentora e principal activista do único sindicato inglês de trabalhadoras (-es) sexuais, a International Union for Sex Workers (IUSW), criado em Março de 2000 e que até hoje já tem uma considerável adesão de membros filiados, para além do próprio sindicato se ter tornado uma secção da Britain’s Geberal Union, a terceira maior organização sindical do reino Unido (GMB – General Municipal Boilermakers).
Ana Lopes depois de não ter entrado no curso de Filosofia na Faculdade de Letras do Porto rumou para Londres onde se inscreveu e terminou uma licenciatura em Antropologia em 1996, mediante uma tese baseada na metodologia da Action Research . Segundo o seu professor orientador da sua tese, a “Ana é a única estudantes desta universidade que alguma vez fez uma Action Research” .
A própria Ana Lopes é uma sex worker desde há 4 anos quando começou a ter um part-time como operadora de chamadas eróticas numa pequena empresa em Londres. Recentemente foi convidada pela pintora Paula Rego, radicada em Londres, para servir de modelo para os seus desenhos. Neste momento Ana Lopes prepara o seu doutoramento sobre grupos marginais.


Uma Exposição de Arte sob o tema do Mal



Em Turim, mais concretamente no Palacete de caça de Stugnini, perto daquela cidade italiana, está a decorrer uma exposição temática com 180 obras de arte, realizadas desde o século XV até hoje, dedicadas ao tema do Mal e que se propõe fazer uma retrospectiva sobre o tema em termos de artes plásticas.
No acervo reunido inclui-se uma Medusa ( de Peter Paul Rubens de 1617), o «Enterro de Santa Luzia» e «Criança mordida por um lagarto» ( ambos de Caravaggio), assim como peças de Rubens, Goya, Munch, Warhol e Picasso.
Outros quadros presentes são «Retrato de um desconhecido» de Antonello da Messina ( secXV), «Tra me e me» de Margherita Manzelli (1995).
As peças mais significativas do século XX são a escultura «Prisão» de Adolfo Wildt; os rostos disformes de Francis Bacon, a «Cadeira Eléctrica» de Andy Warhol.
A exposição termina com a obra de Maurizio Cattelan, « Crianças Enforcadas», que o autor montara num árvores em plena rua de Milão e que merecera há uns meses atrás a reprovação da população local e tentativas para a sua retirada.

China aumenta o seu orçamento militar em 12,6%


O governos chinês acabou de anunciar um de 12,6% no orçamento militar e, segundo os entendidos, o processo de modernização do exército chinês converterá a China na primeira potência militar da Ásia. Recorde-se que Pequim já subira o seu orçamento da defesa em 11,6% em 2004, 9,6% em 2003, 2 em 17,6% em 2002.
Os potenciais fornecedores de armamento não deixarão de se rejubilar; à cabeça dos quais, como é fácil de adivinhar, se encontram os países europeus e os próprios Estados Unidos.